A criação do cristianismo

(…)a joia de Valentino, Pistis Sophia

A Involução dos Princípios Celestiais que Constituiram os Indivíduos Terrestres Criadores do Cristianismo.”

“O homem possui, em si, o princípio da própria ascensão. Pode, valendo-se de diversos meios, unir seu espírito imortal a virtude celestial que o acompanha ao longo da vida de seu corpo físico e tornar-se o que Valentino descreve como partícipe de primeiro mistério, o que os católicos chamam de santo, o que as escolas iniciáticas do grau elementar consideram chrestos ou christos; ele não renascerá mais e alcançará o “Nirvana”, como diriam as escolas orientais e bramânicas.

Toda evolução pressupõe uma ou duas involuções, e todo homem que se torna
Deus precisa, antes, de um Deus que tenha se tornado homem, assim como a evolução do alimento nos intestinos exige a descida de duas forças de origem superior: O sangue e a energia nervosa.

Por ignorar que a corrente de sacrifício e amor precede o difícil caminho para a iniciação e a evolução da alma humana é que as iniciações naturalistas orientais acreditar que “o estado de Cristo” se situa em um plano psicológico de existência que qualquer homem pode atingir sem o esforço constante do Princípio do Cristo celestial, o único capaz, por meio da involução de reconduzir para si almas evoluídas.

Assim como os cometas (…) aparecem em certas épocas para devolver a vida aos centros superiores dos sistemas solares, é preciso que ocorra, fora da corrente constante da involução e evolução perenes das almas humanas, uma grande descida Divina em determinados períodos, seguida de uma grande ascensão de almas, para dar a Deus a oportunidade de manifestar seu amor absoluto e acelerar a reintegração de toda a humanidade.

Não conseguir ver a Virgem de Luz, o Cristo e outros princípios como individuos celestiais é parar no meio do caminho, imobilizar-se no plano mental que conduz ao panteísmo materialista; é fechar voluntariamente os olhos para a existência do plano celestial, que as virtudes do coração, o amor e a prece alcançam muito mais rapidamente que os poderes mentais, a crítica e o raciocínio.”

PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág.195-196.
Capítulo 8

A corrente viva do amor

“Embora conservando o maior respeito pelas correntes da luz e da ciência derivadas da cabala e do helenismo via Orfeu, Pitágoras, Platão e, até certo ponto, Aristóteles, devemos evitar o grave equívoco de não atribuir pelo menos igual importância à grande corrente de iluminismo religioso que se baseia no puro cultivo das faculdades divinas do homem, permanecendo fora de toda ciência e acima de todo ensinamento dedutivo. Os patriarcas, os profetas de Israel, o Cristo, os apóstolos, alguns eminentes filósofos gnósticos, os santos cristãos e os teosofistas iluminados representam essa esplendida corrente que nos deu a chave do tesouro celeste, assim como a corrente anterior nos deu a chave para o tesouro terrestre.”

PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág.193.
Capítulo 8

Os grandes mensageiros divinos

“O homem nunca fica abandonado a si mesmo. Se o destino o obriga, às vezes, a submeter-se à humilhação e ao sofrimento, seu livre-arbítrio pode, ainda assim, colher conhecimentos preciosos da Providência.

(…)

Devemos falar dos anos que precederam o Cristianismo? Recordaremos ás pessoas que as missões budistas, aportando na ESCOLA DE ALEXANDRIA, cria ram raízes ali e chegaram até os ESSÉNIOS? Será conveniente nomear, entre estes, HILEL & JOÃO BATISTA, as duas grandes vozes que precederam o Verbo feito carne? Citaremos os divinos SÓCRATES e PLATÃO, gênios sobre-humanos, e o sábio ARISTÓTELES, todos empenhados em revelar o grande mistério por vir?

