Corte de ouros

Valete de Ouros

(…) Terra da Terra.

O Valete de Oures da versão Rider também olha para o pentagrama, mas com uma atitude mais leve. Ele parece fascinado, extasiado até.

Existe outra possibilidade aqui, a do estudante de magia o iniciante em estudos ocultos que persegue a maravilha e o assombro do pentáculo de Ouros.

LEITURAS- Um estudante ou iniciante em magia ou qualquer outra área de aprendizado. A carta trata de am fascinio por algo, sem a necessidade de fazer nada com isso.

Cavaleiro de Ouros

Se olharmos para a imagem Rider para esta carta, sua característica mais marcante é a falta de qualquer movimento. (…) o Ar da Terra torna-se o movimento do Cavaleiro que literalmente é trazido para a terra.

(…) o foco em sua tarefa.

LEITURAS – Alguém trabalhador, diligente, dedicado à tarefa que está em suas mãos, sem necessidade de re compensas ou glórias exteriores. Cauteloso.(…)

Rainha de ouros

Na Rainha de Ouros encontramos um profundo amor pela natureza, uma alegria em tudo que cresce da terra. Como Água da Terra, ela traz amor apaixonado ao mundo dos vivos. No baralho Rider, ela se senta no meio da natureza, sem prédios ou vilarejos à vista, em comparação com o Rei de Ouros, cujo palácio fi- ca atrás dele.

Waite gostava dessa rainha. Ele a descreve como “visualização na ideia de grandeza de alma” e “a intensa reunião de inteligência”, sendo “ela capaz de contemplar seu próprio símbolo e todos os outros mundos além dele”.

LEITURAS – Amor pela natureza, intenso envolvimento com o mundo físico. Felicidade, segurança física, possi velmente riqueza, embora o prazer seja mais central para o seu significado. Alguém que ama a vida e é autossuficiente

Rei de Ouros

Este rei realmente trouxe seu fogo para a terra. (…) o Rei de Ouros não parece nada desconfortável em seu trono.

Alexandre, o Grande, foi o protótipo do conquistador. Ele não apenas superou toda a resistência no Egito, na Pérsia e na Ásia Menor, mas também inaugurou uma era de grande aprendizado, criando a primeira cultura verdadeiramente cosmopolita do mundo, a helenística, uma cultura que misturava ideias e mitologias gregas egípcias. Hermes Trismegisto e os cultos dos Mistérios, cassim o próprio hermetismo, vieram deste mundo. Assim, a partir da imagem de Alexandre, podemos pensar no Rei de Ouros como o patrono de todo o tarot.

LEITURAS – Riqueza, sucesso, conforto, segurança. Ela pode comunicar coisas materiais, mais com satisfação e orgulho do que com egoísmo ou obsessão. E ainda, de fa to, ser muito generosa enquanto prenúncio de algo. Uma boa carta em qualquer leitura que diga respeito à procu ra de trabalho ou apoio material de alguém. Fundamen tar as ideias na realidade sólida, falando sobre o que você sabe por experiência própria.

POLLACK, Rachel.Bíblia Clássica do Tarot, Darkside, 2023, Pág. 496-503.

Ouros

“Terra, energia feminina de segunda geração, yin.

Ouros é o naipe do mundo material. (…) envolve dinheiro, pois es se é de fato sua origem, como moedas, o que nos faz encontrar tanto generosidade quanto sofrimento em suas cartas. O naipe também envolve trabalho (…)

Ao mudar o símbolo de uma moeda para um pentáculo, a Golden Dawn introduziu um tema mais amplo, o da magia, da estrela de cinco pontas, o pentagrama. Não se trata aqui de feitiços mágicos que encontramos neste naipe, mas da magia da própria natureza, da maravilha da existência.

Paus/fogo nos trazem mais energia e inspiração renovada para a ação. Copas/água criam um fluxo emocional, mas se misturarmos muita emoção com ques tões práticas, podemos tornar tudo turvo. Espadas/ar permitem no vas ideias e percepção consciente do que estamos fazendo.

Ás de Ouros

Na versão Rider, vemos a mão e a nuvem acima de um jardim exuberante, um lugar de vida, mas também de segurança. Nossa palavra “paraíso” vem do persa “paradeiza”, que significa jardim tecnicamente um espaço fechado, porque os jardins eram protegidos do deserto externo. E, claro, o Éden era um jardim. Na imagem, vemos um portal em forma de coroa de flores ao redor do dançarino do mundo.

