Demonização dos Judeus

“E José de Arimatéia e Nicodemos declararam o que viram e ouviram para Pilatos que pessoalmente, segundo o autor, escreveu todas as coisas que foram feitas e ditas a respeito de Jesus pelos judeus e guardou os escritos em livros públicos em seu pretório. Novamente demonização dos judeus e casamento entre império romano e a igreja do início da Idade Média.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 1146.

Transfiguração dos Papéis

“E quando terminaram de escrever todas as coisas, nos vários volumes de papel que foram surgindo; Karinus deu o que havia escrito nas mãos de Anás, Caifás e Gamaliel; Da mesma forma, Leucius deu o que havia escrito nas mãos de Nicodemos e José. E de repente eles foram transfigurados e tornaram-se extremamente brancos e não foram mais vistos.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 854.

José; Abra os Teus Olhos e Vê Quem é Que Fala Contigo

“E José disse: No dia da preparação, por volta da décima hora, você me prendeu, e eu continuei ali o sábado inteiro. E à meia-noite, enquanto eu me levantava e orava, a casa em que você me prendeu foi levada pelosquatro cantos, e eu vi como um lampejo de luz nos meus olhos, e, cheio de medo, caí por terra. E alguém me pegou pela mão e me tirou do lugar em que eu havia caído; e a umidade da água foi derramada sobre mim da cabeça aos pés, e um cheiro de ungüento surgiu em minhas narinas. E ele enxugou meu rosto, me beijou e me
disse: Não temas, José; abra os teus olhos e vê quem é que fala contigo. E olhei para cima e vi Jesus e eu tremia, e supus que fosse um espírito; e eu disse os mandamentos: e ele os disse comigo. E como não ignorais que um
espírito, se encontra alguém e ouve os mandamentos, imediatamente foge. E quando percebi que ele os havia recitado comigo, perguntei-lhe: Rabi Elias? E ele me disse: eu não sou Elias. E eu lhe disse: Quem és, Senhor? E ele me disse: Eusou Jesus, cujo corpo você pediu a Pilatos, e me vestiu com roupas limpas e cobriu meu rosto com um guardanapo. Deitou-me em sua nova caverna e rolou uma grande pedra sobre a porta da caverna. E eu disse a ele que falava comigo: Mostra-me o lugar onde eu te deitei. E ele me trouxe e me mostrou o lugar onde
eu o deitei, e o pano de linho estava nele, e o guardanapo que estava em seu rosto. E eu sabia que era Jesus. E ele me pegou pela mão e me pôs no meio da minha casa, fechando as portas, e me deitou na minha cama e me disse:
Paz seja contigo. E ele me beijou e me disse: Até quarenta dias terem se passado não saias de tua casa; pois eis que vou a meus irmãos na Galiléia.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 531.

José de Arimatéia e o Sepulcro de Jesus

“Mas um certo homem chamado José, sendo conselheiro, da cidade de Arimatéia, que também procurou o reino de Deus, esse homem foi a Pilatos e implorou pelo corpo de Jesus. E ele o pegou, embrulhou-o em um pano de linho limpo e colocou-o em um sepulcro talhado, onde nunca havia sido posto homem.”

(…)

“Mas todos eles se esconderam, e só Nicodemos foi visto, pois ele era um governante dos judeus.”

(…)

“Da mesma forma, José também apareceu e disse-lhes: Por que é que vocês estão irritados comigo, porque eu implorei o corpo de Jesus? Eis que e o coloquei na minha nova tumba, enrolando-a em linho limpo, e rolei uma pedra sobre a porta da caverna. E não lideis bem com o justo, pois não se arrependeu quando o crucificaram, mas também o perfuraram com uma lança.”

(…)

“Mas os judeus se apoderaram de José e ordenaram que ele fosse posto em salvaguarda até o primeiro dia da semana; e disseram-lhe: Sabe que o tempo não nos permite fazer nada contra ti, porque o sábado amanhece; para que não obtenhas enterro, mas daremos a tua carne às aves do céu.”