Mas então todos os oráculos se calam de súbito, a Grande Serpente corruptora parece envolver a humanidade em suas espirais sombrias, e, enquanto isso, os profetas e videntes tremem, enquanto a secreta luz da natureza se acende na cha- ma divina. As misteriosas imagens anunciadas há muito tempo surgem no plano astral, e todo o mundo invisível vibra freneticamente porque a rainha das Conste lações, que preside a união das almas celestes e dos mensageiros, a Virgem do céu, criou sua imagem terrestre, e o Verbo do Pai vai, aos poucos, tomando forma, cobrindo-se de carne para descer à Terra… Mistério dos mistérios; leou Sabaoth, o Bom, projeta sua luz celeste; os arcanjos e os tronos, as dominações e os anjos tomam consciência deste mundo, tão distante de sua essência, e se mostram à luz Virgem… Então os iniciados da Caldeia, os magos, se põem a caminho, e seus corpos luminosos seguem a trilha da centelha divina que cai sobre a Terra… A luz intelectual, como se fosse a principal luz fisica, se revela; aqui, entre nós, nasce o messias da raça branca… o CRISTO ESTÁ ENCARNADO.”

PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág.167-169.
Capítulo 7

O Corpus Hermeticum

“Provavelmente fruto do caldeirão criado pelas diversas religiosidades iniciáticas experienciadas na região do Mediterrâneo ao longo do século II E.C., O Corpus Hermeticum se arroga uma origem que remontaria aos primordios de uma religiosidade egípcia. A mensagem hermética deixou suas marcas já nos chamados Padres da Igreja, aqueles autores fundamentais para a construção dos pilares do cristianismo latino.”

TRISMEGISTOS, Hermes. Corpus Hermeticum graecum, São Paulo:Ed. Cultrix, 2023, Pág. 11.

Prefácio

Conclusão

“São os vencedores que escrevem a história a seu modo. Não causa surpresa, então, que o ponto de vista da maioria bem-sucedida tenha dominado todos os relatos sobre a origem do cristianismo. Os cristãos eclesiásticos primeiro definem os termos (designando-se a si mes- mos “ortodoxos” e seus oponentes “hereges”); depois de monstram ao menos para sua própria satisfação que seu triunfo era historicamente inevitável ou, em termos religiosos, “guiado pelo Espírito Santo“.

No entanto, as descobertas de Nag Hammadi reabriram questões fundamentais. Elas sugerem que o cristianismo pode ter se desenvolvido em direções muito diferentes ou que o cristianismo que conhecemos poderia não ter sobrevivido. Se o cristianismo tivesse permanecido multifacetado, provavelmente teria desaparecido junto com diversos cultos religiosos da Antiguidade. Acredito que devemos a sobrevivência da tradição cristã à estrutura organizacional e teológica que a igreja emergente desenvolveu.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 161.

Capítulo: Conclusão.

Quando Encontrar, Ficará Perturbado

“Muitos gnósticos têm em comum com a psicoterapia uma segunda premissa importante: ambos concordam – em oposição ao cristianismo ortodoxo – que a psique possui dentro de si o potencial para liberar-se ou destruir-se. Poucos psiquiatras discordariam das palavras atribuídas a Jesus no Evangelho de Tomé.

Se revelar o que possui dentro de si, será salvo. Se não o desvelar, será destruído.” *(Evangelho de Tomé 45.30-33, em NHL 126)

(…)

Então Jesus (que disse “Eu sou o conhecimento da verdade”)” declara que quando veio ao mundo

encontrei-os entorpecidos; nenhum deles sedento. E minha alma tornou-se aflita pelos filhos dos homens, por serem cegos em seus corações e não terem visão; do vazio vieram ao mundo e vazios deixam o mundo. Mas, por enquanto, estão entorpecidos. *(Evangelho de Tomé38.23-29, em NHL 121. Para uma discussão dessas metáforas, ver H. Jonas, The Gnostic Religion (Boston, 1963), 48-96, e G. MacRae, “Sleep and Awakening in Gnostic Texts”, em Le Origini de/lo Gnosticismo, 496-507)

O Evangelho de Tomé também adverte que o autoconhecimento envolve uma perturbação interior:

Jesus disse “Deixe aquele que busca continuar buscando até que encontre Quando encontrar, ficará perturbado. Quando se tornar aflito, será surpreendido e reinará acima de tudo.” *(Evangelho de Tomé 32.14-19, em NHL 118)

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 143-144.

Capítulo: 6- Gnosis: Autoconhecimento Como Conhecimento de Deus.

