“O cansaço que inspira é um cansaço da potência negativa, a saber, do não-para.
(…)
Também o Sabah, que originalmente significa parar, é um dia do não-para, um dia que está livre de todo para-isso, para falar com Heidegger, de toda e qualquer cura. Trata-se de um tempo intermédio.
(…)
Depois de terminar sua criação, Deus chamou ao sétimo dia de sagrado. Sagrado, portanto, não é o dia do para-isso, mas o dia do não-para, um dia no qual seria possível o uso do inútil. É o dia do cansaço. O tempo intermediário é um tempo sem trabalho, um tempo lúdico. (…)”
HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 623-625.
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