Banir a negatividade da vida

“Nos tempos atuais, que se esforçam para banir a negatividade da vida, também a morte emudece. Ela não fala mais. Toma-se dela toda linguagem. Ela não é mais “uma maneira de ser”, mas apenas o mero fim da vida, que deve ser adiado com todos os meios. A morte significa, simplesmente, a des-produção [Ent-Produktion], o fim da produção. Hoje, a produção se totalizou como a única forma de vida. A histeria da saúde é, em última instância, a histeria da produção. Ela destrói, porém, a vivacidade real.”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 475.

Angústia

A vida de Francisco

“Quero contar a vida e os feitos do nosso bem-aventurado pai Francisco. Quero fazê-lo com devoção, guiado pela verdade e em ordem, porque ninguém se lembra completamente de tudo que ele fez e ensinou. Procurei apresentar pelo menos o que ouvi de sua própria boca, ou soube por testemunhas de confiança.

Fiz isso por ordem do glorioso Papa Gregório, conforme consegui, embora em linguagem simples. Oxalá tenha eu aprendido as lições daquele que sempre evitou a linguagem difícil e desconheceu os rodeios de palavras!”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 126-128.

Prólogo

A vida como imanência

“A vida como imanência é uma capacidade que não age. Por isso, ela é um “imanente que não está em nada”, pois ela não está submetida a nada e não depende de nada. A vida se relaciona a si mesma e repousa em si mesma. A imanência caracteriza uma vida que pertence a si mesma, que basta a si mesma. Esse bastar-a-si-mesmo é a beatitude.”

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 346.

Considerações sobre a inatividade

Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida

(…) Tomé lhe diz: “Senhor, não sabemos para onde vais.
Como podemos conhecer o caminho?” Diz-lhe Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser po mim.” * (João 14:5-6.)

O Evangelho de João, que contém esse trecho, é um livo notável que muitos gnósticos reclamam a si e unlizam como fonte primária para o ensinamento gnóstico.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 135.

Capítulo: 6- Gnosis: Autoconhecimento Como Conhecimento de Deus.

Adorar a Deus no Templo de Si Mesmo

“O “próximo” do homem é a manifestação de seu Eu maior ou Deus. A alma é um reflexo do Espírito, reflexo que está em cada ser e na vida vibratória de todo o cenário cósmico animado e inanimado.

(…)

Quando a imanência divina penetra a compreensão do homem, ela o desperta para seu dever e privilégio de adorar a Deus no templo de si mesmo (por meio da meditação) e no templo de todos os seres e coisas do universo (por meio do amor ao próximo, na intimidade de seu lar cósmico).

(…) e a ideia de “mundo” é em si um conceito muito remoto e abstrato.

A maioria das pessoas vive entre as estreitas muralhas do egoísmo, jamais sentindo o pulsar da vida universal de Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 507-508.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Concentrar-se na Vida Eterna

“Quanto a enfrentar as imposições inevitáveis da vida, “vosso Pai Celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas“. Deus espera que o aspirante espiritual desempenhe as tarefas úteis que lhe cabem, mas não como o materialista que mantém as energias e o olhar focalizados em ganhos egoístas e prazeres sensoriais. “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça” significa concentrar-se na Vida Eterna, a fonte de todas as vidas, e expressar a glória dessa imortalidade em todas as interações com o mundo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 570.

Capítulo 29: “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça” – O Sermão da Montanha, parte IV.

Perguntas para Entender

“Pergunta para se conectar – O que lhe dá maior satisfação na vida? Como você gostaria de ser lembrado? Pergunta para entender a agenda – O que é importante para você agora? Quais são os projetos/iniciativas em que você está envolvido? Pergunta para empatizar – Quais opções acha que tem? Como se sente sobre isso? Pergunta para feedback – (em nosso trabalho) O que tem sido mais útil para você? O que mais pode melhorar para ajudálo a atingir seus objetivos?”

GOLDEMBERG, Gilda. Perguntas Poderosas: Um guia prático para aprender a
perguntar e alcançar melhores resultados em coaching. Ed. Casa do Escritor – 2a Edição, 2019. Versão Kindle, posição 669.

As Partis Vivas do Interior se Elevarão

“As partes visíveis do corpo que estão mortas não serão salvas. Somente as partes vivas que existem no interior se elevarão. O que é a ressurreição? É a revelação daqueles que ressuscitaram. Se você se lembra de ler no evangelho que Elias apareceu e Moisés com ele, não suponha que a ressurreição seja uma ilusão. Não é ilusão. É verdade. É mais apropriado dizer que o mundo é uma ilusão, e não a ressurreição que é por causa de nosso Senhor, o Salvador, Jesus, o Cristo.

Nascimento, Peterson do. O Tratado Sobre a Ressureição (Coleção Apócrifos do
Cristianismo Livro XVII) – Versão Kindle, Posição 163.

O processo Iniciático Através das Águas

É preciso preciso explicar os vários processos do batismo, juntamente com seus efeitos correspondentes ou estados espirituais. O ritual do batismo pela imersão em água originou-se na Índia, e enfatizava a purificação do corpo precedendo a purificação da mente. Os estudantes que buscavam a instrução de um santo tinham primeiro de purificar seu corpo banhando-o – o que por si só iniciava o processo de purificação da mente, ao demonstrar o devido respeito ao mestre e ao interiorizar os pensamentos na expectativa das bênçãos e do valor das lições a serem recebidas. “Ser asseado é quase como ser santificado” – eis uma útil primeira lição. A imersão em água abre os poros da pele, eliminando do corpo toxinas perturbadoras, aliviando e acalmando o sistema circulatório. A água refresca as terminações nervosas e envia mensagens de sensações calmas por todos os centros vitais do corpo, equilibrando harmoniosamente as energias vitais.

A vida surgiu inicialmente da energia, depois das nebulosas e, por fim, da água. Toda semente de vida está irrevogavelmente vinculada à água. A vida física não pode existir sem ela. Aquele que se banha diariamente e medita logo a seguir esse sentirá o poder do “batismo” pela água. Banhar-se com a consciência de purificação sagrado ou lago, ou em outro curso de água natural cercado pela majestade cênica de Deus, é uma experiência de vibrante elevação. 

(…)

É a atitude mental de fé e devoção com que alguém recebe o batismo cerimonial – seja por imersão, seja pelo modo alternativo simbólico de espargir água sobre a cabeça – que determina as bênçãos recebidas; e é a continuidade de pensamento e ação corretos que assegura benefícios perduráveis. O iniciado, portanto, deveria regularmente batizar seu eu com o Espírito, pela imersão da consciência na sabedoria, no magnetismo e na radiação divina do Espírito Santo, em meditação.

Uma vez que o objetivo do batismo é trazer uma transformação e elevação da consciência por meio de alguma forma de imersão simbólica, é útil considerar como podemos ser “batizados” inconscientemente por aqueles com quem nos associamos. Portanto, aquele que almeja a “iniciação” deve manter-se cuidadosamente atento em relação às águas em que imerge sua consciência. As vibrações de outras pessoas podem ser recebidas por um intercâmbio de magnetismo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 117-118.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.