Os Hereges Podem Falar por Si

“Começamos agora a perceber que o cristianismo – e o que identificamos como tradição cristã- representa, na verdade, apenas uma pequena seleção de fontes específicas, escolhidas entre dezenas de outras. Quem fez a seleção? E por que razões? Por que os outros escritos foram excluídos e proibidos como “heresia”? O que os tornou tão perigosos? Agora, pela primeira vez, temos a oportunidade de conhecer a primeira heresia cristã; pela primeira vez, os hereges podem falar por si mesmos.”

PAGELS, Elaine. Os Evangélhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. XXXIX.

Capítulo: Introdução.

Guardiões da Única e “verdadeira fé”

“No entanto, por volta de 200 d.C. a situação mudou. O cristianismo tornou-se uma instituição dirigida por uma hierarquia com três níveis: bispos, padres e diáconos, que acreditavam ser guardiões da única e “verdadeira fé”.

Ao lastimar a diveridade dos primeiros movimentos, o bispo Irineu e seus seguidores insistiram em que só poderia haver uma única igreja e fora
dela declarou Irineu, “não há salvação’  (…) Apenas os membros dessa igreja são cristãos ortodoxos. (…) E afirmou, ainda: essa igreja deve ser católica – ou seja, universal. Quem quer que desafiasse o consenso, argumentando a favor de ourras formas de ensinamento cristão, era declarado herege e expulso. Quando os ortodoxos obtiveram suporte militar, algum tempo depois e o imperador Constantino tornar-se cristão no século IV, a pena para a heresia aumentou.”

Apócrifo (Livro Secreto)

PAGELS, Elaine. Os Evangélhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. XXV-XXVI.

Capítulo: Introdução.

O Afastamento da Autorrealização

As igrejas hoje se afastaram do caminho da Autorrealização, isto é, da experiência pessoal de Deus e de Cristo. As congregações geralmente se satisfazem com sermões, cerimônias, organizações e festividades sociais. A completa revitalização e reatauração do Cristianismo só pode ser efetuada com menos  ênfase em sermões teóricos com seus repetidos chavões e em cerimônias psicofísicas externas que despertam emoções superficiais, substituindo-os pela quietude da meditação e pela verdadeira comunhão interior. Em vez de serem membros passivos de uma igreja, satisfeitos meramente com sermões, os devotos devem ocupar-se mais com o esforço para cultivar a perfeita quietude do corpo e da mente. A paz da absoluta quietude física e mental é o verdadeiro templo onde Deus mais frequentemente visita Seus devotos: “Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus“* 

Aqueles que vagueiam de uma igreja a outra em busca de satisfação intelectual raramente encontram Deus, pois o estímulo do intelecto é necessário apenas para nos inspirar a “beber” Deus. Quando o intelecto se esquece de verdadeiramente “experimentar” Deus, ele se torna um empecilho à Autorrealização. A verdade espiritual e a sabedoria não são encontradas em quaisquer palavras de um sacerdote ou pregador, mas no “deserto” do silêncio interior. (…) “O Consolador, o Espírito Santo (…) vos ensinará todas as coisas” (João 14:26).

Por meio do método correto de meditação no Espírito Santo como a luz do olho espiritual e o som sagrado da vibração cósmica de Om, qualquer devoto perseverante, com a prática constante, pode experimentar as bênçãos da manifesta presença vibratória de Deus. A Vibração Sagrada (o Grande Consolador), estando permeada com a consciência universal refletida de Deus, contém a bem-aventurança divina que a tudo permeia.”

Nota: Salmos 46:10.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 134-135.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

A Natureza da Mente

“Na época em que este texto foi escrito, entre os séculos II e III d.C. Sócrates, Platão e Aristóteles já haviam dissertado textos sobre a natureza da mente, da alma, do corpo e do espírito, mas no início, o cristianismo foi formado por homens simples, muitas vezes iletrados, tinham coragem, fé, tinham o Espírito, mas possuíam pouco conhecimento, mesmo assim, da forma como eles compreendiam eles dissertaram suas convicções.”

Nascimento, Peterson do. O Tratado Sobre a Ressureição (Coleção Apócrifos do
Cristianismo Livro XVII) – Versão Kindle, Posição 319.