O Absoluto Não-Manifestado

Espirito significa o Absoluto não-manifestado. Na treva sem treva e na luz sem luz da eterna infinitude – sem nem mesmo a mínima ondulação de pensamento ou atividade vibratória para manifestar a criação; onde as próprias categorias de espaço, tempo e dimensão são inexistentes – lá habita a Bem-aventurança sempre-existente, sempre-consciente e sempre-nova, que é o Espírito.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 339.

Capítulo 18: Adorar a Deus “Em Espíto e em verdade”. A Mulher de Samaria, Parte II.

Esta é A Luz do Pai, o Filho de Deus

“Agora, quando fomos colocados juntos com todos os nossos pais nas profundezas, na obscuridade da escuridão, de repente veio um calor dourado do sol e uma luz roxa e real brilhando sobre nós. E imediatamente o pai de
toda a raça dos homens, juntamente com todos os patriarcas e profetas, se alegraram, dizendo: Esta luz é o autor da luz eterna que prometeu enviar-nos sua luz co-eterna. E Isaías clamou e disse: Esta é a luz do Pai, o Filho de
Deus, como profetizei quando vivi na terra. A terra de Zabulom e a terra de Neftalim além do Jordão, da Galiléia dos gentios, o povo que andava nas trevas viu uma grande luz, e os que habitam na terra da sombra da morte,
sobre eles brilhou a luz. E agora veio e brilhou sobre nós que sentamos na morte.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 651.

Trindade Cósmica

Quando se é batizado pela imersão na luz do Espírito, o olho espiritual microcósmico no corpo pode ser percebido em sua relação com a luz do Espírito que desce como Trindade Cósmica.

No batismo de Jesus, isso é descrito metaforicamente como “o Espírito de Deus descendo como uma pomba vindo sobre ele”. A pomba simboliza o olho espiritual, e os devotos que meditam profundamente o percebem no centro da Consciência Crística, na testa, entre os dois olhos físicos. Esse olho de luz e consciência surge como um halo dourado (a Vibração do Espírito Santo) undando uma esfera azul opalino (Consciência Crística), no centro da qual está uma estrela com cinco pontas, de radiante luz branca (o portal para a Consciência Cósmica do Espírito).

Nota: Os sete centros são saídas divinamente planejadas ou “alçapões” através dos quais a alma desceu ao corpo e por onde precisa reascender processo da meditação. Em sete etapas sucessivas, a alma escapa para a Consciência Cósmica. Os tratados de Yoga geralmente consideram chakras (“rodas”, porque a energia concentrada em cada um deles assemelha-se a um cubo de roda, de onde partem raios de luz e energia vital) os seis centros inferiores, referindo-se no sahasrara separadamente, como um sétimo centro. Todos os sete centros, porém, costumam ser comparados a flores de lótus, cujas pétalas se abrem ou se voltam para cima durante o despertar espiritual, quando a vida e a consciência ascendem pela coluna vertebral.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 121.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

Caminhando Sobre as Águas

“Ainda no campo da fenomenologia física ou metapsíquica objetiva, identificamo-lo em plena levitação, caminhando sobre as águas, e em prodigiosa ocorrência de materialização ou ectoplasmia, quando se põe a conversar, diante dos aprendizes, com dois varões desencarnados que, positivamente, apareceram glorificados, a lhe falarem de acontecimentos próximos.

(…)

Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a matéria, dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os à vontade, com a colaboração dos servidores espirituais que lhe assessoram o ministério de luz.”

Xavier, Francisco Cândido/ André Luiz. Mecanismos da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, Capítulo 26.

Filhos da Luz

“Ele estava dizendo que todos os devotos que “cressem na luz” – a luz crística nele presente – estariam em sintonia com ele e consequentemente com Deus, e chegariam a reconhecer-se como “filhos da luz“: reflexos individualizados do Esplendor Divino, em essência semelhantes a seu Pai, Deus.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 201.

Capítulo 66: “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado”.