LEITURAS – Prosperidade, às vezes um novo emprego ou uma entrada de dinheiro.

Dois de Ouros

A imagem da versão Rider habilmente desloca os laços para o lado para exibir o sinal de infinito que vemos acima das cabeças do Mago e da Força. O tema do “equilíbrio” nesta carta torna-se literal se tomarmos o personagem ilustrado nela um malabarista. Ele parece estar dançando, enquanto atrás dele, ondas rolam em um movimento alegre, dando a toda a carta um caráter alegre e divertido. (…) uma atividade multitarefa ou como a pessoa que não consegue escolher suas prioridades.

LEITURAS – Malabarismo com diferentes atividades, diversão no trabalho. Ou encontrar a sabedoria na vida diária e na natureza. Ter um diálogo com outras pessoas ou consigo mesmo sobre dinheiro.

Três de ouros

Uma figura que aparenta ser um escultor trabalha em uma igreja, sendo questionada tanto pelo arquiteto segurando as plantas da construção quanto por um monge. Assim, o conhecimento prático e a consciência espiritual ajudam a produzir um trabalho do mais alto nível.

LEITURAS-Trabalho em seu mais alto grau, satisfação profissional e pessoal, pessoas trabalhando juntas. Natureza, amor pela vida.

Quatro de Ouros

O fato de o homem da carta usar uma coroa lembra a algumas pessoas da figura de Midas, o rei que amava tanto o ouro que desejava que tudo o que tocasse se transformasse nesse metal precioso. Ele conseguiu seu desejo e ficou emocionado, pelo menos até tentar se alimentar ou então acariciar sua filha. (…) Como O Imperador, o rei da versão Rider quer controlar seu ambiente neste caso, com dinheiro ou posses.

LEITURAS – Avareza ou uso de posses para estruturar sua vida ou se proteger emocionalmente.

Cinco de Ouros

Gevurah é o lugar mais severo e duro na árvore e, portanto, o número cinco devem mostrar algum tipo de luta, conflito ou dificuldade. Para Ouros, isso significa sofrimento físico, e vemos pessoas pobres e feridas caminhando pela neve na imagem da carta. Eles passam por uma igreja, que deveria oferecer santuário, mas a imagem não mostra porta alguma, apenas uma janela. (…) Alguns a veem como uma carta de relacionamento fortalecido por dificuldades compartilhadas.

Se o virmos simplesmente como tempo, provavelmente ela indicaria algum tipo de mudança nas circunstâncias físicas ou econômicas.

A ideia pitagórica do número cinco como semidivindade, a meio caminho de dez, indica a capacidade de ver o significado em nossas vidas materiais, tendo a clara sensação de que há uma razão para tudo que vivemos (…)

LEITURAS – Para a versão Rider, problemas fisicos, sejam eles financeiros ou de saúde. Também pode indicar pessoas ajudando umas às outras, especialmente se a sociedade falha com elas. (…) Encontrar maior significado nas lutas diárias da vida.

Seis de Ouros

Harmonia no mundo físico. (…) generosidade (…) Fazer caridade é a própria essência da generosidade e, no entanto, o que poderia ser mais desigual do que pessoas de joelhos, implorando? (…) Edith Katz (…) apontou para os pratos da balança do homem rico para sugerir que se trataria de fato da Justiça dando às pessoas o que elas precisam, e não o que elas querem.

LEITURAS – Parceria, no trabalho e outras áreas práticas. Harmonia, no local de trabalho, e boa saúde. Caridade, mas pensando uma pessoa pode dar no Justiça agindo na vida das pessoas. Espiritualidade na vida diária.

Sete de ouros

Pessoas familiarizadas com a versão Rider muitas vezes discutem se o homem descansando em sua enxada parece satisfeito ou insatisfeito.(…) contemplação da ação.

(…) dinâmico e críativo.

A sefirá cabalística, Netzach, significa vitória, e neste naipe isso implicaria sucesso, talvez a conclusão positiva de um projeto.

LEITURAS – Satisfação com o trabalho. O inicio bem- sucedido e empolgante de um novo e significativo projeto. Contemplação do trabalho feito ou de uma ação que precisa ser feita.

