O Pai de todos, o Nous

“Porém o Nous Deus, sendo macho-fêmea, sendo vida e luz, gestou com uma palavra outro Nous Demiurgo, que, sendo Deus do fogo e do ar, criou uns sete regentes, os quais envolvem o mundo sensivel em ciclos, e cuja regência é chamada heimarmene.

(…) Porém o Nous Demiurgo, com o Logos, o que envolve e que rodopia com zunidos, girou as obras de si mesmo e permitiu que fossem giradas desde um início indefinido até um infindo término; pois começa onde se acaba, porém a circunvolução desses, segundo quis o Nous, trouxe os viventes irracionais dos elementos inferiores (pois não possuíam o Logos): o ar trouxe os voláteis e a água os aquáticos; porém a terra e a água têm sido separadas uma da outra, segundo quis o Nous; a terra tirou fora de si os que eram viventes quadrúpedes <e> répteis, feras selvagens e domésticas.

O Pai de todos, o Nous, sendo vida e luz, gestou um Homem idêntico a ele, o qual ele amou como próprio rebento; pois era mui lindo, tendo a imagem do Pai; pois também, deveras, Deus amou a própria forma <e> entregou todas as obras de si mesmo, e quando o Homem avistou a criação do Demiurgo no fogo, quis criar também, e foi permitido pelo Pai.”

TRISMEGISTOS, Hermes. Corpus Hermeticum graecum, São Paulo:Ed. Cultrix, 2023, Pág. 121.

Parte II- Corpus Hermeticum Graecum.

Lilellus I

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