Adaptação do Pai Nosso

Adaptação para o ideal
(Imagem do Pai no mundo Moral)

Produtor ideal
que estais
no meu Paraíso interior,
que vosso nome seja manifestado
por meio da devoção.
Que vosso domínio se espalhe por todo o meu corpo, como se espalhou em meu coração. Manifestai para mim a cada dia vossa presença certa.

Perdoai meus erros assim como perdoo os dos fracos mortais, meus irmãos.
Protegei-me das ilusões da matéria perversa
e livrai-me do desespero.
Pois sois a Realeza (na eternidade)
o Equilíbrio
e o Poder (de minha Intuição).

Adaptação para a Verdade
(Imagem do Pai no mundo Intelectual)

Verdade viva
que estais dentro do meu espírito imortal, que vosso nome seja afirmado por meio da obra.
Que vossa manifestação seja revelada.
Que vossa lei entre na matéria assim como entrou no espírito.
Dai-nos a cada dia
nossa ideia criadora.

Perdoai minha ignorância assim como eu perdoo aqueles que são ignorantes, meus irmãos. Protegei-me da negação infrutifera
e livrai-me da dúvida mortal.
Pois sois o Princípio,
o Equilíbrio
e a Regra (na unidade de minha razão).

Adaptação para o Sofrimento
(Princípio paterno de redenção no mundo Material)

Ó sofrimento benéfico
que estais
na raiz de minha encarnação,
que vosso nome seja santificado pela coragem durante a provação.
Que vossa influência
seja entendida.
Que vosso fogo purificador queime meu corpo
como queimou minha alma.

Vinde a cada dia e envolvei minha natureza indolente.
Vinde destruir minha lassidão e meu orgulho
assim como destróis a lassidão e o orgulho
dos pecadores, meus irmãos!

Protegei-me dos atos vis que poderiam
afastar-me de vós, pois só võs
podeis me livrar do mal que criei.
Pois sois o Purificador, o Estabilizador e o Redentor
no ciclo de minhas existências.

PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág.289-291.

Apêndice II

O escutar tem uma dimensão política

“O escutar tem uma dimensão política. Ele é uma ação, participação ativa na existência do outro e também no seu sofrimento. Só ele liga e medeia os seres humanos primeiramente em uma comunidade. Hoje, ouvimos muito, mas desaprendemos cada vez mais a habilidade de escutar outros e de dar escuta à sua fala, ao seu sofrimento. Hoje, cada um está, de algum modo, sozinho consigo, com seus sofrimentos, com suas angústias. O sofrimento é privatizado e individualizado.”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 1244.

Escutar

Porquê sofrem o purgatório

“(…) causa de porquê sofrem o purgatório a conheceram de uma só vez, ao partir desta vida; e depois já não pensam mais nela, pois outra coisa seria um apego de propriedade desordenada.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 294.

Capítulo I – Tratado do Purgatório

Almas alheias a tudo, absortas do amor de Deus

Sujeito do dever

“É bem verdade que o sujeito moral, enquanto sujeito do dever, reprime todas as inclinações para o prazer em favor da virtude, mas o deus moral recompensa seu trabalho, exercido com dores e sofrimento, dando-lhe bem-aventurança.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 667.

Anexos: Sociedade do Esgotamento

Condenando como Blasfêmia

“(…) Essa declaração conclui sua crítica detalhada à interpretação
de Valentino sobre a paixão de Cristo. Condenando como blasfêmia sua alegação de que só a natureza humana de Cristo sofreu, ao passo que sua natureza divina transcendeu o sofrimento, Irineu insiste em que

o mesmo ser que foi preso e sofreu, e verteu seu sangue por nós, era ao mesmo tempo Cristo e o filho de Deus (…) e ele tornou-se o Salvador daqueles que morreriam por terem co nfessado sua fé nele. *(Ibid., 3.16.9-3.18.4. Ênfase acrescentada.)

Na verdade, acrescenta, “se alguém supõe que existam duas naturezas em Cristo”, a que sofreu é certamente superior àquela que escapou ao sofrimento, tendo sido poupada da injúria e do insulto.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 98-99.

Capítulo: 4- A Paixão de Cristo e a Perseguição aos Cristãos.