Liberdade de Pensar

“Realmente, o sacerdócio organizado tem feito do Homem Luz um personagem irreal, cuja figura vem sendo continuamente retocada em concílio sacerdotal, misturando-lhe a realidade com a fantasia e a lógica com a aberração. Mas aproxima-se, entretanto, o momento de reajuste há tempo desejado e, em breve, tereis conhecimento da força original da obra de Jesus, que, embora fosse um anjo descido do Alto, viveu sua existência coerente com a lei do vosso mundo.

(…)

O pensamento dinâmico e evolutivo dos protestantes estagnou, então, voltando apressado, através da Bíblia, para outros dogmas infantis. A Bíblia – embora a reconheçamos como livro contendo revelações úteis – não pode substituir a liberdade de pensar.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 242.

 

Predestinação de Maria

“Maria não guardava no imo de sua alma as revelações de ter sido predestinada para dar à luz o Salvador dos homens? (…)

O Alto já havia suspendido a frequência das visões mediúnicas de Maria e dos seus familiares, a fim de evitar neles qualquer superexcitação transcendental e inoportuna, que os viesse perturbar em sua vida cotidiana e até dificultar a vida do próprio menino Jesus.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 140.

Entre os Meninos Nazarenos e a Necessidade de Proteção

“Era o anjo ameaçado pelos seus adversários sombrios, que não podiam afetar-lhe. a divina contextura espiritual, mas tentavam ferir-lhe o corpo transitório, precioso instrumento do seu trabalho messiânico na Terra. Esses espíritos diabólicos, que a própria Bíblia os sintetizou tão bem na “tentação de Satanás recorriam às próprias cargas de inveja e de ciúmes que se formavam em torno de Jesus, por força do despeito dos próprios conterrâneos, Assim protemanipulavam o material hostil produzido pelas mentes insatisfeitas diante da gloriosa figura daquele ser, com a intenção de turbar-lhe o sentidos nervosos e o comando cerebral.

Então, a sua respiração tornava-se aflitiva e o seu coração se afogueava; o sistema hepatorrenal apressava-se a eliminar qualquer tóxico que se materializasse decorrente de condensação de fluidos ferinos. O menino Jesus, num impulso instintivo, corria, célere, para longe da bulício dos seus companheiros e se deitava, exausto, sobre a relva macia, ou à beira do regato, debaixo das figueiras, ou ainda entre os arbustos umedecidos, como se o orvalho e o perfume das florinhas silvestres pudessem lhe refrigerar a mente incandescida.

Mas em tais momentos ele era alvo dos cuidados atenções do anjo Gabriel e de suas falanges, que então o aconselhavam a buscar o refúgio no seio da Natureza amiga durante suas crises emotivas ou opressões astralinas. Ali, esses sublimes amigos podiam manipular extratos vitalizantes e fluidos protetores apanhados dos duplos etéricos do regato, das flores e dos arvoredos benfeitores que se transformavam em energias terapêuticas, imunizando-o contra os dardos ofensivos dos espíritos trevosos.

(…)

De acordo com as vossas próprias mensagens, em que o espírito sublime só atrai bons fluídos, como se explica a necessidade de tantos cuidados e proteções do menino Jesus, quando ele era um anjo exilado na Terra?

RAMATIS: Dissestes muito bem: “Jesus era um anjo exilado na Terra”, isto é, um anjo fora dos seus domínios e submerso num escafandro de carne, que o reduzia em seu potencial angélico.

(…) ninguém se basta por si mesmo, nem o próprio Jesus, pois se a Vida é fruto da troca incessante do choque de energias criadoras atuando em seu plano correspondente, quando hostis elas forem a qual quer espírito mergulhado na carne. A si mesmo só se basta Deus, que é o Pai, Senhor da Vida!

(…)

Quando a Pedagogia Sideral adverte que o espírito sublime só atrai bons fluidos, e a alma delinquente é a culpada pela carga nefasta que recepcionar sobre si mesma, nem por isso, os bons deixam de ser alvo dos malefícios da inveja, do ciúme ou da má-fé humana.

