“Dona Anésia reajustou a copa e a cozinha, operando em silêncio, enquanto o marido se esparramava numa poltrona, devorando os jornais vespertinos. Reparando, todavia, que o esposo se levantara para sair, endereçou-lhe olhar inquieto e indagou, delicadamente:
– Poderemos, acaso, esperar hoje por você?
– Hoje? hoje?… – redarguiu o interlocutor, sem fixá-la.
E o diálogo prosseguiu, animadamente.
– Sim, um pouco mais tarde; faremos nossas preces em conjunto…
– Preces? para que isso?
Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 19.