Almas Perdidas

“Os habitantes do mundo astral vestem corpos feitos de energia e luz e estão confinados a esferas astrais superiores ou inferiores, de acordo com seu karma. Existem, entretanto, alguns seres astrais co nhecidos como “almas perdidas”. Essas almas estão presas à Terra por causa de fortes impulsos e apegos materiais, e vagueiam no éter, desejosas de entrar novamente numa forma física para satisfazer sua necessidade de gratificação sensorial.(…)  há ocasiões em que as almas perdidas tomam posse do corpo e da mente de alguém, mas apenas de pessoas vulneráveis, mentalmente instáveis ou que enfraqueceram a mente mantendo-a com frequência em branco ou sem pensamentos. Devido a esse vazio mental e à atração cármica, elas involuntariamente convidam espíritos errantes a entrar em seu corpo.

Demônios imundos, citados nos casos de possessão que Jesus exorcizou, são os entes astrais, entre as almas perdidas, que na Terra foram assassinos, ladrões ou outros criminosos, beberrões, devassos, e especialmente as pessoas corruptas e traiçoeiras que não se purifica ram de suas más propensões antes da morte. (…) Elas vagueiam por esferas astrais inferiores, aprisionadas em seus corpos astral e causal, sem encontrar descanso, abominando a ideia de renascer na Terra ou lamentando a perda de sua encarnação física. Essas almas desoladas têm de vagar pelo éter até que, pela operação da lei divina, se esgotem alguns dos efeitos cármicos de suas más ações. Os espíritos demoníacos que estão entre essas almas são muito inescrupulosos, assim como eram na vida terrena.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 440.

Capítulo 24: A expulsão de demônios.

Humildade Não Significa Pretensa Mansidão

“A onda não pode dizer: “Eu sou o oceano”, porque o oceano pode existir sem a onda, mas a onda não pode existir sem o oceano.

(…)

Humildade não significa pretensa mansidão; aparentar humildade não nos torna humildes. Aquele que se ocupa de aperfeiçoar-se interiormente aos olhos de Deus fica tão absorto nesse objetivo, para satisfação de sua própria alma, que não lhe resta oportunidade para qualquer desejo de impressionar os outros com suas realizações.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. II. Editora Self, 2017, pág. 384-385.

Capítulo 47: O humilde servidor de todos é “o maior no Reino dos Céus”.

Sabedoria Santificadora

“(..) a alma imortal do homem, um reflexo do Espírito transcendente, está acima do jugo da lei de causa e efeito da criação. Para alguém identificado com sua pretensa natureza mortal, a lei cármica distribui sabedoria e felicidade somente de acordo com o mérito conquistado. Aquele que está identificado com o Espírito colhe, sem limitações, a riqueza infinita da Divindade.

Não há coisa alguma que a alma necessite adquirir. Como filho de Deus, ela necessita apenas possui lembrar-se daquilo que já possui em forma latente:sua infinita herança de sabedoria do Pai Divino.

“Assim como a chama acesa converte a lenha em cinzas, também o fogo da sabedoria reduz a cinzas todo o karma! Verdadeiramente, nada mais neste mundo é tão santificador quanto a sabedoria” (A Yoga do Bhagavad Gita, IV:37-38).”

(…)

Assim como a escuridão dos olhos fechados se dissipa imediatamente quando se abrem os olhos, da mesma forma, no instante em que alguém abre o seu olho de sabedoria, as trevas da ignorância são banidas e ele se contempla como alma perfeita, na luz de Deus. Este é um grande conforto, pois alcançar a perfeição por meio do processo cármico natural de tentativa e erro parece quase uma impossibilidade, requerendo incontáveis encarnações. O homem tem de trabalhar para adquirir prosperidade, sabedoria e felicidade; um filho de Deus que tenha alcançado a Autorrealização, ao recuperar sua herança divina, já possui todas as coisas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 355-356.

Capítulo 19: “Meu alimenteo é fazer a vontade Daquele que me enviou”, A Mulher de Samaria, parte III.

O Homem Materialista Morrerá Insatisfeito.

“Esquecido da Bem-aventurança e da Vida Divina presentes em sua alma, que tudo proveem e saciam todos os desejos, o homem materialista morrerá insatisfeito. Seus anseios permanecerão com ele mesmo após a morte – uma sede latente que o impelirá a se reencarnar repetidas vezes em busca de satisfação.

Mas todo aquele que beba da fonte da eterna bem-aventurança em Deus descobrirá saciada para sempre a sede de cada desejo de todas as suas encarnações.

(…)

Gratificar o corpo e o ego com experiências materiais e posses jamais poderá compensar o homem pela perda de sua infinita felicidade da alma.

Os desejos mortais prometem felicidade, mas em vez disso trazem tristezas. “Porque os prazeres dos sentidos surgem dos contatos com o exterior, e têm começo e fim (são efêmeros), eles são causadores apenas de infelicidade. Nenhum sábio busca neles a felicidade.”*

A alma até mesmo da pessoa mais mundana está internamente ciente de sua Bem-aventurança celestial, que se perde apenas na sua identificação externa com o corpo. E por isso que ela jamais pode ficar satisfeita por muito tempo com os prazeres temporários dos sentidos.”

