“A disposição nos abre o espaço unicamente no qual nos confrontamos com um ente. Ela desvela o ser. Não podemos dispor da disposição. Ela nos toma. Não é possível produzi-la voluntariamente. Antes, somos lançados nela. Não a atividade, mas o estar-lançado [Geworfenheit] como passividade ontológica originária define nosso ser-no-mundo originário.
A disposição precede toda atividade e é, ao mesmo tempo, definidora para ela.
Toda ação é, sem que sejamos conscientes disso, um agir definido. A disposição constitui, então, o quadro pré-reflexivo para atividades e ações.”
HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 640-644.
Da ação ao ser