Pentecostes

“As pessoas reunidas em Pentecostes, ao receberem o Espírito: eu as imagino cansadas, largadas nos bancos. A inspiração do cansaço diz menos sobre o que é para se fazer e mais sobre o que é para se deixar de fazer

(…)

É preciso, aí, comportar-se de modo inteiramente silencioso. […] Também é preciso se alienar da razoabilidade com que se cuida de negócios. É preciso privar seu espírito de todos os instrumentos e impedir, nisso, de servir como um instrumento. […] É preciso manter-se consigo mesmo, até que cabeça, coração e membros estejam em puro silêncio. Caso se alcance assim, porém, a suprema ausência de si, então, por fim, o fora e o dentro se tocam, como se explodisse um calço que dividiu o mundo…!*”

*MUSIL, R. Der Mann ohne Eigenschaften. Ed. Adolf Frisé. Reinbek, 1978, p. 1.234.

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 357-365.

Considerações sobre a inatividade

Publicado por

Juliano Pozati

Strengths coach, Escritor, Espiritualista e empreendedor. Membro do Conselho do The Institute for Exoconsciousness (EUA). Meio hippie, meio bruxo, meio doido. Pai do Lorenzo e fundador do Círculo. Bacharel em Marketing, expert em estratégia militar, licenciando em filosofia. Empreendedor inquieto pela própria natureza. Seu fluxo é a realização!

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