Oito de Ouros

(…) a qualidade estável do número oito a maneira como ele gira em torno de si mesmo como se sua principal meta fosse conservar sua própria energia

(…) pitagóricos, os números pares devem ser vistos em relação ao número ímpar que os precede. Depois do sete dinámico e inovador, o oito solidifica avanços, dá estabilidade. Ela, entretanto, é de um nível de consciência mais elevado do que o que vimos no número quatro.

(…) indicar trabalho repetitivo mas não chato ou frustrante, pois há algo satisfatório nos ciclos do oito no mundo de Assiyah, que basicamente significa ação.

Antes, ela me parece um aprendiz, aprendendo sua arte ao fazer um pentáculo após o outro. A sefírá aqui é Hod, o reino de Mercúrio e, portanto, da mente, mas como o elemento aqui é terra, a mente se dedica a produzir um trabalho de alta qualidade no plano material ou fÍsico

LEITURAS – Estabilidade, satisfação, trabalho continuando de forma constante, Ciclos.

Nove de Ouros

(…) sonhos que se tornam realidade através da dedicação, do trabalho e da disciplina da mulher da carta.

(…) um jardim feito pela própria figura da carta. (…) vida prazerosa e boa, que nós mesmos construímos e que apreciamos.

O falcão no braço da figura da carta está encapuzado, como sob controle. Vejo isso como disciplina, autocontrole e treinamento, ações que nos permitem desenvolver o nosso potencial.

Trata-se de uma figura que não se arrepende da vida que construiu, mas que sabe o que sacrificou.

A enéade pitagórica refere-se ao fim de um processo, mas também à ideia de uma maternidade espi- ritual.

LEITURAS – Autodisciplina, realização, a possibilidade de criar uma vida boa para si mesmo. Pode ser também a conclusão de um projeto específico.

Dez de Ouros

A versão Rider da imagem realmente contém a Árvore da Vida no arranjo dos Pentáculos de Ouro. (…) observe como as pessoas não interagem com ela de nenhuma forma. Na maioria das cartas, as pessoas tocam, seguram ou pelo menos olham para os objetos do naipe(…) Aqui, os ele mentos do naipe (…) existir à parte das figuras humanas.

Os pitagóricos veem o dez como a realização mais devada. O que realiza a terra? Riqueza e conforto, certamente, mas também a capacidade de ver o mundo físico em em todo o seu esplendor, frição imperfeita.

LEITURAS – Riqueza, conforto, segurança, mas também o gozo dessas coisas, com a percepção da beleza da vida.”

POLLACK, Rachel.Bíblia Clássica do Tarot, Darkside, 2023, Pág. 417-437.

Termino da Explicação

“Quando tudo repousava num profundo silêncio, e a noite estava no meio do seu curso, a tua palavra toda poderosa, baixando lá do Céu, dos teus reais assentos, de improviso saltou no meio da terra” (Sab 18, 14-15).”

CRUZ, São João da. A noite escura da Alma. Editora Família Católica, 2018, versão Kindle, Posição: 2654.

Salvar a Terra

*”Salvar a Terra significa: deixá-la no possível, no círculo maduro do seu possível. A ética da inatividade de Heidegger consiste em fazer uso do possível, em vez de impor o impossível.”

*HEIDEGGER, M. Vorträge und Aufsätze. Pfullingen, 1954, p. 94.

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 549.

Uma marginália a Zhuang Zhou

Estado de Bem-aventurança Meditativa

O celestial estado de bem-aventurança meditativa experimentado nesta vida é um antegozo da alegria sempre-nova sentida pela alma imortalizada no estado após a morte. A alma leva consigo essa alegria às sublimes regiões astrais de A bem-aventurança e beleza celestial, onde as flores vitatrônicas fazem beleza celestiais do desabrochar suas pétalas iridescentes no jardim do éter e onde o clima, a atmosfera, o alimento e os habitantes são feitos de diferentes vibrações de luz multicolorida – um reino de manifestações refinadas que estão, mais do que as rudes imperfeições da Terra, em harmonia com a essência da alma.

