“Essas concepções gnósticas fascinaram o psica-nalista C. G. Jung: para ele, essas idéias expressavam “o outro lado da mente” – pensamentos espontâneos, inconscientes, que qualquer ortodoxia exige que seus adeptos reprimam.
Entretanto, o cristianismo ortodoxo, como definido pelo credo apostólico, contém idéias que nos poderiam parecer estranhas até hoje. O credo requer, por exemplo, que os cristãos confessem ser Deus perfeitamente bom e, ainda, que criou um mundo que inclui dor, injustiça e morte; e que Jesus de Nazaré nasceu de uma mãe virgem; e que, depois de ser executado por ordem do procurador romano Pôncio Pilatos, ressurgiu da sepultura “no terceiro dia”.
PAGELS, Elaine. Os Evangélhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. XI.
Capítulo: Introdução.