(…)

O pseudo-Diabo da Mitologia, que compreende simbolicamente as falanges dos espíritos malignos, não se contenta em arrebanhar para o seu reino trevoso somente as almas pecaminosas; porém, conforme assegura a própria Bíblia, ele tudo faz para poluir os bons e chegou mesmo a tentar o próprio Jesus. O anjo, pois, é justa mente o ser mais alvejado pela malícia, crueldade, inveja, ciúme e despeito daqueles que ainda são escravos da vida animalizada do mundo profano.

(…)

Não há duvida de que os bons só atraem os bons fluidos e acima de tudo ainda merecem a companhia e a proteção dos bons espíritos, mas é conveniente meditarmos em que, nem por isso, estamos livres da agressividade dos espíritos maléficos, que não se conformam em sofrer qualquer derrota espiritual.

PERGUNTA: – Não se poderia deduzir que essa proteção extraordinária e poderosa sobre Jesus também deveria estender-se a todas as criaturas benfeitoras e assim livrá-las definitivamente das investidas maléficas do mundo oculto?

RAMATIS: – Sem dúvida; isso é racional e justo, porém, é essencial que tais criaturas façam por merecer essa proteção superior, assim como a merecia Jesus.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 130-132.

 

O Extraordinário

“No entanto, ele mesmo (José) não pôde furtar-se aos fenômenos que lhe atingiram o espírito durante o nascimento de Jesus, quando, apesar de sua severidade e prudência espiritual, lhe pareceu distinguir sons e melodias indefiníveis, enquanto sua alma pressentia uma luz safirina e Temeroso da zombaria dos demais e não podendo identificar tais fenômenos pela sensibilidade física, então preferiu silenciar quanto a essa sensação estranha e aceitando-a mesmo à guisa de alucinação. No entanto, Maria, sua esposa, adormecida num transe feliz, viveu a plenitude dessas ocorrências pois só teve conhecimento do despertar do seu filho excelso no mundo, quando ele já se achava tranquilo, deitado a seu lado, no singelo berço de palha.

Alguns rabis puros de coração, mais tarde, confirmaram que haviam pressentido ondas de luz e de perfumes durante o oficio na sinagoga, no momento presumível do nascimento do menino Jesus. Enquanto isso, pastores e camponeses, simples e bons, juraram ter visto sobre a casa de Sara, onde Jesus nascera, súbitas refulgências que pareciam cintilações à luz do Sol surgindo detrás das nuvens, Em verdade, as hostes angélicas projetavam suas luzes profiláticas e desintegradoras no ambiente onde Jesus deveria nascer, a fim de eliminarem as substâncias pestilentas, os detritos e petardos magnéticos que eram projetados pelos espíritos das Trevas desejosos de impedirem o sucesso do advento do Messias.

(…)

As criaturas simples, ingênuas e bondosas, corações famintos de amor e repletos de fé, sentiram mais nitidamente a presença real do Messias. No entanto, como o cérebro físico não possui capacidade para atender duas vidas simultâneas, a física e a espiritual, o certo é que mais tarde os participantes de tais fenômenos insólitos terminaram por esquecê-los no prosaísmo da vida humana.

(…)

Mas, com o decorrer do tempo, a própria Maria esqueceu as suas divinas emoções vividas durante o nascimento de Jesus, ante as responsabilidades de uma vida ativa e onerada junto à família, cuja descendência numerosa provinha de dois casamentos. Assim, enquanto tudo voltou ao normal, na Terra, foram sendo esquecidas as lembranças daqueles dias, encaixando-se a sua existência na moldura dos acontecimentos comuns da vida humana. No entanto, as entidades que protegiam Jesus jamais se descuraram em torno dele, mantendo-se atentas e neutralizando todas as investidas e tramas que eram mobilizadas pelos espíritos diabólicos.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 118-120.

