Evolução ou Estagnação Espiritual

Nos domínios do espírito não existe a neutralidade.

Evoluímos com a luz eterna, segundo os desígnios de Deus, ou estacionamos na treva, conforme a indébita determinação de nosso “eu”.

Não vale encarnar-se ou desencarnar-se simplesmente. Todos os dias, as formas se fazem e se desfazem.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 115-123.

 

Mediunidade é Sintonia

“Mediunidade é sintonia e filtragem. Cada espírito vive entre as forças com as quais se combina, transmitindo-as segundo as concepções que lhe caracterizam o modo de ser”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 105-113.

Poder Superior

“O poder superior – “A Divindade Suprema” – é uma força sem gênero, que está tão além da nossa compreensão que podemos apenas ter um vago entendimento do seu ser.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 59.

O Que Somos?

“A imagem do homem que se acha no interior não deve ser confundida com as vestes que o envolvem. Pensamos em nós mesmos como americanos, filhos do século XX, ocidentais, cristãos civilizados. Somos virtuosos ou pecadores. No entanto, essas designações não nos dizem o que é ser um homem; servem tão-somente para denotar os acidentes da geografia, da data de nascimento e da renda. Qual é o nosso núcleo? Qual o caráter básico do nosso ser?”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 370.

Muito Além do Que Se Vê

“(…) o verdadeiro ser não está nas formas, mas o sonhador.

Tal como no sonho, as imagens variam do sublime ao ridículo. Não é permitida a mente a permanência de suas avaliações normais; a mente é insultada de modo contínuo e afastada da segurança que ele permite dizer que agora, finalmente, entendeu. A mitologia é derrotada quando a mente se mantém apegada, de forma solene, às suas imagens favoritas ou tradicionais, defendendo-as como se fossem elas mesmas a mensagem que comunicam. Essas imagens devem ser consideradas como meras sombras emanadas do plano que se acha além do penetrável, no domínio que os olhos, a fala, a mente ou mesmo a piedade não alcançam. Tal como ocorre no sonho, as trivialidades do mito são intensamente significativas.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 264.

A Força e o Ser

“Por conseguinte, para perceber o pleno valor de que se revestem de figuras mitológicas que chegaram até nós, faz-se necessário compreender que elas não são, tão-somente, sintomas do inconsciente (como o são efetivamente todos os pensamentos e atos humanos), mas também declarações controladas e intencionais de determinados princípios de cunho espiritual, que permaneceram constantes ao longo do curso da história humana, como a forma e a estrutura nevrálgica da própria psique humana. .Em termos sucintos: a doutrina universal ensina que todas as estruturas visíveis do mundo – todas as coisas e seres – são o efeito de uma força ubíqua de que emergem, força essa que os sustenta e preenche no decorrer do período de sua manifestação e para a qual eles devem retornar quando de sua dissolução última. Trata-se da força que a ciência conhece como energia, os melanésios como Mana, os índios sioux como Wakonda, os hindus como Shakti e os cristãos como poder de Deus. Sua manifestação na psique que é denominada, na psicanálise, libido. E sua manifestação no cosmo constitui a estrutura e o fluxo do próprio universo.

A apreensão da fonte desse substrato do ser, indiferenciado e, não obstante, particularizado nos quatro cantos do mundo, é frustrada pelos próprios órgãos por meio dos quais deve ser realizada. As formas de sensibilidade e as categorias do pensamento humano, elas mesmas manifestações dessa força, limitam a mente num grau tão considerável, que normalmente é impossível, não apenas ver, como também conceber, além do colorido, fluido, infinitamente variegado e deslumbrante espetáculo fenomênico. A função do ritual e do mito consiste em possibilitar e por conseguinte facilitar, o salto – por analogia. Formas e conceitos que a mente seus sentidos podem compreender são apresentados e organizados de um modo capaz de sugerir uma verdade ou uma abertura que se encontram mais além.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 255.

Transitoriedade das Formas

“Tendo morrido para o seu ego pessoal, eis que nascera outra vez, estabelecido no Eu.

O herói é o patrono das coisas que estão se tornando, e não das coisas que se tornaram, pois ele é. “Antes de Abraão existir, EU SOU”. Ele não confunde a aparente imutabilidade no tempo com a permanência do Ser (…) “Nada retém sua própria forma; a Natureza, a maior renovadora, constantemente cria formas de formas. Certamente nada há que pereça em todo universo; há apenas variação e renovação de forma.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 236.