(…)

“(…) agarraram José e o tomaram e o trancaram em uma casa onde não havia janela, e guardas foram postos à porta; e selaram a porta do lugar onde José foi encerrado.”

(….)

“E toda a multidão levantou-se cedo e tomou conselho na sinagoga para decidirem com que morte eles deveriam matá-lo. E, quando o conselho foi estabelecido, ordenaram que ele fosse trazido com grande desonra. E quando
eles abriram a porta, não o encontraram. E todo o povo ficou fora de si e maravilhado, porque encontraram os cadeados fechados, e Caifás tinha a chave.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 395-419.

Ressureição de Jesus

“Quando surgiu entre os apóstolos e Tomé quis tomar-lhe as mãos, isso foi possível devido justamente à faculdade ectoplásmica dos presentes, que lhe permitiu a materialização em corpo inteiro e o êxito da “voz direta”, sob os fulgores da luz sideral.

(…)

Pedro ficara bastante preocupado, depois que ouvira rumores de vândalos e criaturas embriagadas, a soldo do Sinédrio, que se propunham profanar o túmulo de Jesus e arrastar-lhe o corpo pelas ruas. Era intenção dos sacerdotes extinguir qualquer impressão favorável à doutrina e á pessoa de Jesus, evitando quaisquer demonstrações dramáticas que dessem vida e alento à tragédia da cruz. (…) Deste modo, Pedro resolveu pro curar José de Arimatéia e expor-lhe as suas desconfianças; e como o seu amigo também alimentava as mesmas preocupações, transferir o corpo de Jesus para outro local, desconhecido de todos.

Então, após verificarem que a cidade dormia, ambos dirigiram-se ao sepulcro e, munidos de roletes de lenho e alavancas, fizeram deslizar a pedra de entrada mediante esses gonzos improvisados. Em seguida, mudaram as vestes ensanguentadas de Jesus por novos lençóis limpos e incensados. Depois, no silêncio da noite, desceram a encosta do Calvário e sepultaram o corpo num túmulo desconhecido, abandonado no meio do capinzal e de ruínas esquecidas.

(…)

No entanto, Pedro e José de Arimatéia captaram as orientações do Alto e num empreendimento elogiável guardaram absoluto segredo até de Maria de Magdala e da mãe do Amado Mestre, apagando todos os vestígios da mudança.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 256-257.

 

Preparo de Seu Sepultamento

“Ora Jesus, crucificado como um escravo, foi condenado por Pilatos sob a acusação de ter conspirado contra o Estado romano. E, no entanto, escapou à vala comum. Seu corpo foi reclamado por um homem-influente, José de Arimateia, um discípulo secreto, que o envolveu num lençol novo, limpo, e o enterrou num túmulo que tinha comprado para si, próximo do lugar da crucifixão. Estes são os dados precisos que nos chegaram através do Evangelho de São João.

(…)

Mas há ainda um outro aspecto que parece quadrar com o que nos dizem os Evangelhos: a abundância de vestígios de sangue, a indicar claramente que o corpo não foi lavado antes de ser amortalhado, ao contrário do que era costume entre os judeus. (At 9,37).

O corpo de Jesus recebeu sinais claros de respeito e distinção, como ser envolvido num lençol de linho e colocado num sepulcro novo, não em vala comum. No entanto, omitiram algo elementar entre os judeus: lavar o corpo antes de sepultá-lo.

Vê-se assim a causa da omissão. Estava prestes a começar o grande Sábado pascal em que, como aliás em qualquer sábado, que é o dia santo dos judeus, se proibiam rigorosamente os trabalhos manuais. Por isso era preciso enterrar Jesus antes do pôr do sol da sexta-feira, e por isso não puderam lavar o corpo do Senhor, não havia tempo.

