(…)a lei da evolução e o propósito de toda existência humana torna todos os homens iguais diante da causa primeira, já que não se pode dizer que todos os homens sejam iguais em termos físicos ou nos domínios da espiritualidade e da moralidade
Em termos absolutos, isto é, sem a especificação de tempo e espaço, a verdade da lei é inquestionável; mas onde espaço e tempo são definidos, como na natureza, nem todos os homens têm os mesmos direitos.
O Mestre do ensinamento oculto é a pessoa mais avançada em comparação com os neófitos.
Nenhuma sociedade espiritual pode evitar esse poder do Mestre, porque ele, que vê e entende de modo mais claro, será sempre o instrutor dos espiritualmente jovens.
Quando uma sociedade espiritual é criada, o Mestre torna-se indispensável.
Se o Mestre é um mestre no sentido mais amplo da palavra – isto é, se vê com clareza e compreende as leis sintéticas dos três mundos, o físico, o intelectual e o espiritual – sua autoridade torna-se absoluta e seus ensinamentos ou regras são dogmáticos.
Um dogma é pensamento (cogitatio), visão clara, do grego dokeo,”ver”.
(…) Um pensamento (bene cogitatus) que está sinteticamente coagulado na psique de um mestre – concreto, harmônico, verdadeiro, expresso em uma forma grá- fica ou auditiva – é um dogma, porque é verdadeiro não apenas em relação à filosofia, mas também à moralidade e à realização prática; e é imutável, isto é infalível, se corresponde a uma verdade que é absoluta, infalível e imutável.
O Mestre Perfeito deve ter não apenas o poder da visão, mas também o poder de transmitir seus dons espirituais a outros.”
KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág. 86-88.
Segunda Parte
O Mestre Perfeito