O Santo Sudário e os Papas

“Leão XIII manifestou sua alegria e emoção ao ver a primeira fotografia do Sudário em 1898.

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(…) Padre Jerphanion, (…) Deliberadamente evitamos nos deter (o grifo é nosso) sobre toda uma série de arrazoados pelos quais se nos mostra como, no Sudário, impressões e traços de todas as espécies correspondem às menores circunstâncias da Paixão e do Sepultamento de Cristo. Tal ceticismo apriorístico é cientificamente injustificável e não pode ser senão esterilizante.

É a posição precisamente oposta que me parece ser verdadeiramente digna de um sábio, seja qual for sua especialidade. As relíquias não provam sua autenticidade a não ser por documentos, atestados solenes, denominados “autênticas”, que as acompanham. Sem tais documentos, não têm elas valor algum real. Gostaria de saber quantas destas relíquias têm autênticas que remontem até suas origens. Precisamente ao contrário, há no mundo uma só que todo seu valor, ainda que não tivesse base histórica alguma, porque as provas de de sua autenticidade são intrínsecas. E dentro de si mesma que estão suas autênticas. Esta relíquia é o Santo Sudário. Detenhamo-nos, pois, sobre as impressões e vestígios que encerra.”

BARBET, Pierre. A Paixão de Cristo, segundo o cirurgião. São Paulo: Edições Loyola, 2014, pág. 28-29.

 

Relíquias do Mestre

“Mas, na realidade, tais relíquias são falsas e o bom-senso mostra-nos facilmente o ridículo e a impossibilidade de sua existência. Tapetes de bom tecido, compacto e duradouro, não resistem a um século e se transformam em frangalhos nos museus. No entanto, o “santo sudário” resiste há quase dois mil anos, embora tenha sido feito de linho frágil.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 254-255.

 

A Imagem em Negativo

Até 1898, o Sudário de Turim era uma relíquia pouco conhecida, cuja autenticidade despertava dúvidas na mente de muitos cristãos, incluídos sacerdotes e bispos.

Nesse ano realiza-se uma das raras exposições do lençol, e um advogado de Turim, Secondo Pia, apaixonado pela fotografia – processo descoberto em 1835-, lembra-se de fotografá-lo.

O resultado foi surpreendente. No momento em que examinou no revelador o «negativo», viu aparecer o rosto de um homem com matizes de sombras e luzes que punham em relevo uma imagem muito mais rica em detalhes e contrastes do que a figura suave e desmaiada do próprio Sudário visto a olho nu.

(…)

“Numerosas fotografias tiradas posteriormente, com técnicas mais apuradas, em cores e com raios ultravioletas, apenas vieram confirmar a primeira descoberta: o decalque do homem do Sudário é do tipo exato de um negativo fotográfico; um negativo sobre tecido, muito anterior descoberta do principio fotográfico. (…)

ESPINOSA, Jaime. O Santo Sudário. São Paulo: Quadrante, 2017, pág. 15-16.

O Guardião das Relíquias

“Esse não é o único testemunho, embora seja o mais evidente da presença de um Sudário em Constantinopla. Já em 1201, Nicola Mesarites,(…) ele cita os panos sepulcrais de Cristo, que “envolveram o inefável morto, nu e embalsamado, depois da paixão”, os quais transformam o lugar em particularmente sagrado, pois “aqui ele também ressuscita e o soudarion com os panos sepulcrais são sua manifestação.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 46.

Estudos Sobre o Sudário

“Entre 1500 e 1600 existem mais de cem textos que de diversas maneiras e em contextos diferentes tratam da relíquia; temos desde breves acenos até livros inteiramente dedicados ao tema.

Por ocasião da transferência de 1694, providencia-se também a substituição do véu que protege o Sudário, concedendo-se ao bem-aventurado Sebastião Valfré a honra de executar a reparação de alguns pontos desfiados do tecido.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 24.