“(…) Sabe-se que ele, um homem rico, possuía um grande túmulo esculpido numa rocha e que este túmulo, “onde nenhum corpo humano ainda fora depositado”, estava localizado num jardim, também pertencente a José, “próximo do local da Crucificação. Não se pode, porém, ignorar o simbolismo aqui contido. O túmulo – onde ninguém ainda fora depositado numa grande rocha, num jardim, era mais que um túmulo comum. Há muitos séculos, as escolas de mistérios vêm usando esses túmulos onde os corpos dos seus grandes líderes são depositados apenas para serem ressuscitados. O túmulo onde Jesus foi depositado por José era parcialmente reservado à escola secreta. (…) José e seu amigo Nicodemos “envolveram o corpo de Jesus num pano de linho [sabendo] que Jesus se ergueria do túmulo”.
De passagem, talvez seja interessante notar que este mesmo José de Arimatéia foi mandado para a Grã-Bretanha pelo Apóstolo S. Filipe, por volta do ano 63, e instalou-se em Glastonbury, como consta dos registros históricos tradicionais, com alguns outros discípulos da escola secreta. Ali, ele deu curso à missão especial de que o incumbiu Jesus, missão que representava o lançamento das bases dos ensinamentos e práticas das doutrinas secretas.”
LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 149-150.