Recepção de Yasha-Avi

“Afinal, aceitei as experiências daquele tipo. De olhos mui pesadamente cerrados, porém, em estado superconsciente, senti-me a dar um mergulho interno e, súbito, encontrar-me em um ambiente muito diferente de qualquer outro que porventura conhecesse. E o que é mais: ser recebido com alegria carinho por um ser de aspecto humano à feição de um homem da terra, alto, tipo atlético, com vestimenta verde escuro brilhante, à forma de túnica justa ao corpo, apresentando uma cobertura de um prata acinzentado transparente, dando ao conjunto muito agradável aspecto. Calças discretas, marrom claro, um tanto justas, controladas em botas amareladas. Sua face branca, muito branca, como cera ou louça bem clara, olhos bem azuis, nariz grande e uma cobertura escura, lisa, ajustada à Tal o aspecto marcante do personagem que acabava de me receber, com notável afabilidade, identificando-se com o nome de Yasha-Avi.”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 69.

Mediador Entre o Plano Terrestre e o Plano Espiritual

“(…) O desenvolvimento mais amplo das faculdades medianímicas exige essa providência (laço de luz). Ouvindo e vendo, no quadro de vibrações que transcendem o campo sensório comum, Ambrosina não pode estar à mercê de todas as solicitações da esfera espiritual, sob pena de perder o seu equilíbrio. Quando o médium se evidencia no serviço do bem, pela boa-vontade, pelo estudo e pela compreensão das responsabilidades de que se encontra investido, recebe apoio mais imediato de amigo espiritual experiente e sábio, que passa a guiar-lhe a peregrinação na Terra, governando-lhe as forças. No caso presente, Gabriel é o perfeito controlador das energias de nossa amiga, que só estabelece contacto com o plano espiritual de conformidade com a supervisão dele. (…)”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 16.

Somos Todos Iguais

“– Sem qualquer dúvida – confirmou o orientador –; recursos psíquicos, nesse ou naquele grau de desenvolvimento, são peculiares a todos, tanto quanto o poder de locomoção ou a faculdade de respirar, constituindo forças que o Espírito encarnado ou desencarnado pode empregar no bem ou no mal de si mesmo. Ser médium não quer dizer que a alma esteja agraciada por privilégios ou conquistas feitas.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 135-143.

O Desafio da transformação interna

“– No entanto – comentei –, e se os nossos irmãos encarnados, visivelmente confiados à devassidão, resolvessem reconsiderar o próprio caminho?… se voltassem à regularidade, através da renovação mental com alicerces no bem?…

– Ah! isso seria ganhar tempo, recuperando a si mesmos e amparando com segurança os amigos desencarnados… Usando a alavanca da vontade, atingimos a realização de verdadeiros milagres… Entretanto, para isso, precisariam despender esforço heroico.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 135-143.

Mensageiros de Jesus

“Jesus espera pela formação de mensageiros humanos capazes de projetar no mundo as maravilhas do seu Reino.

Tudo o que existe dentro da Natureza é a ideia exteriorizada. O Universo é a projeção da Mente Divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da Mente Humana.

A palavra esclarece.

O exemplo arrebata.

Ajustemo-nos ao Evangelho Redentor.

Cristo é a meta de nossa renovação.”

 

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 115-123.

Mistérios Profundos

“A partir do vazio que se encontra além de todos os vazios, desenvolvem-se as emanações que, semelhantes a plantas e misteriosas,sustentam o mundo. (…) Uma tal série sugere a profundidade além da profundidade do mistério do ser (…) eles enumeram os estratos espirituais conhecidos pela mente introvertida na meditação. Representam o fato de a noite escura da alma não ter fim.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 267.

Muito Além do Que Se Vê

“(…) o verdadeiro ser não está nas formas, mas o sonhador.

Tal como no sonho, as imagens variam do sublime ao ridículo. Não é permitida a mente a permanência de suas avaliações normais; a mente é insultada de modo contínuo e afastada da segurança que ele permite dizer que agora, finalmente, entendeu. A mitologia é derrotada quando a mente se mantém apegada, de forma solene, às suas imagens favoritas ou tradicionais, defendendo-as como se fossem elas mesmas a mensagem que comunicam. Essas imagens devem ser consideradas como meras sombras emanadas do plano que se acha além do penetrável, no domínio que os olhos, a fala, a mente ou mesmo a piedade não alcançam. Tal como ocorre no sonho, as trivialidades do mito são intensamente significativas.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 264.

Homem Cósmico

“O discípulo foi abençoado pela visão que transcende o alcance do destino humano normal, equivalente a um vislumbre da natureza essencial do cosmos. Não seu destino pessoal, mas o da humanidade, da vida como um todo, do átomo e de todos os sistemas solares, foi posto diante dos seus olhos; e em termos passíveis de apreensão humana, isto é, em termos de uma visão antropomórfica: o Homem Cósmico.

(…) De modo correspondente, o Homem Cósmico manifestou-se, na Palestina, como judeu; na Alemanha antiga, como alemão, entre os Basutos, como negro no Japão, como japonês. A raça e a estatura da imagem que simboliza Universal imanente transcendente tem alcance histórico, e não semântico; o mesmo ocorre com o sexo: a Mulher Cósmica, que aparece na iconografia dos jainistas, É um símbolo tão eloquente quanto Homem Cósmico.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 229-230.

Amor Entre Almas e a Contemplação de Sua Transcendência

“O encontro a separação, apesar de todo o exagero que aqui os envolve, são típicos dos sofrimentos do amor. Pois quando um coração insiste em seguir o seu destino, resistindo as recomendações generalizadas para que se abrande, a agonia é grande, assim como o é o perigo. Todavia, terão sido postas em movimento forças que estão além da capacidade de reconhecimento dos sentidos. Sequências de eventos dos quatro cantos do mundo gradualmente se reúnem, e milagres de coincidência levam a cabo o inevitável. O anel talismânico resultante do encontro da alma com a sua metade, no local da reunião, representa o fato de o coração estar consciente daquilo que escapou a Rip Van Winkle; representa, igualmente, uma convicção da mente vígil de que a realidade do profundo não é desmentida pelo cotidiano. Trata-se de um indício da necessidade do herói de reunir seus dois mundos.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 224-225.

AUM

“A sílaba simbólica AUM, que é o equivalente verbal dos quatro estados de consciência e do seus campos de experiência. (A: Consciência vígil; U: Consciência onírica; M: Sono sem sonhos. O silêncio em torno da sílaba sagrada é Imanifesto Transcendente. (…) Assim sendo, o Deus se encontra tanto dentro como fora do adorador. (…) Dessa maneira, todos os aspectos da vida tornam-se suportes da meditação. Vive-se em meio a um sermão silencioso o tempo inteiro.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 184.