“Um prego longo, quadrado, enferrujado e com formato de tacha feito de aço e medindo em torno de 12 centímetros foi pregado na palma da mão, na área carnuda abaixo do polegar, contra a cruz. A dor deve ter sido brutal, como se raios atravessassem seus braços, fazendo que Jesus contorcesse o tronco e emitisse gritos penetrantes. (…) Então, dois membros do esquadrão de execução provavelmente amarraram as extremidades da barra da cruz, enquanto um terceiro membro agarrava Jesus pela cintura, colocando-o de pé. Eles O apoiaram no poste, em uma espécie de plataforma, e dois homens ergueram a barra horizontal, enquanto outros dois seguravam Jesus pelas pernas. Então, inseriram essa travessa num encaixe no topo da estaca. Eles curvaram os joelhos de Jesus até que Seus pés ficassem acomodados na cruz e em seguida os pregaram. Novamente, Jesus deve ter gritado de dor no momento em que cada pé foi pregado.
Figura: 6-9
Figura: 6-12
“Facada através da palma da mão (ferimento de defesa). Uma jovem ergueu sua mão para tentar se proteger de um cruel ataque. Note o ferimento na área da palma, no sulco tenar. A faca passou pela área Z, emergindo no mesmo local que se observa na imagem do ferimento da mão no Sudário.”
(…)
A expressão “Será que um falsificador poderia ter imaginado isso?” foi cunhada por Barbet quando ele postulou que o polegar que falta no Sudário devia-se ao ferimento no nervo mediano, causado pela passagem do prego, que acabou estimulando o nervo, fazendo que o polegar se recolhesse para a palma da mão. (…) a explicação de Barbet é incorreta por duas razões: 1) o nervo mediano não passa pelo espaço de Destot, e 2) mesmo que passasse e fosse ferido, não haveria flexão do polegar. O dr. Lampe relata que, na ruptura do nervo mediano, “dá-se a inabilidade para flexionar o polegar, o indicador e o dedo médio”.
(…)
O método cientifico é definido como os princípios e processos empíricos de descoberta e demonstração considerados característicos de ou necessários para a investigação científica, geralmente envolvendo a observação de um fenômeno, a formulação de uma hipótese relativa ao fenómeno, experiência para demonstrar a verdade ou falsidade da hipótese e a conclusão que valida ou modifica a hipótese” (Microsoft Bookshelf, 1988).
Para dar início ao método cientifico, existe uma observação inicial o uma ideia que leva à coleta de dados. Uma hipótese é então formulada experimentos são desenvolvidos para obtenção de evidencias que sustentem a hipótese. Os resultados são cuidadosamente analisados par determinar se a hipótese é válida ou não e se outras experiências são necessárias. Os resultados são publicados ou submetidos a outros cientistas para avaliação e confirmação. É importante saber que o filósofo francês Denis Diderot escreveu, em 1753: “Existem três meios principais para adquirir conhecimento que se encontram disponíveis para nós: observação da natureza, reflexão e experimentação. A observação coleta fatos reflexão os combina; o experimento verifica o resultado da combinação nossa observação da natureza deve ser diligente, a nossa reflexão, profunda, e os nossos experimentos, exatos. Nós raramente vemos esses três meios combinados; e, por essa razão, os gênios criativos não são comuns (Denis Diderot, On the Interpretation of Nature n. 15,1753).
(…)
(…) a conclusão de Barbet foi baseada na fórmula de tensão, que é aplicável somente a uma pessoa suspensa livremente, mãos estão atadas na barra horizontal da cruz e os pés não estão presos à estaca. A experiência de Barbet só seria aplicável a uma pessoa em suspensão livre. (…) o braço provavelmente estava gangrenado, já que amputações são executadas, em geral, quando existe comprometimento vascular causado por obstrução arterial ou severo trauma local.
Figura 6-13
“Representação matemática da força de tensão. É importante notar que a tração em cada mão é igual ao dobro da co-seno do ângulo que os braços fazem com a estaca (stipes) dividido pelo peso do corpo. Essa fórmula só é aplicável quando as pernas estão pendendo livres, e não pode ser empregada se os pés estiverem presos à estaca.”
ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 89-111.