A prisão de estar no mundo

“A prisão em que me parece estar é o mundo, e a cadeia que a ele me sujeita é o corpo. E a alma, iluminada pela graça, é a que conhece a importância de estar privado, ou ao menos retardado, por algum impedimento que não lhe permite conseguir o seu fim.

E assim como é impossível que venha Deus a sofrer alguma pena, assim lhes sucede àquelas almas que se aproximam dele, e tanto mais quanto mais se aproximam dele, pois mais participam de suas propriedades. Ora, o retardo que a alma sofre lhe causa uma pena, e esta pena e retardo fazem-lhe desconforme àquela propriedade que ela tem por natureza.

E não podendo gozar dela, sendo dela capaz, sofre uma pena tão grande quanto nela é grande o conhecimento e o amor de Deus.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 642-651.

Capítulo I – Tratado do Purgatório

Mundo-Cárcere, corpo-cadeia

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