O Meu Reino não é Deste Mundo

“(João 18:35-36).

O reino soberano de minha Consciência Crística universal é a Onipresença e por isso não pode ser limitado por esta esfera terrena, muito menos por uma pequena porção de terra que poderia ser o reino de um monarca mortal. (…) Mas meu reino ‘não é daqui‘ – sendo aqui’ uma época ou lugar específicos desta criação material. Os reis de uma pequena extensão do espaço-tempo finito descobrem que seu território é de marcado por limites ilusórios de passado, presente e futuro; e desfigurado pelas mãos devastadoras da mutabilidade. Mas é agora o meu reino‘: minha Inteligência Crística reina para sempre na imutabilidade do Eterno Agora, governando tanto os reinos primordiais causal e astral como o feudo subordinado da matéria.”

(…) Pelo fato de estar unificado com a Inteligência Suprema que governa todo o cosmos, ele não se sentia inclinado a lutar por um reino terreno nem pelo poder temporário de um rei. Com sua consciência onipresente em miríades de universos e em seus incontáveis sóis, luas e planetas, ele não poderia sequer conceber a ideia de aspirar a um reino limitado.

Ao permitir com toda a mansidão que o crucificassem – o que preparou o cenário para sua ressurreição -, Jesus demonstrou tanto sua própria imortalidade como a de todas as almas. Que concebível fascinação com um reino mortal transitório poderia prevalecer quando alguém está consciente de ser herdeiro do império da Eternidade? (…) o significado da resposta de Jesus a Pilatos foi que, sendo o soberano de um reino superior imperecível, ele havia treinado os discípulos a não lutar pela conquista de poder temporal nem para salvar a vida mortal perecível. (…) Jesus inspirou nos discípulos a sabedoria suprema de sacrificar a vida mortal em prol da vida e bem-aventurança eternas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 389-390.

Capítulo 74: A crucificação.

Salvação do Mundo

“(João 12:44-50).

Em repetidas ocasiões Jesus deu testemunho a seus devotos e seguidores de que estava unido com Deus-Pai: de que dentro de seu eu físico estava a Consciência Crística e, por trás dela, a Consciência Cósmica; e que todos aqueles que sintonizassem com o Eu interior ou Consciência Crística que nele habitava conheceriam esta sua verdadeira natureza e seriam conduzidos da mortalha da ilusão e do sofrimento à eterna luz do reino de Deus.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 204.

Capítulo 66: “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado”.

Impacto nas Futuras Gerações

“A dilacerante ignominia da morte de Jesus, seguida pela glória de sua ressurreição, exerceria um profundo impacto nas futuras gerações do mundo com o inesquecível reconhecimento de sua vida divina e de sua mensagem de salvação, propiciando ao homem ingressar no reino de Deus. (…) A humilde submissão de Jesus na cruz demonstraria a benevolência com que o Pai detém Sua mão onipotente quando desafiado pela maldade humana; o perdão que Jesus expressou durante a crucificação de seu corpo daria testemunho da natureza amorosa e compassiva do Pai.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 198.

Capítulo 66: “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado”.

Dai a César e a Deus

Dai a César”: a atitude espiritual com relação ao cumprimento dos deveres mundanos.

Dai a vosso rei terreno, César, aquilo que é terreno, tal como o Dai tributo monetário que ele considera seu” – disse Jesus aos fariseus-, “mas em vosso coração dai a Deus todo o crédito e toda a reverência, porque Ele é o Soberano Supremo, o verdadeiro possuidor de todas as coisas materiais e mentais, terrenas e celestiais“.

Jesus assim aconselha a todos os devotos que obedeçam aos costumes de seu país e acatem suas leis, como é o caso do pagamento de impostos. Porém, enquanto cumprem as obrigações mundanas, eles devem internamente prestar a homenagem de sua alma a Deus apenas, Aquele que é o Rei dos reis e, como Criador de nosso país de origem, da Terra, do céu, é o Possuidor de todas as coisas que neles existem, qualquer que seja sua natureza: familiar, social, nacional, internacional e cósmica.

(…)

A verdadeira religião é uma arte de viver que harmoniza todos os aspectos do dharma humano – suas justas obrigações materiais, mentais, sociais, morais e espirituais – sem negligenciar tudo aquilo que é necessário para uma boa harmonia em corpo, mente e alma. As palavras de Jesus “dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” nos recordam que, enquanto vivemos no mundo material, esquivar-nos das responsabilidades materiais denota falta de sabedoria. (…) A serenidade de um santo na solidão do Himalaia não é perturbada pelas contracorrentes conflitantes dos deveres sociais e espirituais; no entanto, maior é a grandeza do devoto cujos feitos espirituais podem passar incólumes por todos os desafios do severo campo de provas do mundo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 188.

Capítulo 65 : Jesus ensina pela última vez no templo de Jerusalém.

Boa Nova do Reino de Deus

“O Universo é regido por leis perfeitas e imutáveis tanto na dinâmica das suas leis físicas como na regência das suas leis morais. Tudo se move num nitro harmonioso e seguro. Assim, quanto aos Espíritos, longa caminhada da sua evolução, proporciona-lhes sempre múltiplas oportunidades ou ensejos de desenvolverem e consolidarem a sua consciência individual, pois esta matriz que lhes estrutura o caráter.

