Diário Espiritual de 01 de abril de 2019
“No exato momento em que o povo de Zephyr compreendeu a continuidade da vida para além de seus corpos físicos, ele viveu uma profunda experiência com o amor que emana sem parar da Fonte Criadora. Nossa visão se abriu ampla e profundamente, nossos sentidos se renderam, nossa voz se calou e nunca mais fomos os mesmos. As linhas da vida são expressões que fluem da eternidade para a eternidade, numa jornada contínua de de aperfeiçoamento de nossas relações. Todo corpo físico, independente de sua expressão vibratória, é uma comunidade de átomos que se relacionam entre si, coordenados pela vontade que emana do espírito. Toda sociedade é uma comunidade de indivíduos que se relacionam entre si, reunidos pela ressonância de seus estágios evolutivos, e assim sucessivamente agrupam–se e relacionam-se os planetas, as estrelas, as galáxias. Tudo no Universo se relaciona entre si, consigo e com a Grande Fonte Criadora. Não há nada que esteja fora desta grande dança cósmica, da grande canção.
O amor é a grande melodia que permeia todas as coisas, de sua intimidade à sua máxima expressão. Nem todos podem ouvir ainda, mas aqueles que têm coragem de mergulhar em si mesmos, reconhecendo-se, conhecendo-se, transformando-se e evoluindo em si, são chamados a participar cada vez mais conscientes da dança universal que convida incessantemente todos os seres a darem-se as mãos, num imenso círculo existencial de luz e comunhão.
Nem sempre compreendemos isso. O povo de Zephyr quase se extinguiu por ignorar essa realidade que transcende a todo saber ordinario. Somente aqueles dentre nós que se arriscaram com a necessária ousadia filosófica à compreender os mistérios da vida e da natureza dos seres foram resgatados e semeados como futuro de nossa sociedade.”
Shellyana