“O conformismo à norma da fé limitava todos os cristãos a uma ideologia inferior: “Eles dizem: “[Mesmo que] um [anjo] venha do céu e pregue a você além daquilo que nós pregamos, deixe-o ser excomungado!” A fé nos sacramentos demonstra um pensamento ingênuo e irracional: os cristãos católicos praticam o batismo como um rito de iniciação que lhes garante “uma esperança de salvação”,” por lhes acreditarem que só aqueles que recebem o batismo são “guiados para a vida”.
Contra essas “mentiras” o gnóstico declara que “isto, portanto, é o verdadeiro testemunho: quando um homem conhece a si mesmo e Deus está acima da verdade, ele se salvará”.” Apenas aqueles que reconhecem sua ignorância e aprendem a libertar-se pela descoberta de quem são vivenciam a iluminação como uma nova vida, como “a ressurreição. Os rituais físicos como o batismo são irrelevantes, pois “o batismo da verdade é algo diverso; é pela renúncia [ao] mundo que o encontramos”.
PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 126.
Capítulo: 5- Qual é a “Verdadeira Igreja”?