Pessoas virtuosas que resistem às tentações na Terra mas não reino astral se libertam totalmente da ilusão – são recompensadas após a morte com um descanso revigorante nesse reino astral, entre os numerosos semianjos e almas semirredimidas que levam uma vida muito superior àquela na Terra. Lá, elas desfrutam dos resultados de seu bom karma astral por um período carmicamente predeterminado; passado esse tempo, seu karma terreno remanescente as atrai de volta à reencar nação em um corpo físico. Seu “grande galardão” no céu astral as capacita a manifestar à vontade condições desejáveis, lidando inteiramente com vibrações e energia, e não com as propriedades fixas das substâncias sólidas, líquidas e gasosas encontradas durante sua jor nada terrena. No céu astral, todos os móveis, propriedades, condições climáticas e de transporte estão sujeitos ao poder de vontade dos seres astrais, que são capazes de materializar, manipular e desmaterializar a substância vitatrônica desse mundo mais sutil de acordo com sua preferência.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 495-496.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Nascer da Água

Água”, aqui, significa protoplasma; o corpo humano, em sua maior parte, é constituído de água e inicia sua existência terrena no fluido amniótico no ventre da mãe. Embora a alma tenha de passar pelo processo natural de nascimento que Deus estabeleceu atra vés de Suas leis biológicas, o nascimento físico não é suficiente para que o ser humano se torne apto para ver ou entrar no reino de Deus.

A consciência comum está presa ao corpo, e através dos dois olhos físicos o homem é capaz de observar apenas o diminuto teatro da Terra e o céu estrelado que a circunda. Pelas pequenas janelas exteriores dos cinco sentidos, as almas restritas ao corpo nada percebem das maravilhas que estão além da matéria limitada.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 269-270.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Grupo de Discípulos

“Quando grandes mestres vêm à Terra, trazem consigo um grupo seleto de adiantados discípulos de vidas passadas para que os ajudem em sua missão e para que possam promover ou concluir o pre paro desses discípulos para a libertação.

(…)

(…) a receptividade de uma pessoa comum entre as multidões é limitada; ela pode satisfazer-se meramente com alguma ideia ou certos preceitos que integrem os ensinamentos do mestre, como sendo tudo o que ela deseja ou sente ser necessário para progredir adequadamente em seu determinado e tágio de evolução.

(…)

Gurus enviados por Deus sentem intuitivamente as vibrações espirituais de seus discípulos, estejam eles próximos ou distantes; e quando um guru mentalmente chama seus discípulos, eles vêm, atraídos pela sintonia espiritual com o mestre – o instrumento da graça divina designado por Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 203-204.

Capítulo 9: Jesus encontra seus primeiros discípulos.

Os Filhos de Deus São Imortais

Como almas, centelhas individualizadas do Espírito ilimitado, os filhos de Deus são imortais, livres de qualquer dependência material. Deus planejou as células das flores, das plantas, dos animais e dos seres humanos para que vivessem recarregadas pela Energia Cósmica – e não se alimentando cruelmente umas das outras. Somente quando a alma se identifica com o corpo humano profanado por Satã é que o homem sente a fome característica da dependência de suprimentos da natureza. A Força Ilusória Cósmica levou o homem consciente de seu corpo a acreditar que sem o sustento físico sua existência se extinguiria. Ao voltar-se para os produtos da terra para sua nutrição (alento e alimento), o homem permanece preso a ela e esquece sua verdadeira natureza, que vive exclusivamente da Energia Cósmica e da vontade de Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 178.

Capítulo 8: A Tentação de Jesus no deserto.

Tentações de Jesus

O Espírito Divino havia conduzido Jesus ao silêncio do deserto para que fosse testado, a fim de constatar se a sua Consciência Crística poderia ser preservada apesar da influência ilusória de todas as lembranças mortais.

Um super-homem, embora estabelecido num elevado estado de consciência por meio da meditação profunda, ficará sujeito às tentações da Ilusão Cósmica enquanto habitar o reino de maya.

(…)

Um Jesus que fosse um filho de Deus pré-fabricado e importado do céu, já perfeito e completo, não teria tentações a superar. As maquinações de Satã e a vitória de Jesus seriam, então, apenas um teatro divino. Como poderia tal realização tornar-se um ideal humano? Um ser espiritual manufaturado por Deus não teria o mérito de ser aquilo que deveríamos nos tornar por meio de nosso próprio esforço e, com isso, não serviria de exemplo para os seres humanos que ainda se debatem, crivados de tentações.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 175-176.

Capítulo 8: A Tentação de Jesus no deserto.

Sentado no Monte Mamilch

“Enquanto ele ainda estava sentado no Monte Mamilch e ensinando a seus discípulos, vimos uma nuvem que o obscureceu e a seus discípulos: E a nuvem o levou ao céu, e seus discípulos estavam deitados com seus rostos sobre a terra.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 580.