Toda a beleza humana

“(…) admirava a beleza da natureza envolvente, mas não conseguia alegrar-se por causa dela, pois preocupava-o a ideia de que todo este esplendor estava condenado a perecer, de que já no inverno vindouro teria desaparecido, como toda a beleza humana e todos os produtos belos e nobres que o homem criou ou poderia criar.

(…) neguei ao poeta pessimista que o caráter perecível do belo implicasse a sua desvalorização.

É antes um incremento do seu valor! A qualidade de perecível comporta um valor de rareza no tempo. As limitadas possibilida- des de dele fruir tornam-no tanto mais precioso.”

FREUD, Sigmund. Porquê a Guerra? – Reflexões sobre o destino do mundo, Ed. Edições 70, 2019, pág.54.

Caducidade (1915)

 

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