“A experiência, em sentido enfático, não é um resultado do trabalho e do desempenho. Ela não se deixa produzir pela atividade. Antes, ela pressupõe uma forma particular de passividade e de inatividade: “fazer uma experiência com algo, seja com uma coisa, com um ser humano, com um deus, significa que esse algo nos atropela, nos vem ao encontro, chega até nós, nos avassala e transforma”. A experiência se baseia no dom e na recepção. O seu medium é a escuta. O atual ruído da comunicação e da informação, porém, põe um fim à “sociedade dos que escutam”. Ninguém escuta. Todos se produzem.”
HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 185.
Considerações sobre a inatividade