Campo Sistêmico Familiar e Reencarnação

“Os antepassados e seus descendentes, espiritualmente considerados, são, às vezes, as mesmas figuras sob nomes vários, na árvore genealógica, obedecendo aos sábios dispositivos da lei de reencarnação.”

Xavier, Francisco Cândido / Humberto de Campos. Brasil: Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1938, p. 116.

Propósito Espiritual Versus Realidade Temporal

“(Fernão Dias Paes para Ismael)

“Aqui, na vida espiritual, compreendemos semelhantes realidades; mas, no orbe das sombras, a nossa consciência mergulha nas mais aflitivas perturbações e bem sabeis que a água mais pura, misturando-se com a terra, se reduz quase sempre a um punhado de lama.”

Ismael não se demorou para esclarecer:

“A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. Precisamos entender essas brandas disposições das leis divinas, para que o determinismo do amor e da fraternidade constitua a lei da existência de todas as coisas e de todos os seres.”

Xavier, Francisco Cândido / Humberto de Campos. Brasil: Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1938, pp. 63-64.

Consciência Individual e Vontade Universal

“O alvo do mito consiste em dissipar a necessidade dessa ignorância diante da vida por intermédio de uma reconciliação entre consciência individual e vontade universal. E essa reconciliação é realizada através da percepção da verdadeira relação existente entre os passageiros fenômenos do tempo e a vida imperecível que vive e morre em todas as coisas.

“Como uma pessoa despe as roupas usadas e as troca por novas, assim também o Eu que habita o corpo despe os corpos usados e os troca por novos. Impenetrável, incombustível, insolúvel, inabalável, esse Eu não é permeado, consumido pelo fogo, dissolvido pela água, abalado pelo feito. Eterno, mutável, imóvel, todo penetrante, o Eu é para sempre inalterável.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 232.

Sonhos e Vida Após a Morte

“Não é difícil ver como a crença na vida após a morte surgiu. Na raiz disso, estava os sonhos. (…)

Quando o homem dormia, ele estava, aos olhos da sua família e seus amigos, como morto. É verdade que, no sono, ele ocasionalmente se movia e respirava, mas com exceção disso, estava sem vida. Ainda assim, quando acordava ele podia contar que tinha passado a noite caçando na floresta. Podia contar que havia encontrado e conversado com amigos que, na verdade, estavam mortos. Os outros com quem ele falava podiam acreditar nele, pois também tinham vivenciado esses mesmos sonhos, Eles sabiam que ele não havia tirado os pés da caverna, mas também sabiam que ele não estava mentindo. Parecia que o mundo dos sonhos era um mundo material. Havia árvores e montanhas, animais e pessoas. Até os mortos estavam lá, parecendo imutáveis muitos anos após a morte. Nesse outro mundo, portanto, o homem devia precisar das mesmas coisas de que precisava neste mundo.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, pp. 33-34.

Tudo Está em Mudança

“Tudo está em mudança; nada morre. O espírito vagueia, ora está aqui, ora ali, e ocupa o recipiente que lhe agradar… Pois o que existiu já não é, e o que não existiu começou a ser; e assim todo ciclo de movimento se reinicia”. “Apenas os corpos em que habita o eterno, imperecível, incompreensível Eu, perecem.”

Citando Ovídio e Bhagavad Gita in Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 35.

 

Continuum da Vida

“A mente meditativa está unida, na representação de mistérios, não com o corpo cuja morte é apresentada, mas com o princípio da vida contínua que por algum tempo o habitou e que, durante esse tempo, foi a realidade revestida na aparência (a um só tempo, sofredor e causa secreta), o substrato em que o nosso eu se dissolve quando a “tragédia que desfigura a face do homem” despedaça, esmaga e dissolve nossa capa mortal”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 33.

Morte e Nascimento

“Apenas o nascimento pode conquistar a morte – nascimento não da coisa antiga, mas de algo novo. Dentro do espírito e do organismo social deve haver – se pretendemos obter uma longa sobrevivência – uma contínua “recorrência de nascimento” (palingenesia) destinada a anular as recorrências ininterruptas da morte”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 26.

No Amor Sincero de Dona Jandyra

Diário Espiritual de 20 de março de 2019

“No amor sincero de Dona Jandyra, espera o seu coração de matriarca a união dos seus, no seio da grande família da qual foi e é o tronco gerador. Do alto dos seus incontáveis sacrifícios de vida, observa a trilha de cada filho, em seus sabores amargos e doces. Ela é uma mulher forte e ensaia o retorno à pátria espiritual com grande triunfo.

Vai-se o corpo físico, sobrevive o espírito imortal no mundo maior, e a alma em seus exemplos de vida. Deve retornar ao lar em breve para a última etapa de seus dias, na depuração de sua alma majestosa. Sigam firmes em oração, pois ela precisará de muita energia mental para as tarefas finais.”

Meu fraterno abraço à todos,

General Uchôa