Estudos Tridimensionais do Sudário

“No começo deste século, durante experiências com sua teoria vaporográfica, o professor Paul Vignon notou que a imagem no Sudário variava inversamente com a distância do tecido.  Essa observação deu início aos estudos de imagens tridimensionais computadorizadas dos capitães John P. Jackson, físico, e Eric Jumper, da academia da Força Aérea dos Estados Unidos e, mais tarde, do professor Giovanni Tamburelli, da Universidade de Turim e diretor de pesquisa do Centro de Estudos e Laboratório de Telecomunicações de Turim.

Sujeitaram, então, os pontos da imagem das fotos do Sudário à análise do VP-8, como foi feito quando foram processadas tridimensionalmente as fotografias de Marte, porque a fonte de luz estava a certa distância. Eles obtiveram fotos tridimensionais fascinantes da imagem do Sudário, o que não seria possível com fotografia comum, porque esta mostraria distorção com o nivelamento do relevo, incluindo o braço junto ao peito e o nariz pressionado na face. Observaram também que, como a imagem não produziu nenhuma marca de pincel direcional, tal como poderia ter sido efetuada por um artista, uma falsificação não pareceu possível.

Figura: 15-4

“Relevo tridimensional do rosto do Sudário depois de filtragem recursiva. Imagem obtida depois de suavizar as transições grosseiras e os ferimentos usando um filtro recursivo. (Cortesia do professor L. Tamburelli, CSLT, Turim, Itália.)”

Qual é o mecanismo para tal formação de imagem? Uma sugestão foi feita pelo dr. Igor Benson, um engenheiro e padre da Igreja Ortodoxa Russa da Carolina do Norte, que tem estudado os efeitos da radiação das descargas elétricas de alta tensão, de alta frequência. Benson sugere que uma espécie de relâmpago pode ter sido o culpado, atingindo o corpo durante uma tempestade elétrica, carregando-o com energia de alta tensão, a qual teria imediatamente dissipado sua energia iônica (descarga), vulcanizando assim a vestimenta e imprimindo as moedas no Sudário.

A importância da hipótese da moeda em relação à datação do Sudário é certamente óbvia. Se essa hipótese fosse válida, poderia ajudar a datar a imagem do Sudário à época de Jesus. Infelizmente, muitos cientistas e especialistas em imagem não estão convencidos (…)”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 290-300.

Os Ferimentos Produzidos Pelo Açoite

“(…)Porém, se o corpo fosse lavado, o sangue reco ao redor dos ferimentos seria removido, provocando o vazamento de material sanguinolento. Isso resultaria na produção de boas impressões das feridas. Para poder testar essa hipótese, linho e toalhas de papel usados em autópsias foram gentilmente postos (mas não pressionados) nos ferimentos de vítimas que resistiram por algumas horas antes de sucumbirem ao acidente. Praticamente não foram produzidas impressões. Isso foi repetido depois que os ferimentos foram levemente enxaguados com água. Somente impressões indistintas de sangue foram feitas. Os ferimentos foram então lavados brevemente e o procedimento foi repetido. Dessa vez, as impressões ficaram razoavelmente boas (…) Qualquer coisa que fluísse depois da lavagem era considerada sangue impuro, e eles não lavavam novamente. Um rabino também me informou que, no caso de Jesus, com o Shabat e a Páscoa se aproximando, a lavagem teria que ser rápida.

(…)

O Evangelho Perdido Segundo Pedro (seção 6)- uma evidência controversa, não aceita pelos estudiosos- é citado aqui porque contém uma declaração definitiva referente ao fato de que Jesus foi lavado antes de ser colocado no Sudário: “E eles pegaram o Senhor e O lavaram e O enrolaram em lençóis de linho, e o levaram à Sua rumba, que era chamada Jardim de José.”

(…)

O ato de lavar, então teria causado o vazamento de sangue de causa um dos ferimentos, criando assim as impressões encontradas no Sudário. O sangue desses ferimentos não teria sido lavado, porque teria sido considerado impuro. Essa situação está de acordo com as ordenanças da lei judaica, justifica os ferimentos bem definidos encontrados no Sudário de Turim e provê uma explicação satisfatória aos patologistas forenses.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 281-289.

Estudos Sobre o Sangue

“Estudos científicos das “áreas manchadas de sangue” foram conduzidos pela primeira vez em 1973, por um grupo especial de experts, a Comissão de Turim. (…) é importante saber que as imagens de sangue permeiam a espessura total do Sudário, o que não ocorre com a imagem do corpo, e tais imagens só estão presentes na superfície das fibras externas. (…) Até 1980, porém, não houve nenhuma confirmação, química morfológica, de que essas áreas seriam sangue. Uma questão que sempre se formula é: por que as áreas de sangue apresentam a cor rubra, como a de sangue fresco, e não um vermelho amarronzado, de sangue velho? De acordo com Raes, saponária, que era utilizada para preservar as roupas e foi identificada no Sudário, preserva também a cor do sangue.

