Efeitos Físicos ao Pregar as Mãos

“(…) O nervo mediano seria ferido, causando uma dolorosa reação chamada causalgia. (…) Essa síndrome era comumente vista durante os anos de guerra em soldados feridos no nervo mediano e em outros nervos periféricos. A dor é incomum e descrita como intermitente, com uma queimadura que é tão intensa que o mínimo contato físico, como colocar uma roupa ou a passagem de uma corrente sensação de completa tortura. A condição é agravada com movimento do corpo, perturbação, barulho ou emoção. A dor atravessa os braços como se fosse um raio elétrico. O paciente passa a evitar qualquer contato e começa a segurar o braço de uma forma particular. Essa condição pode destruir completamente a disposição do indivíduo mais estoico. Um estudo feito por Slesser revelou que a dor piora com o aumento da temperatura e nenhum dos pacientes consegue tolerar os raios solares. (…) Antes desse tratamento, inúmeros indivíduos se tornaram viciados em analgésicos e muitos cometeram suicídio. As vítimas de causalgia frequentemente entram em estado de choque se a dor não for controlada.

Além disso, o próprio ato de ser levantado com a barra horizontal e colocado no encaixe no topo da estaca traria ainda mais dor, em razão da tração das mãos contra os pregos. A alta temperatura e a exposição ao sol aumentariam ainda mais o sofrimento. O levantamento da barra horizontal teria provocado uma dor brutal a Jesus e um aumento no grau do choque traumático.

(…)

Jesus estava em estado de prematuro choque traumático e hipovolêmico a quando chegou ao Gólgota. As brutais dores provocadas pelos pregos em suas mãos e pés somaram-se a todas as lancinantes dores causadas pela proveniente dos nervos medianos e plantares, ao severo trauma na caixa torácica, ao trauma no pulmão e alta possibilidade de pneumotórax e hemorragias pulmonares decorrentes do brutal açoitamento, às dores da neuralgia do trigêmeo e à perda de fluidos por causa da crescente efusão pleural. O suor abundante e a perda de sangue devem ter aumentado o Seu grau de choque, causando-lhe tortura e falta de ar. Seu batimento cardíaco se acelerou e Seu coração iria bater fortemente contra o peito para compensar a perda de fluido e o grau de choque. A dor também seria acentuada por causa da profunda fadiga. Monheim escreve: “Um fator importante no limiar da dor de um paciente é a fadiga. Já foi definitivamente provado que um paciente que se encontra descansado e teve uma boa noite de sono antes de um acontecimento desagradável vai ter uma resistência maior à dor do que aquele que está extenuado”. Como você sabe, Jesus ficou de pé durante quase toda a noite depois de sua agonia mental no Jardim do Getsêmani, e sofreu uma série de episódios traumáticos Depois de tudo isso, ele se encontrava extremamente exaurida experimentando dores ubíquas e num estado de choque crescente.

Figura: 6-25

“Suspensão experimental na cruz. Posição típica de suspensão. O voluntário é constantemente monitorado durante o procedimento.”

Figura: 6-26

“Suspensão experimental na cruz, com arqueamento. A posição arqueada era tipicamente assumida para aliviar a tensão nos ombros e para estender as pernas a fim de aliviar as cãibras.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 120-130.

 

Publicado por

Juliano Pozati

Strengths coach, Escritor, Espiritualista e empreendedor. Membro do Conselho do The Institute for Exoconsciousness (EUA). Meio hippie, meio bruxo, meio doido. Pai do Lorenzo e fundador do Círculo. Bacharel em Marketing, expert em estratégia militar, licenciando em filosofia. Empreendedor inquieto pela própria natureza. Seu fluxo é a realização!

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