“Leão XIII manifestou sua alegria e emoção ao ver a primeira fotografia do Sudário em 1898.
(…)
(…) Padre Jerphanion, (…) Deliberadamente evitamos nos deter (o grifo é nosso) sobre toda uma série de arrazoados pelos quais se nos mostra como, no Sudário, impressões e traços de todas as espécies correspondem às menores circunstâncias da Paixão e do Sepultamento de Cristo. Tal ceticismo apriorístico é cientificamente injustificável e não pode ser senão esterilizante.
É a posição precisamente oposta que me parece ser verdadeiramente digna de um sábio, seja qual for sua especialidade. As relíquias não provam sua autenticidade a não ser por documentos, atestados solenes, denominados “autênticas”, que as acompanham. Sem tais documentos, não têm elas valor algum real. Gostaria de saber quantas destas relíquias têm autênticas que remontem até suas origens. Precisamente ao contrário, há no mundo uma só que todo seu valor, ainda que não tivesse base histórica alguma, porque as provas de de sua autenticidade são intrínsecas. E dentro de si mesma que estão suas autênticas. Esta relíquia é o Santo Sudário. Detenhamo-nos, pois, sobre as impressões e vestígios que encerra.”
BARBET, Pierre. A Paixão de Cristo, segundo o cirurgião. São Paulo: Edições Loyola, 2014, pág. 28-29.