Em 1980, porém, os drs. Alan Adler e John Heller, usando um espectroscópio e testes microquímicos, descobriram e reportaram a presença de sangue nas fibrilas de linho utilizando amostras retiradas das áreas de ferimento do Sudário por meio de fita adesiva. Como os testes de sangue usuais podem resultar em falsos positivos que podem até incluir sais de ferro e dar falsas reações negativas, em que existe pouca solubilidade quando se usam amostras envelhecidas, eles escolheram um teste mais específico, que poderia converter o grupo hemático suspeito a uma porfirina que permitiria uma fluorescência Soret característica. O teste exibiu reação positiva para sangue. Além disso, testes imunológicos demonstraram que o sangue é de origem primata.

O Dr. Baima Bollone, junto com os Drs. Jorio e Massaro, reportou em 1981 que o sangue era de origem humana, usando uma técnica de anticorpo fluorescente. O grupo relatou que foi determinado, com sucesso, o grupo sanguíneo, que era do tipo AB.

Uma observação de grande importância, reportada em1984 por Jumper et al. em Archaeological Chemistry, é a ausência de imagens do corpo nas imagens dos ferimentos, sugerindo que as imagens de sangue estavam presentes na vestimenta antes que a imagem do corpo tenha sido colocada, aparecido ou, talvez, se desenvolvido. (…) que a cor da imagem nos pulsos e mãos é bastante densa, que não havia imagem sob o “fluxo de soro”, e que a soma das evidências parece apoiar a posição de que o sangue impediu a formação de imagem. O dr. Adler também mostrou que cada ferimento apresenta anéis de retração de soro que podem ser vistos sob raio ultravioleta, confirmando a presença de exsudatos coagulados. 

Dr. Adler declarou, “Simplesmente não se pode dizer que as imagens de sangue foram pintadas Seria preciso um grande suprimento de exsudatos frescos de coágulos de um ser humano traumaticamente ferido para pintar tudo de uma maneira correta do ponto de vista forense. Ele teria, ainda, que pintar um anel de contração de soro em cada ferimento. A lógica sugere que um falsário ou artesão daquela época não saberia como fazer isso, aliás, nem saberia que seria preciso faze-la.”

É igualmente importante notar que as marcas de açoitamento foram feitas várias horas antes de a vítima ser removida da cruz, de forma que crostas de coágulos se teriam formado nas feridas, tornando difícil entender como 25 marcas de açoitamento poderiam ter deixado impressões tão precisas. Todo patologista forense que eu consultei concordou em que os ferimentos teriam causado grandes sangramentos e que o corpo teria que ter sido lavado, para estar de acordo com a precisão dos ferimentos no Sudário. (…) O dr. Rogers apoiou a teoria de que o corpo foi lavado, pois revelou que não acredita que houvesse evidência química de suor na roupa o tempo em que o homem do Sudário permaneceu envolto nele. Ele argumenta que resíduos de esqualene e outros elementos químicos que compõem o suor- os quais teriam sido transportados para a vestimenta por meio dos efeitos da tensão de superfície na fase liquida-estão ausentes do Sudário.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 273-279.

Post Mortem

“O termo rigor mortis vem do latim e significa “rigidez causada pela morte”. Essa rigidez e o encurtamento dos músculos são causados por uma irreversível reação química. (…) Por exemplo, se o indivíduo morreu enquanto uma perna estava numa posição elevada e o braço acima de sua cabeça, esses membros vão se manter desse jeito por cerca de 12 horas depois que o rigor mortis se estabeleceu. Esse fato tem significado médico legal para determinar se o corpo foi movido depois que o rigor mortis aconteceu. (…) O rigor mortis geralmente começa nas mandíbulas, músculos faciais e pescoço, aproximadamente três horas após a morte, e se manifesta progressivamente nos músculos do pescoço, peito, pulso e tornozelos, joelhos e quadris, tomando-se completo num período de 18 a 36 horas. O estado de rigor permanece por cerca de 12 horas e gradualmente desaparece.

Essa reação química é modificada por vários fatores. A produção de calor-como ocorre quando se tem febre-, clima quente e aumento da atividade muscular estimulam a reação química, acelerando o rigor mortis, enquanto frio o retarda. Lembro-me de um caso em Nova York em que um indivíduo foi baleado depois de ter sido perseguido pelas ruas, pulando cercas, por uma longa distância, e desenvolveu rigor mortis quase imediatamente.

