O Evangelho de Lucas

“O Evangelho de Lucas apresenta o caminho de Jesus como caminho que se realiza na história. Para percorrê-lo, o Filho do Altíssimo (1,32) se faz homem em Jesus de Nazaré (2,1-7), trazendo para dentro da história humana o projeto de salvação que Deus tinha revelado, conforme a promessa feita no Antigo Testamento (1,68-70). O caminho de Jesus inicia o processo de libertação na história, e por isso realiza nova história: a história dos pobres e oprimidos que são libertos para usufruírem a vida dentro de novas relações entre os homens.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 60090.

O Caminho Reto Para a Ascensão

Primeiro, a força vital e a consciência precisam para a suprema ser retiradas dos sentidos e da inquietude corporal, cruzando os portais da Energia Cósmica representada pelo halo dourado do olho espiritual. Então, a consciência precisa imergir na luz azul que representa a Consciência Crística. Por último, precisa penetrar pela passagem estelar prateada rumo ao Espírito, nas regiões ilimitadas do Infinito. Essa luz dourada, azul e prateada contém todas as muralhas de raios – eletrônicos, atômicos e vitatrônicos da Vibração Cósmica, que temos de transpassar a fim de alcançar o céu.

Nesses estados mais elevados de meditação, o próprio corpo se torna espiritualizado, abrandando a tenacidade de sua composição atômica para revelar sua subjacente estrutura astral como força vital. A aura frequentemente retratada em torno dos santos não é fruto da imaginação, mas a luz divina interior inundando todo o ser. Pela meditação ainda mais profunda, o corpo astral se sutiliza num corpo causal de consciência. Então, como pura sabedoria, a consciência cau sal transcende as vibrações do Espírito Santo, imergindo na Consciência Crística, através da qual ascende à Consciência Cósmica, o seio de Deus-Pai.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 139.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

A Estrada Para a Consciência Crística

Aquele que tem os sentidos ocupados no mundo exterior está absorvido no turbulento mercado das interagentes complexidades da matéria na criação. Mesmo com os olhos fechados durante a oração, ou concentrando-se em outros pensamentos, ele ainda permanece no domínio da atividade. O autêntico deserto, onde não há intrusão de pensamentos mortais, inquietude ou desejos humanos, está na transcendência da mente sensorial, da mente subconsciente e da mente superconsciente, quer dizer, ao alcançar a consciência cósmica do Espírito, o “deserto” incriado e inexplorado da Bem-aventurança Infinita.

Enquanto João escutava o Som Cósmico onisciente no deserto do silêncio em seu interior, a sabedoria intuitiva transmitiu-lhe o silencioso comando: “Endireitai o caminho do Senhor”. Manifestai o Senhor – a Consciência Crística subjetiva presente em toda a criação cósmica vibratória – em vosso interior, por meio do sentimento intuitivo desperto quando, no estado d êxtase transcendente, os divinos centros metafísicos de vida e consciência são abertos no caminho reto da coluna vertebral.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 130.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

Iniciação e Batismo

A palavra “iniciação” (em sânscrito, diksha), segundo se utiliza na Índia, tem o mesmo significado do termo “batismo” adotado no Ocidente. A iniciação por um guru corresponde à consagração interior do discípulo ao caminho espiritual que leva do domínio da consciência material ao reino do Espírito. A verdadeira iniciação, como demonstrado, é o batismo pelo Espírito. (…) Todo aquele que possa ver a corrente vital do olho espiritual transformando e espiritualizando as células cerebrais e a própria composição da mente do iniciado é alguém que batiza com o Espírito Santo. (…) uma alma de elevada estatura espiritual pode transfe parte da experiência de sua própria consciência divina àqueles que sejam receptivos.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 126.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

Eu Sou João, a Voz e o Profeta do Altíssimo

“E depois disso veio um morador no deserto, e todos foram indagados: quem és tu? E ele lhes respondeu e disse: Eu sou João, a voz e o profeta do Altíssimo, que veio antes da face de seu advento para preparar seus caminhos, dar conhecimento de salvação ao seu povo, para remissão dos pecados. E quando eu o vi vindo a mim, sendo movido pelo Espírito Santo, eu disse: Eis o Cordeiro de Deus, e vejam, aquele que tira os pecados do mundo.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 663.

Uma Nova Era

“Como os indivíduos, as coletividades também voltam ao mundo pelo caminho da reencarnação. É assim que vamos encontrar antigos fenícios na Espanha e em Portugal, entregando-se de novo às suas predileções pelo mar. Na antiga Lutécia, que se transformou na famosa Paris do Ocidente, vamos achar a alma ateniense nas suas elevadas indagações filosóficas e científicas, abrindo caminhos claros ao direito dos homens e dos povos. ”

(…)

“(…) quando a Idade Média estava prestes a extinguir-se, grandes assembleias espirituais se reúnem nas proximidades do planeta, orientando os movimentos renovadores que, em virtude das determinações do Cristo, deveriamencaminhar o mundo para uma nova era.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 157-159.

Introdução, Segunda Vinda e o Conhecimento

“(…) após legar um caminho universal para o reino de Deus, foi crucificado e ressuscitou; seu reaparecimento para as multidões não é necessário para a concretização de seus ensinamentos. O necessário é que a sabedoria cósmica e a percepção divina de Jesus novamente por meio da experiência e do entendimento que tenha da Consciência Crística infinita que estava encarnada em Jesus. Essa será a sua verdadeira Segunda Vinda.