Em tais condições, todos os acontecimentos de grande projeção moral e social, que se processam na face dos planetas, estão subordinados a um esquema de absoluta segurança previsto pelo Governo Oculto de cada orbe. A conturbação proveniente de surpresas ou imprevistos no existe nas manifestações panorâmicas da Criação cósmica.

Consequentemente, Jesus só desceu à Terra depois do Alto programar e aprovar o fato. Porém, quanto aos aspectos intermediários de suas atitudes, tratando-se de um missionário de elevada hierarquia espiritual, torna-se evidente que ele não seria um autômato acionado por “cordões” manejados do mundo invisível. Era um elevado mensageiro eleito pela Administração Sideral para entregar à Humanidade terrena o Código de sua própria redenção espiritual.

(…)

Num dos momentos mais expressivos de sua vida, quando lhe solicitaram para demonstrar suas credenciais superiores de Mestre, eis que ele curvou-se humilde e lavou os pés dos seus apóstolos.

(…)

Todos os espíritos ligados ao Mestre Nazareno e participantes do advento do Cristianismo eram peças escolhidas com a devida antecedência visando a mais proveitosa movimentação no plano redentor da humanidade.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 274-276.

 

Filho de Deus

“Ele já possuía em si mesmo, por força de sua hierarquia espiritual, a ventura e a paz de desejadas pelo homem terreno. O êxito absoluto na sua tarefa salvacionista não dependeu de proteções celestiais privilegiadas, mas do seu amor intenso e puro, de afeto desinteressado e incondicional para com o homem. Essas virtudes expandiam-se naturalmente de sua alma à contagiavam quantos o cercavam, assim como o cravo e o jasmim não podem evitar que o perfume inerente à sua natureza floral também se desprenda sobre as demais flores do jardim.

Jesus não tinha dúvidas quanto à realidade do “Reino de Deus” a ser fundado entre os homens, porque esse ideal era manifestação espontânea de sua própria alma já liberada da roda viciosa das encarnações planetárias.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 20.

Caminho Para a Vida Eterna

“Assim como um grande clarão dispersa as trevas, também as declarações espantosas, mas simples, de Jesus revelavam os fundamentos das leis de Deus. “Ama teu próximo; torna-te criança; faze aos outros o que queres que te façam; abandona as glórias e os tentações do mundo; busca o Reino dos Céus dentro de ti; ergue teus pensamentos a Deus em oração o comunhão”, e outras regras facilmente compreendidas, constituíam o verdadeiro Caminho para a Vida Eterna.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 193.

Beberei Convosco no Reino de Meu Pai

“Apóstolos e Jesus eram os dirigentes de uma escola secreta e divina de preparação, o que se reuniram em local especialmente escolhido para sede do ato culminante de transferência do poder e autoridade sagrados Dele próprio para os doze Apóstolos. Esta transferência de poder e autoridade está, para nós, da maneira mais bela expressa por Mateus, Capítulo 26, Versículo 29, onde recorda o que disse Jesus: “… até o dia em que o beberei, novo, convosco, no reino de meu Pai“. Aquela taça de vinho seria a última, pois não mais beberiam juntos até que o Reino de Deus fosse estabelecido.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 109.

Os Cento e Vinte Escolhidos

“(…) Mas Ele compreendeu também, não há que duvidar, que a maior eficiência, os maiores resultados e a realização mais perfeita das etapas destinadas a criar o Reino dos Céus na terra seriam cumpridos após Sua crucificação, dai haver dividido pelos cento e vinte escolhidos responsabilidades na execução do trabalho missionário.

Essa divisão se fez em doze grupos, pelos quais distribuiu todo o Seu programa de atividades terrenas, constando cada grupo de dez discípulos- homens e mulheres. Isto Lhe daria o número redondo de cento e vinte trabalhadores. A frente de cada grupo Ele colocou um dos Apóstolos, como presidente, digamos, ou como principal consultor. Os doze Apóstolos constituíam, por assim dizer, Sua junta consultiva imediata, ou grupo de íntimos conselheiros.

Alguns destes trabalhadores foram mandados para países estrangeiros no começo da execução do grande plano, pois o trabalho que eles tinham de fazer não exigia o mesmo período de preparativos e estudos na escola secreta necessário para os outros.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 92-93.

Mistérios do Reino dos Céus

“(…) A palavra “mistérios” não é empregada nas Escrituras no sentido de religiões secretas, tampouco de coisas incompreensíveis ou, por sua própria natureza, difíceis de compreender – mas no sentido de coisas de revelação puramente divina e, também, de coisas, dada a moderação dos antigos cristãos, obscuramente anunciadas e compreendidas naquele período, mas claramente explicitadas nos Evangelhos… Logo, os “mistérios do Reino dos Céus” significam aquelas gloriosas verdades evangélicas que na época somente os discípulos mais adiantados podiam compreender, e mesmo assim, apenas parcialmente“.

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 78-79.