A Ressurreição do Corpo

“Embora sua discussão, com frequência, seja interpretada como um argumento para a ressurreição do corpo, conclui com as palavras digo-vos, irmãos: a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que está sujeito a perecer [ou seja, o corpo mortal] herdar o imperecível”. Paulo descreve a ressurreição como “um mistério”, a transformação da existência física na espiritual.

(…) por que os cristãos ortodoxos, no século II, insistiram na visão literal da ressurreição e rejeitaram todas as outras como heréticas?

(…) ao examinarmos o efeito prático, paradoxal, no movimento cristão, podemos ver como a doutrina da ressurreição do corpo também serve a uma função política essencial: legitima a autoridade de certos homens que reivindicam o exercício exclusivo da liderança sobre as igrejas como sucessores do apóstolo Pedro. Desde o século II, a doutrina serviu para validar a sucessão apostólica dos bispos; base, até hoje, da autoridade papal.

(…) diversas formas de cristianismo floresceram nos primeiros anos do movimento cristão. Centenas de pregadores rivais reivindicavam, todos, pregar a “verdadeira doutrina do Cristo” e denunciavam uns aos outros como impostores.”

PAGELS, Elaine. Os Evangélhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 5.

Capítulo: 1- A Controvérsia Sobre a Ressurreição de Cristo: Acontecimento Histórico ou Símbolo?

Publicado por

Juliano Pozati

Strengths coach, Escritor, Espiritualista e empreendedor. Membro do Conselho do The Institute for Exoconsciousness (EUA). Meio hippie, meio bruxo, meio doido. Pai do Lorenzo e fundador do Círculo. Bacharel em Marketing, expert em estratégia militar, licenciando em filosofia. Empreendedor inquieto pela própria natureza. Seu fluxo é a realização!

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