Identificação do corpo com a morte

“A identificação do corpo e da carne com a morte deve-se ao fato de que
tudo aquilo que nasce no plano espaço-temporal deve submeter-se às limitações dessa existência, que incluem um fim, a morte. Esse é o preço do ser real. Uma vez plenamente coagulado ou encarnado, o conteúdo torna-se sem vida, sem maiores possibilidades de crescimento.(…) Realizada a plena coagulatio, vem a putrefactio. “Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.” (Gal., 6: 8, RSV)

O leão ou sol inferior é o aspecto teriomórfico da consciência masculina o ego encarnado no orgulho e na concupiscência. (…) É o que indica igualmente a natureza feminina da terra, matéria (mater), e o fato de só podermos encarnar por meio de um útero feminino, Toda forma, manifestação ou estrutura específicas que solidifiquem nossas energias vitais numa expressão particular e concreta faz parte da natureza da mulher. O país, a igreja, a comunidade, a instituição, a família, a vocação, a diversão, a relação pessoal – tudo isso garante nosso compromisso através do princípio feminino. Mesmo aparentes abstrações como a ciência, a sabedoria, a verdade, a beleza, a liberdade (ver figura 4-7, A Liberdade liderando o povo), e assim por diante, quando servidas de modo concreto e realista, são experimentadas como personificações do feminino. Jung definiu o princípio feminino como o princípio da relação. Assim, podemos afirmar que O relacionamento coagula. Trata-se de importante fato para a psicoterapia, ensejando alguma discussão.

(…)  há pacientes que, apesar de terem passado por severas privações nas mãos dos pais, foram capazes de encontrar um importante relacionamento com alguma figura secundária de sua infância. Uma ama, uma tia, um(a) professor(a) ou um dos avós, enfim, alguém que tenha sido capaz de relacionar-se genuinamente com a criança, servindo assim de mediador entre ela e a imagem arquetípica, à qual personalizou.

Todo processo inicial de desenvolvimento psíquico individual – o surgimento do ego a partir do seu estado original de de unicidade  com a psique objetiva – pode ser tido como um processo de coagulatio. A experiência e a percepção consciente das imagens arquetípicas inatas só têm sequência se as encontrarmos encarnadas em formas concretas, personalizadas.”

EDINGER, Edward F. Anatomia da Psique. O Simbolismo Alquímico na Psicoterapia, Ed. Cultrix 2006, Pág.113-115.

Capítulo 4 Coagulatio

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