Isto explica também que, no primeiro dia útil, isto é, o domingo, as santas mulheres tivessem ido ao sepulcro, levando os aromas que haviam preparado, a fim completar o trabalho deixado a meio na sexta-feira santa.”

ESPINOSA, Jaime. O Santo Sudário. São Paulo: Quadrante, 2017, pág. 50.

Sudário de Turim

“Em sentido estrito, a palavra sudário designa um pequeno pano, do tamanho de um guardanapo, usado para enxugar o suor – daí o termo «Sudário» » e que servia também para manter fechada a boca de um cadáver, passando-o pelo alto da cabeça e atando as extremidades debaixo do queixo.

Por extensão, passou-se a designar com o mesmo nome uma grande peça de tecido usada em alguns lugares e épocas para envolver o defunto prestes a ser enterrado. No tempo de Jesus, tanto os romanos como os judeus com frequência os seus mortos envolvendo-os pela frente e por trás nesse lençol fúnebre, antes de os depositar em câmaras mortuárias. Mais exatamente, o Sudário de Turim deveria, pois, ser conhecido como o Lençol de Turim.”

(…)

“Com efeito, os textos evangélicos relatam que Jesus, depois de ter sido flagelado, coroado de espinhos e crucificado, foi envolvido, após a morte, num lençol limpo e depositado num túmulo novo que José de Arimateia havia manda do cavar para si numa rocha (Mt 27, 57-60).”

ESPINOSA, Jaime. O Santo Sudário. São Paulo: Quadrante, 2017, pág. 06-07.

Pano de Linho

“(…) Sabe-se que ele, um homem rico, possuía um grande túmulo esculpido numa rocha e que este túmulo, “onde nenhum corpo humano ainda fora depositado”, estava localizado num jardim, também pertencente a José, “próximo do local da Crucificação. Não se pode, porém, ignorar o simbolismo aqui contido. O túmulo – onde ninguém ainda fora depositado numa grande rocha, num jardim, era mais que um túmulo comum. Há muitos séculos, as escolas de mistérios vêm usando esses túmulos onde os corpos dos seus grandes líderes são depositados apenas para serem ressuscitados. O túmulo onde Jesus foi depositado por José era parcialmente reservado à escola secreta. (…) José e seu amigo Nicodemos “envolveram o corpo de Jesus num pano de linho [sabendo] que Jesus se ergueria do túmulo”.

De passagem, talvez seja interessante notar que este mesmo José de Arimatéia foi mandado para a Grã-Bretanha pelo Apóstolo S. Filipe, por volta do ano 63, e instalou-se em Glastonbury, como consta dos registros históricos tradicionais, com alguns outros discípulos da escola secreta. Ali, ele deu curso à missão especial de que o incumbiu Jesus, missão que representava o lançamento das bases dos ensinamentos e práticas das doutrinas secretas.

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 149-150.

Jesus Não Estava Morto?

“A tempestade começou, retardando a remoção do corpo de Jesus por algumas horas, mas Ele recebeu alimento e bebida, e foram colocados suportes sob Seu corpo para evitar que os cravos que O torturavam rasgassem ainda mais a Sua carne. Os poucos fiéis notaram com grande ansiedade que uma sombria quietude e entorpecimento se mostravam no corpo de Jesus e que aos poucos Ele ia perdendo a consciência. Assim que foi possível, quando a tempestade amainou, foram trazidas tochas e o corpo foi examinado, revelando que Jesus não estava morto. O sangue que fluía das feridas era prova de que o corpo ainda tinha vida; a cruz foi imediatamente baixada e o corpo removido. O corpo foi levado para um jazigo de propriedade de José de Arimatéia, supostamente construído para uso de sua família. Como era um homem rico, o jazigo era elaborado e muito bem feito. O corpo foi colocado em um local especial do túmulo, previamente arrumado para este fim, e então terapeutas ligados à Fraternidade Essênia prestaram toda assistência possível no tratamento das feridas de Jesus.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 242.