(…)

(…) somplesmente  leem o que ele disse e o repetem; e porque está documenado nas Escrituras bíblicas, acreditam cegamente, com pouco esforço para realizar a sabedoria ali presente por meio de sua experiência pessoal. A realizacão consiste em sintonizar a própria consciência com Cristo; daí surge o entendimento correto.

(…)

A Autorrealização é o conhecimento – percebido mediante o corpo, a mente alma – de que somos um com a onipresença de Deus; de que não temos que orar para que ela venha a nós, de que não estamos meramente sempre próximos, mas de que a onipresença de Deus é nossa própria onipresença; de que somos parte Dele agora, tal qual haveremos sempre de ser. Só o que precisamos é aperfeiçoar nosso conhecimento.

(…)

Nestas páginas ofereço ao mundo uma interpretação espiritual revelada pela intuição, das palavras proferidas por Jesus – verdades que recebi por meio da autêntica comunhão com a Consciência Crística.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XVIII- XIX.

Parte: Introdução.

Viajante

“DIZEM QUE Ele era vulgar, o rebento ordinário de uma semente ordinária, um homem rústico e violento. Dizem que só o vento penteava Seus cabelos e só a chuva assentava Suas roupas ao Seu corpo.

Consideram-No louco, e atribuem Suas palavras a demônios. Entretanto, vede, o Homem desprezado lançou um desafio, e o som desse desafio nunca se extinguirá.

Cantou uma canção, e ninguém deterá essa melodia. Ela pairará sobre as gerações e se erguerá de esfera a esfera, lembrando os lábios que lhe deram nascimento e os ouvidos que lhe serviram de berço.

Ele era um forasteiro. Sim, era um forasteiro, um peregrino em Seu caminho para um santuário, um visitante que bateu à nossa porta, um hóspede vindo de uma terra distante.

E porque não encontrou um hospedeiro cortês, voltou para Seu próprio lugar.”

GIBRAN, Gibran Khalil.  Jesus, o Filho do Homem. Tradução: Mansour Challita. Associação Cultural Internacional Gibran, 1973, pág. 144.

Seu Poder

“DIZEM QUE Jesus de Nazaré era humilde e manso. Dizem que, embora justo e reto, era homem tímido, e foi confundido muitas vezes pelos fortes e poderosos; e que, quando se achava diante de homens de autoridade, não passava de um cordeiro entre leões.

Mas eu digo que Jesus tinha autoridade sobre os homens e que conhecia Seu poder e o proclamava entre as colinas da Galileia e nas cidades da Judéia e da Fenícia. Que homem condescendente e brando diria: “Eu sou á vida, eu sou o caminho para a verdade“?

Que homem manso e humilde diria: “Eu estou em Deus, nosso Pai; e nosso Deus, o Pai, está em mim“? Que homem inseguro de sua própria força diria: “Quem não acredita em mim não acredita nesta vida nem na vida sem piterna”?

Que homem incerto do amanhã proclamaria: “Vosso mundo passará e se converterá em cinzas esparsas antes que passem minhas palavras”? Duvidava Ele de si mesmo quando disse àqueles que tentavam embaraçá-lo com uma prostituta: “Quem estiver sem pecado atire a primeira pedra“?

Temeu a autoridade quando lançou os cambistas para fora do átrio do templo, embora fossem licenciados pelos sacerdotes?

Estavam Suas asas aparadas quando gritou bem alto:

“Meu reino está acima de vossos reinos terrenos”? Estava procurando abrigo em palavras quando repetiu e tornou a repetir: “Destruí este templo, e eu o reconstruirei em três dias”?

Era um covarde quem sacudiu o punho à face das autoridades e chamou-lhes “mentirosas, vis, corruptas e degeneradas”?

Um homem bastante ousado para dizer essas coisas àqueles que governavam a Judéia poderia ser considerado manso e humilde? Não. A águia não constrói seu ninho no salgueiro-chorão. E o leão não busca sua caverna entre as samambaias. Sinto-me mal e minhas entranhas agitam-se e revoltam se dentro de mim quando ouço os débeis de coração chamarem Jesus humilde e manso, para assim justificarem sua própria debilidade; e quando os calcados aos pés, para seu consolo e conforto, falam de Jesus como de um verme brilhando a seu lado.

Sim, meu coração fica doente com tais homens. Pois o que eu prego é o caçador poderoso e o espírito invencível das alturas!.”

GIBRAN, Gibran Khalil.  Jesus, o Filho do Homem. Tradução: Mansour Challita. Associação Cultural Internacional Gibran, 1973, pág. 53-54.

Caminho Para a Vida Eterna

“Assim como um grande clarão dispersa as trevas, também as declarações espantosas, mas simples, de Jesus revelavam os fundamentos das leis de Deus. “Ama teu próximo; torna-te criança; faze aos outros o que queres que te façam; abandona as glórias e os tentações do mundo; busca o Reino dos Céus dentro de ti; ergue teus pensamentos a Deus em oração o comunhão”, e outras regras facilmente compreendidas, constituíam o verdadeiro Caminho para a Vida Eterna.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 193.