O escutar tem uma dimensão política

“O escutar tem uma dimensão política. Ele é uma ação, participação ativa na existência do outro e também no seu sofrimento. Só ele liga e medeia os seres humanos primeiramente em uma comunidade. Hoje, ouvimos muito, mas desaprendemos cada vez mais a habilidade de escutar outros e de dar escuta à sua fala, ao seu sofrimento. Hoje, cada um está, de algum modo, sozinho consigo, com seus sofrimentos, com suas angústias. O sofrimento é privatizado e individualizado.”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 1244.

Escutar

Porquê sofrem o purgatório

“(…) causa de porquê sofrem o purgatório a conheceram de uma só vez, ao partir desta vida; e depois já não pensam mais nela, pois outra coisa seria um apego de propriedade desordenada.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 294.

Capítulo I – Tratado do Purgatório

Almas alheias a tudo, absortas do amor de Deus

Sujeito do dever

“É bem verdade que o sujeito moral, enquanto sujeito do dever, reprime todas as inclinações para o prazer em favor da virtude, mas o deus moral recompensa seu trabalho, exercido com dores e sofrimento, dando-lhe bem-aventurança.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 667.

Anexos: Sociedade do Esgotamento

Condenando como Blasfêmia

“(…) Essa declaração conclui sua crítica detalhada à interpretação
de Valentino sobre a paixão de Cristo. Condenando como blasfêmia sua alegação de que só a natureza humana de Cristo sofreu, ao passo que sua natureza divina transcendeu o sofrimento, Irineu insiste em que

o mesmo ser que foi preso e sofreu, e verteu seu sangue por nós, era ao mesmo tempo Cristo e o filho de Deus (…) e ele tornou-se o Salvador daqueles que morreriam por terem co nfessado sua fé nele. *(Ibid., 3.16.9-3.18.4. Ênfase acrescentada.)

Na verdade, acrescenta, “se alguém supõe que existam duas naturezas em Cristo”, a que sofreu é certamente superior àquela que escapou ao sofrimento, tendo sido poupada da injúria e do insulto.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 98-99.

Capítulo: 4- A Paixão de Cristo e a Perseguição aos Cristãos.

Getsêmani

“Os atos prosseguem contando que Jesus, antecipando sua prisão, reuniu seus discípulos no Getsêmani na noite antenor:

(…) reuniu todos os seus discípulos e disse: “Antes de entregar-me nas mãos deles, vamos cantar um hino ao Pai e então nos reuniremos a todos aqueles gue existiram antes de [nós].” Então pediu que formássemos um círculo, dando-nos as mãos, e ele ficou no meio de nós… * (Ibid, 94, em NT APOCRYPHA II, 227)

(…) “Ao dançarino pertence o Universo.” – “Amém.” “Aquele que não dança desconhece o que se passa.” – “Amém.” (…)
“Agora, se vocês seguirem minha dança, verão a si mesmos em Mim que lhes falo (…)

* (lbid·, 95.16-96.42, em NT APOCRYPHA II, 229-231. Para discussão, ver E. Pagels, “To the Universe Belongs the Dancer”, em Parabola IV.2 (1979), 7-9.)

“Você que dança, reflita no que faço, pois é esta paixão do Homem que irei sofrer. Porque vocês não terão meios de entender seu sofrimento a menos que como Logos eu lhes tenha sido enviado pelo Pai(…) Aprendam a sofrer e assim serão capazes de evitar o
sofrimento.”

João prossegue…

Nesse momento, João, sentado em uma caverna em Getsêmani, subitamente teve uma visão de Jesus, que disse:

“João, para as pessoas (…) estou sendo crucificado e perfurado por pregos (…) e recebendo vinagre fel para beber. Mas estou falando com você e ouça minhas palavras.” *(Ibid, 97, em NT APOCRYPHA II, 232.)

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 83-84.

Capítulo: 4- A Paixão de Cristo e a Perseguição aos Cristãos.

