“Em Sobre a religião, Schleiermacher eleva a intuição contemplativa à essência da religião e a contrapõe à ação: “Sua essência não é nem pensar nem agir, mas intuição e sentimento. Ela quer intuir o universo, […] ela quer escutá-lo devotamente, ela quer apreendê-lo em sua passividade infantil e ser plenificada por suas influências imediatas”.
Segundo Schleiermacher, a religião suspende “toda atividade em uma intuição admirada do infinito”. Quem age tem um objetivo diante dos olhos e perde o todo de vista. E o pensar dirige sua atenção a apenas um objeto. Somente a intuição e o sentimento têm acesso ao universo, a saber, ao ente em sua totalidade.”
HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 1565-1569.
A sociedade que vem