Sofrimento Pela Mudança de Vibração

“Jesus, como sábio e psicólogo sideral, compreendia perfeitamente a natureza psíquica de vossa humanidade, pois os pecados dos homens eram frutos da sua imaturidade espiritual. Jamais ele sofreria pelos insultos e apodos, ou pelas ingratidões e crueldades humanas, ao reconhecer nas criaturas terrenas mais ignorância e menos maldade. Porventura os professores se ofendem com as estultícias e travessuras dos pequenos que ainda frequentam os jardins de infância, considerando injúrias ou crimes aquilo que ainda é próprio da irresponsabilidade infantil?

(…) O seu ver dadeiro sacrifício e sofrimento, enfim, foram decorrentes da penosa e indescritível operação milenar durante o descenso espiritual vibratório, para ajustar o seu psiquismo angélico à frequência material do homem terreno, A Lei exige a redução vibratória até para os espíritos menos credenciados no Espaço, cuja encarnação terrena, às vezes, se apresenta dificultosa nesse auto-esforço de ligar -se à carne. Mas Jesus, embora espírito de uma frequência sideral vibratória a longa distância da matéria, por amor ao homem, não hesitou em suportar as terríveis pressões magnéticas dos planos inferiores que deveria atravessar gradualmente em direção à crosta terráquea.

(…)

Ele desceu através de todos os planos inferiores, desde o mental, astralino e etérico, até poder manifestar se com sucesso na contextura carnal e letárgica da figura humana. Abandonando os píncaros formosos do seu reino de glória, imergiu lentamente no oceano de fluidos impuros e agressivos, produzidos pelas paixões violentas dos homens da Terra e dos desencarnados no Além.

(…)

O Sublime Peregrino descido dos céus lembra o mensageiro terreno que, após exaurir-se no tormento da caminhada de muitos quilômetros, deve entregar a “carta de libertação” a infelizes prisioneiros exilados de sua Pátria.

(!) Assim, os 33 anos de vida física de Jesus significam apenas o momento em que ele faz a entrega da mensagem espiritual do Evangelho, pois o processo espinhoso e aflitivo até imergi-lo nos fluidos terráqueos durou um milênio do calendário humano. Essa operação indescritível de sua descida sacrificial em direção à Terra é, na realidade, sua ver dadeira “Paixão”, pois só os anjos, que o acompanhavam distanciando-se cada vez mais, por força da diferença vibratória, é que realmente podiam compreender a extensão do heroísmo e sofrimento de Jesus, quando deixou o seu mundo rutilante de luzes e prenhe de beleza, para então habitar um corpo de carne em beneficio dos terrícolas.

(…)  Não podeis subestimar as fronteiras vibratórias que separam e disciplinam as várias manifestações da vida cósmica. É muito longa a faixa ou distância existente entre o anjo e o homem.

(…)

O escafandrista, ao descer ao fundo dos mares, embora permaneça senhor de sua consciência, fica circunscrito ao meio líquido, à sua fauna e densidade; a sua capacidade normal, do meio externo, fica reduzida. Tal descida exige-lhe uma técnica especial e uma prévia adaptação às leis naturais do plano aquático onde vai fixar se e agir.

(…)

O Messias, cuja aura é imenso facho de luz a envolver a Terra – do que a sua transfiguração no Tabor nos da uma pálida ideia – teve que transpor densas barreiras fluídicas e enfrentar terríveis bombardeios mentais, inferiores, suportando os efeitos da viscosa névoa magnética do astral inferior a envolver a sua aura espiritual. Vapores sádicos atingiram-lhe o campo emotivo-angélico, no turbilhão de vendavais arrasantes produzidos pelas paixões tóxicas da humanidade ainda dominada pelos instintos animalizados.

(…)

A alma sublime, à medida que ingressa nos fluidos mais grosseiros dos mundos materiais, para aí viver e se manifestar, ela também sofre os impactos, os efeitos e as reações próprias desse ambiente hostil, pois não pode eximir-se da ação e reação das leis físicas criadas por Deus na dinâmica dos mundos materiais.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 38-41.