A Responsabilidade Por Suas Obras

“A vinda do Cristo ao cenáculo obscuro do planeta, trazendo a mensagem luminosa da verdade e do amor, assinalara o período da maioridade espiritual da humanidade. Essa maioridade implicava direitos que, por sua vez, se fariam acompanhar do agravo de responsabilidades e deveres para a solução de grandes problemas educativos do coração.”

(…)

“(…) não fora em vão que recomendara o crescimento do trigo e do joio nas mesmas leiras, somente a Ele competindo a separação, na época da ceifa. A limitada liberdade de ação dos indivíduos e das coletividades é integralmente
respeitada. Cada qual é responsável pelos seus atos, recebendo de conformidade com as suas obras.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 119 -121.

Maioridade Espiritual

“Começava a era definitiva da maioridade espiritual da humanidade terrestre, uma vez que Jesus, com a sua exemplificação divina, entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os corações.

(…)

As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos Espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 97-98.

Regresso ao Sistema de Capela

“Em algumas centenas de anos, reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema da Capela, onde os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas grande
número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservaram-se nas hostes de Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 42.

Saudade Torturante do Céu

“Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do bem e no culto da verdade.”

(…)

“Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas.”

(…)

“Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante (…)”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 35.

Atraso Moral Terrestre

“Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré -históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do
seu infeliz orgulho.”

Nota pessoal: Sistema de Capela “reconforto com as víceras”.

(…)

“As grandes comunidades espirituais, diretoras do cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.”

Nota Pessoal: Exilados de Capela

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 27-28.

Personalidade das Criaturas

“Compreendemos, afinal, que Adão e Eva constituem uma lembrança dos Espíritos degredados na paisagem obscura da Terra, como Caim e Abel são dois símbolos para a personalidade das criaturas.

(…)

As forças espirituais que dirigem os fenômenos terrestres, sob a orientação do Cristo, estabeleceram, na época da grande maleabilidade dos elementos materiais, uma linhagem definitiva para todas as espécies, dentro das quais
o princípio espiritual encontraria o processo de seu acrisolamento, em marcha para a racionalidade.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 23-24.

Comunidade de Seres Angélicos

“Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma comunidade de Espíritos puros e eleitos pelo Senhor supremo do universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.

Essa comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.

(…)

A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, (…) e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 13.

Ascensão da Alma Humana

“Enquanto as penosas transições do século XX se anunciam ao tinido sinistro das armas, as forças espirituais se reúnem para as grandes reconstruções do porvir.

(…)

Vê-se, então, o fio inquebrantável que sustenta os séculos das experiências terrestres, reunindo-as, harmoniosamente, umas às outras, a fim de que constituam o tesouro imortal da alma humana em sua gloriosa ascensão para o Infinito.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 08-10.

Médium de Deus

Divina mediunidade – Reportando-nos a qualquer estudo da mediunidade, não podemos olvidar que, em Jesus, ela assume todas as características de exaltação divina. *

(…) no estábulo se reúnem pedras e arbustos, animais e criaturas humanas, representando os diversos reinos da evolução terrestre, para receber-lhe o primeiro toque mental de aprimoramento e beleza.

*Nota do autor espiritual: em A gênese (cap. XV, item 2), observa Allan Kardec, com referência aos fenômenos da mediunidade em Jesus: “Agiria como médium nas curas que operava? Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador? Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados, e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.”

Xavier, Francisco Cândido/ André Luiz. Mecanismos da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, Capítulo 26.