A alma purificada permanece em Deus

“O ouro, quando é purificado até os vinte quatro quilates, já depois não se consome mais, por muito fogo que lhe apliquem, pois não pode consumir-se senão a imperfeição desse ouro. Assim é, pois, como age na alma o fogo divino. Deus lhe aplica tanto fogo, que consome nela toda imperfeição e a conduz à perfeição de vinte quatro quilates — cada um em seu grau de perfeição. E quando a alma está purificada, permanece toda em Deus, sem nada próprio em si mesma, já que a purificação da alma consiste precisamente na privação de nós em nós. Nosso ser está já em Deus.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 493.

Capítulo I – Tratado do Purgatório

Amor divino que purifica e aniquila

Penas extremas

“Apesar do que foi dito, sofrem estas almas penas tão extremas, que não há língua capaz de expressá-las, nem entendimento algum as pode compreender minimamente, a não ser que Deus o mostrasse por uma graça especial. Eu creio que a mim a graça de Deus me mostrou, embora depois eu não seja capaz de expressá-lo. E esta visão que me mostrou o Senhor nunca mais se afastou de minha mente. Tratarei de explicá-la como puder, e me entenderão aqueles a quem o Senhor lhe der a entender.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 322.

Capítulo I – Tratado do Purgatório

São penas indizíveis

As almas

“As almas que estão no purgatório, segundo me parece entender, não podem ter outra eleição que estar naquele lugar; e isto é assim pelo mandato de Deus, que fez isto com justiça.

(…)

De resto, tampouco podem ver a suas companheiras que ali penam por seus próprios pecados. Estão longe de ocupar-se nesses pensamentos.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 279-291.

Capítulo I – Tratado do Purgatório

Almas alheias a tudo, absortas do amor de Deus

Corpo incorrupto

“No dia seguinte, 15 de setembro, um domingo, perguntaram-lhe se queria comungar. Arrebatada em êxtase, ergueu um dedo para o céu, para significar que naquele instante, exatamente, estava sendo chamada para o banquete celestial. Depois, cantando com voz dulcíssima as últimas palavras de Jesus: Senhor, em vossas mãos entrego minha alma; morre, consumada no amor de Deus aos sessenta e três anos de idade, e seu corpo permanece até hoje incorrupto.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 163.

Breve Biografia

A sociedade do cansaço

“A sociedade do cansaço, enquanto uma sociedade ativa, desdobra-se lentamente numa sociedade do doping. Nesse meio tempo, também a expressão negativa “doping cerebral” é substituída por “neuro-enhancement” (melhoramento cognitivo). O doping possibilita de certo modo um desempenho sem desempenho.

(…)esses cansaços consumiram como fogo nossa capacidade de falar, a alma”.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 567-586.

7| Sociedade do Cansaço

Ele Sofre, Se Esforça e Se Regozija

A persistência do homem no erro é a razão de permanecer condenado ao ostracismo, banido da consciência divina.  (…) A verdade é que, sendo Deus onipresente, Ele sofre naqueles que choram, Se esforça naqueles que trabalham e Se regozija nos que conhecem a bem -aventurança da alma. O Grande Espírito desejou Se tornar muitos, e em muitos Se tornou; mas os muitos não O reconhecem. Eles se mantêm segregados devido ao seu individualismo. Aferrando-se à ilusão de que seu ego possui uma existência separada, eles se esquecem por completo de que sua individualidade é apenas uma diminuta onda na superfície do Oceano Cósmico. A salvação consiste em romper essa ilusão do individualismo, de modo que a pequena onda possa imergir no oceano do Espírito.

(…)

Quando a alma novamente se percebe como filha de Deus, descendente autêntica do Infinito Imaculado – e compreende que, devido à ilusão onirica, apenas imaginou ser temporaria mente um ser pecador -, então a consciência abriga uma fé inquebrantável nessa realidade. A mera; a convicção latente de que a alma é filha de Deus é permanente e imutável, ainda que esteja oculta por algum tempo na matriz de pecado própria da mortalidade.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 98.

Capítulo 35: O Perdão dos Pecados.

Adorar a Deus no Templo de Si Mesmo

“O “próximo” do homem é a manifestação de seu Eu maior ou Deus. A alma é um reflexo do Espírito, reflexo que está em cada ser e na vida vibratória de todo o cenário cósmico animado e inanimado.

(…)

Quando a imanência divina penetra a compreensão do homem, ela o desperta para seu dever e privilégio de adorar a Deus no templo de si mesmo (por meio da meditação) e no templo de todos os seres e coisas do universo (por meio do amor ao próximo, na intimidade de seu lar cósmico).

(…) e a ideia de “mundo” é em si um conceito muito remoto e abstrato.

A maioria das pessoas vive entre as estreitas muralhas do egoísmo, jamais sentindo o pulsar da vida universal de Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 507-508.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

O Adorador e o Objeto de Adoração

Criador por meio de formalidades religiosas externas corresponde a manter uma separação entre o adorador e seu Objeto de adoração; mas amar a Deus significa tornar-se Seu amigo, Seu filho, um com Ele.*

(…) essa lei não visa satisfazer a um capricho quixotesco de Deus, mas em vez disso é uma condição necessária para que a alma individualizada possa esta belecer uma conexão consciente com sua Fonte. Deus pode viver sem o amor do homem; todavia, assim como a onda não pode viver sem o oceano, não é possível para o homem existir sem o amor de Deus. A sede de amor em cada coração humano deve-se ao fato de o homem ser feito à imagem divina, plena de amor. Assim, os santos e avatares conclamam a humanidade a amar a Deus, não por uma compulsão ou mandamento, mas porque o oceano de Seu amor ergue-se por trás da pequena onda de amor em cada coração.

*Nota:Com que me apresentarei diante do Senhor, e me prostrarei perante o Deus excelso? Apresentar-me-ei diante dele com holocausto, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, ou de miríades de ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto das minbas entranhas pelo pecado da minha alma?

“Ele te declarou, o homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus? (Miqueias 6:6-8).

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 502.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Retribuir o Ódio com o Amor

“Os mortais comportam-se como mortais quando retribuem na mesma medida em que recebem; mas expressam sua inata divindade quando, a partir da pura magnanimidade de sua alma, retribuem o ódio com o amor e o mal com o bem.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 533.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Ilusão da Posse

“Uma compaixão prática para com aqueles que passam necessidade dissipa as trevas da separação entre as almas e é a luz que nos permite ver todos os corações unidos pelo elo dourado singular do amor divino. Deus palpita em todos os corações, sofrendo naqueles que padecem e regozijando-Se nos que estão sadios.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 526.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.