Como Morreram os Apóstolos

“De acordo com a tradição, a vida de vários dos primeiros discípulos de Jesus terminou em violenta perseguição: Mateus foi assassinado com uma espada na Etiópia; Marcos foi arrastado até morrer pelas ruas de Alexandria; Lucas foi enforcado na Grécia; João foi lançado a um caldeirão de óleo fervente, mas escapou milagrosamente, sendo então exilado em Patmos, onde teve morte natural; Pedro foi crucificado em Roma, com a cabeça para baixo; Tiago Maior foi decapitado em Jerusalém; Tiago Menor foi lançado de um pináculo do Templo e então o surraram até morrer; Bartolomeu foi esfolado vivo; André foi preso a uma cruz e morreu pregando a seus perseguidores; Tomé teve o corpo trespassado por uma lança; Matias foi primeiramente apedrejado e a seguir decapitado; Judas (Tadeu) foi varado por flechas até morrer; Barnabé dos Gentios foi apedrejado até a morte em Salônica; Paulo, depois de várias perseguições e torturas, foi decapitado em Roma; as informações sobre a morte de Filipe e de Simão Cananita são obscuras e conflitantes; Judas Iscariotes se enforcou.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 214.

Capítulo 67.

O Caminho para a Felicidade

“O caminho seguro para a felicidade consiste em adquirir tudo o que seja necessário enquanto a mente descansa principalmente em Deus. Sair em busca de “necessidades” excessivas, num estado de esquecimento de Deus, levará com certeza ao sofrimento.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 570.

Capítulo 29: “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça” – O Sermão da Montanha, parte IV.

Em Tudo Foi Tentado, Mas Sem Pecado

“O homem Jesus enfrentou tentações, chorou, sofreu como qualquer ser humano; mas exercitou sua vontade de maneira suprema para suplantar o mal e a ilusão de sua natureza material, e finalmente alcançou a vitória.

(…)

Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo. (…) (Hebreus 2:16-18). Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hebreus 4:15).

(…)

O encontro do homem comum com “o Tentador” se dá principalmente como ideias subjetivas que o seduzem sutilmente através de maus hábitos pré e pós-natais e da provocadora atração de seu ambiente material.

Grandes mestres que se aproximam da libertação final podem distintamente ver distintamente Satã e suas legiões de maus espíritos assumirem formas personificadas para armar uma decisiva resistência contra a libertação desses mestres no Espírito.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 177.

Capítulo 8: A Tentação de Jesus no deserto.

O Medo é Um Veneno Mental

“O medo é um veneno mental quando não usado como antídoto — um estímulo para induzir a pessoa a acalmarse e ter cautela.”

(…)

“O medo intensifica e multiplica por cem nossa dor física e agonias mentais.”

(…)

“Se você for incapaz de desalojar o medo terrível do fracasso ou da má saúde, distraia a mente (…)”

(…)

“Ao contrário, tenha medo de ter medo, pois ele criará uma consciência de doença e acidente — e, se o medo for forte o bastante, você atrairá exatamente aquilo que mais teme.”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 254-265.

O Esforço por Plenitude Resulta da Ilusão

“A emancipação é acelerada quando se encena o drama vivo de uma perfeita existência de saúde, abundância e sabedoria, com desa pegada transcendência mental. As dualidades da dor e do sofrimento criadas por Satã são em muito atenuadas pela mente forte que não exacerba o sofrimento por meio do medo ou de uma imaginação exal tada; ou seja, se pudermos afastar a consciência de doença e não temer a enfermidade quando ela se apresenta, e se não ansiarmos pela saúde ao sofrermos com alguma doença, isto nos ajudará a recordar nossa própria alma, o Eu transcendente que jamais experimentou as flutuações de saúde e doença, mas é sempre perfeito.

O homem deveria saber que seu esforço por plenitude resulta da ilusão; pois ele já possui tudo que ne cessita em seu poderoso Eu interior. Ele equivocadamente imagina que carece de tais dons divinos ao identificar-se com mortais espiritual mente ignorantes. Tudo o que necessita é conhecer a eterna plenitude do tesouro de sua alma.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 165-166.

Capítulo 7: O papel de Sată na criação de Deus.