Getsêmani

“Os atos prosseguem contando que Jesus, antecipando sua prisão, reuniu seus discípulos no Getsêmani na noite antenor:

(…) reuniu todos os seus discípulos e disse: “Antes de entregar-me nas mãos deles, vamos cantar um hino ao Pai e então nos reuniremos a todos aqueles gue existiram antes de [nós].” Então pediu que formássemos um círculo, dando-nos as mãos, e ele ficou no meio de nós… * (Ibid, 94, em NT APOCRYPHA II, 227)

(…) “Ao dançarino pertence o Universo.” – “Amém.” “Aquele que não dança desconhece o que se passa.” – “Amém.” (…)
“Agora, se vocês seguirem minha dança, verão a si mesmos em Mim que lhes falo (…)

* (lbid·, 95.16-96.42, em NT APOCRYPHA II, 229-231. Para discussão, ver E. Pagels, “To the Universe Belongs the Dancer”, em Parabola IV.2 (1979), 7-9.)

“Você que dança, reflita no que faço, pois é esta paixão do Homem que irei sofrer. Porque vocês não terão meios de entender seu sofrimento a menos que como Logos eu lhes tenha sido enviado pelo Pai(…) Aprendam a sofrer e assim serão capazes de evitar o
sofrimento.”

João prossegue…

Nesse momento, João, sentado em uma caverna em Getsêmani, subitamente teve uma visão de Jesus, que disse:

“João, para as pessoas (…) estou sendo crucificado e perfurado por pregos (…) e recebendo vinagre fel para beber. Mas estou falando com você e ouça minhas palavras.” *(Ibid, 97, em NT APOCRYPHA II, 232.)

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 83-84.

Capítulo: 4- A Paixão de Cristo e a Perseguição aos Cristãos.

Como Morreram os Apóstolos

“De acordo com a tradição, a vida de vários dos primeiros discípulos de Jesus terminou em violenta perseguição: Mateus foi assassinado com uma espada na Etiópia; Marcos foi arrastado até morrer pelas ruas de Alexandria; Lucas foi enforcado na Grécia; João foi lançado a um caldeirão de óleo fervente, mas escapou milagrosamente, sendo então exilado em Patmos, onde teve morte natural; Pedro foi crucificado em Roma, com a cabeça para baixo; Tiago Maior foi decapitado em Jerusalém; Tiago Menor foi lançado de um pináculo do Templo e então o surraram até morrer; Bartolomeu foi esfolado vivo; André foi preso a uma cruz e morreu pregando a seus perseguidores; Tomé teve o corpo trespassado por uma lança; Matias foi primeiramente apedrejado e a seguir decapitado; Judas (Tadeu) foi varado por flechas até morrer; Barnabé dos Gentios foi apedrejado até a morte em Salônica; Paulo, depois de várias perseguições e torturas, foi decapitado em Roma; as informações sobre a morte de Filipe e de Simão Cananita são obscuras e conflitantes; Judas Iscariotes se enforcou.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 214.

Capítulo 67.

O Caminho para a Felicidade

“O caminho seguro para a felicidade consiste em adquirir tudo o que seja necessário enquanto a mente descansa principalmente em Deus. Sair em busca de “necessidades” excessivas, num estado de esquecimento de Deus, levará com certeza ao sofrimento.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 570.

Capítulo 29: “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça” – O Sermão da Montanha, parte IV.

Em Tudo Foi Tentado, Mas Sem Pecado

“O homem Jesus enfrentou tentações, chorou, sofreu como qualquer ser humano; mas exercitou sua vontade de maneira suprema para suplantar o mal e a ilusão de sua natureza material, e finalmente alcançou a vitória.

(…)

Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo. (…) (Hebreus 2:16-18). Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hebreus 4:15).

(…)

O encontro do homem comum com “o Tentador” se dá principalmente como ideias subjetivas que o seduzem sutilmente através de maus hábitos pré e pós-natais e da provocadora atração de seu ambiente material.

Grandes mestres que se aproximam da libertação final podem distintamente ver distintamente Satã e suas legiões de maus espíritos assumirem formas personificadas para armar uma decisiva resistência contra a libertação desses mestres no Espírito.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 177.

Capítulo 8: A Tentação de Jesus no deserto.

O Medo é Um Veneno Mental

“O medo é um veneno mental quando não usado como antídoto — um estímulo para induzir a pessoa a acalmarse e ter cautela.”

(…)

“O medo intensifica e multiplica por cem nossa dor física e agonias mentais.”

(…)

“Se você for incapaz de desalojar o medo terrível do fracasso ou da má saúde, distraia a mente (…)”

(…)

“Ao contrário, tenha medo de ter medo, pois ele criará uma consciência de doença e acidente — e, se o medo for forte o bastante, você atrairá exatamente aquilo que mais teme.”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 254-265.