*Nota:  A Yoga do Bhagavad Gita.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 327-328.

Capítulo 17: A Mulher de Samaria, Parte I.

 

Almas no Seio de Deus

“Como almas, todos estávamos originalmente no seio de Deus. O Espírito projeta o desejo de criar uma expressão individualizada de Si Próprio. A alma se torna manifesta e projeta a ideia do corpo em uma forma causal. A ideia se torna energia, o corpo astral vitatrônico. O corpo astral se torna condensado no corpo físico. Através do corredor espinal integrado desses três instrumentos, a alma desce para a identificação com o corpo e a matéria densa.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 283-284.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

O Vento Assopra Onde Quer

“Assim como a fonte do vento permanece oculta embora o vento se faça perceber pelo som, também a substância do Espírito está invisível, oculta além do alcance dos sentidos humanos; e as almas encarnadas que nascem do Espírito são o fenômeno visível. O vento invisível se dá a conhecer pelo som; o Espírito invisível se declara na presença de almas inteligentes.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 274.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Da Carne e do Espírito

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3:6).

(…) o Espírito mantém Sua criação. O Absoluto Transcendente tem uma manifestação dual: subjetiva e objetiva, Espírito e Natureza (…)

(…)

(…) a conciência como essência causal do homem e da criação – está além do alcance da inteligência humana.

(…) o homem comum reconhece o universo natural ao seu redor, mas não o Espírito imanente; e reconhece a si próprio como tantos quilos de carne, em vez da pura consciência que mora dentro dele: a alma.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 272-273.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Desenvolvimento da Intuição

“Como almas individualizadas, o Espírito manifesta progressiva mente Seu poder de conhecimento ao longo dos sucessivos estágios de evolução: como resposta inconsciente nos minerais, como sensibilidade na vida vegetal, como conhecimento sensitivo guiado pelo instinto nos animais, como intelecto, razão e intuição introspectiva não desenvolvida no homem, e como intuição pura no super-homem.

(…)

Assim como o instinto confina o animal dentro de limites estabelecidos, também a razão restringe o ser humano que não tenta se tornar um super-homem pelo desenvolvimento da intuição.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 271.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Diálogo com Nicodemos

“Em resposta, Cristo dirigiu a atenção de Nicodemos diretamente à Fonte celestial de todos os fenômenos da criação, tanto mundanos quanto “milagrosos”, afirmando sucintamente que todos podem entrar em contato com essa Fonte e conhecer as maravilhas que dela procedem, assim como fazia Jesus, ao passarem pelo “segundo nascimento” espiritual do despertar intuitivo da alma.

(…)

As multidões superficialmente curiosas, atraídas por demosntrações de poderes extraordinários, receberam apenas uma parcela escassa do tesouro da sabedoria de Jesus, mas a inequivoca sinceridade de Nicodemos lhe permitiu obter do Mestre uma orientação precisa que enfatizava o Poder e o Objetivo Supremos nos quais o homem deve concentrar-se. Os milagres da sabedoria que iluminam a mente são superiores aos milagres de cura física e controle da natureza; e milagre ainda maior é a cura da causa-raiz de todas as formas de sofrimento: a ignorância ilusora que obscurece a unidade da alma humana com Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 263-264.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Controle da Mente Sobre o Corpo

“Uma vez que a alma desceu do Espírito para a matéria e fez do corpo imperfeito o seu pátio de recreio, a perfeição do Espírito e da alma tem que ser estabelecida na mente a fim de capacitar a alma, antes envolvida com a matéria, a manifestar no corpo, e através dele, sua natureza como Espírito. Sua imortalidade original, a ausência de doenças e a imutável felicidade têm que ser evidenciadas no completo controle da mente sobre o corpo.”

(…)

Nota: A inteligência ou a mente do homem não é uma única faculdade simples. A Yoga analisou em detalhe seus componentes fisiológicos, psicológicos e espirituais, definindo-a como um conglomerado constituído do ego (ahamkara) – o agente ou autor subjetivo e observador; a consciência ou sentimento e percepção (chitta); a mente sensorial (manas), que consiste no poder vivificante dos cinco sentidos do conhecimento (olfato, paladar, visão, tato e audição) e dos cinco sentidos da ação (locomoção, exercício da habilidade manual, fala, eliminação e procriação); e o intelecto discernidor (buddhi). Destes princípios evoluem as cinco correntes vitais, as cinco funções do prana responsável por possibilitar a execução das atividades corporais de cristalização, assimilação, eliminação, metabolização e circulação. Portanto, o homem é um agregado altamente complexo de energias inteligentes e de consciência, todas elas originando-se da alma e de sua fonte na Consciência Cósmica de Deus.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 183.

Capítulo 8: A Tentação de Jesus no deserto.