(…)

Há uma indicação de que o homem do Sudário se encontrava em estado de rigor mortis quando colocado na vestimenta; a ausência do espaço do pescoço na imagem frontal e uma imagem alongada na parte de trás na área do pescoço são altamente sugestivas de que a cabeça foi curvada para a frente no estado de rigor. As imagens das pernas e pés também sugerem rigor mortis, porque a panturrilha direita mostra maior densidade que a esquerda. O peito erguido também sugere rigor. (…) Se o rigor não estivesse presente, haveria imagem simétrica das pernas.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 268-269.

A Imagem no Sudário – Forense

“A explicação para a aparente ausência de pescoço é que, durante a suspensão na cruz, a cabeça fica presa entre os ombros, com movimentos limitados para os lados e de frente para trás, o que foi confirmado em nossas numerosas experiências de suspensão.(…) Depois de uma morte violenta, o rigor mortis se inicia rapidamente (geralmente entre uma e duas horas depois da morte).

As pernas da mesma forma, as quais estavam em uma posição ligeiramente dobrada, manteriam o mesmo tipo de espasmo cadavérico e o subsequente rigor mortis antes de a vitima ser descida da cruz. A diferença de altura entre a imagem da frente e a de trás, sendo esta última um pouco maior, também apoia essa hipótese de rigor mortis.

(…)

Além disso, sob um ponto de vista forense, será mais provável que o desalojamento post mortem dos coágulos quando a coroa de espinhos foi removida tivesse causado um breve fluxo de sangue na testa durante os movimentos do corpo da cruz até o Sudário, com o subsequente fluxo da parte de trás da cabeça causando um padrão de encharcamento por causa do peso da cabeça contra o Sudário.

(…)

Há mais de cem impressões relativas a marcas de açoitamento no Sudário. É interessante saber que dois cientistas Lorre e Lynn, do Laboratório de Propulsão de Jatos de Pasadena, analisaram marcas de açoitamento criando um tipo de gradação de relevo usando seu IBM 360/65. Sua pesquisa propõe que houve duas direções sugerindo dois soldados romanos, em lados opostos da vítima (ou um soldado trocando de lado). Exames microscópicos das marcas revelam a presença de halos ao redor delas e fotografias ultravioleta fornecem mais detalhes. O exame desses halos revelou a presença de soroalbumina, que seria extremamente difícil forjar por causa do tamanho e da qualidade de marcas.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 212- 247.

Restauração- Sudário

“Em junho e julho de 2002, uma completa restauração do Sudário, batizada pelas autoridades de Turim como o Programa de Conservação, foi realizada conforme recomendações da Comissão de Preservação do Sudário.(…) Essa proposta foi apresentada ao cardeal Poletto, curador papal do Sudário, que o examinou e enviou para o cardeal Soldano, o Secretário de Estado do Vaticano, que por sua vez o submeteu 20 Papa João Paulo II, que concedeu sua permissão.

A restauração foi secretamente efetivada dos dias 20 de junho a 22 de julho de 2002, na nova Sacristia da Catedral de Turim, construída depois do incêndio de 1997. O leito no qual o Sudário se encontrava foi preparado numa mesa móvel, para ser levado à nova sacristia. O novo revestimento foi colocado no leito Bodino, o qual foi equipado com uma tampa de vidro para facilitar a operação de costura, e o revestimento foi estendido, com o Sudário por cima. Um videomicroscópio com poder de ampliação de 80x a 450x foi preparado a fim de garantir aos artesãos uma visão direta, para que pudessem distinguir entre poluentes, resquícios de sangue etc. Um suave aspirador, um vaporizador ultrassônico e pesos de chumbo foram para suavizar os vincos. A restauração foi executada pela dra. Mechthild Flury-Lemberg, ex-curadora do Museu Têxtil da Fundação Abegg e da Escola de Restauração de Riggisberg, Suíça, e principal autoridade no que diz respeito à parte têxtil do Sudário, acompanhada por sua ex-estudante Irene Tomedi, na Sacristia da Catedral de Turim.

A restauração procedeu da seguinte forma: depois que as fotos iniciais foram tiradas, os trinta remendos que foram costurados pelas Pobres Claras em 1534 e, mais tarde, por outros restauradores, foram removidos, etiquetados e conservados. Em seguida, foi removida a Vestimenta Holandesa (revestimento traseiro). Os vincos da parte traseira da peça foram esticados. Na frente, restos carbonizados foram removidos com leves raspagens. Pesos de chumbo foram colocados para alisar as dobras. Eles removeram as partículas de carbono dos buracos produzidos pelo fogo e repetiram o processo depois de rasparem gentilmente as pontas soltas dos buracos com espátulas. Depositaram, então, essas partículas em numerosos tubos de vidro, que foram sistematicamente rotulados e mapeados conforme sua localização no Sudário. Depois da remoção do revestimento traseiro, a operação incluiu a varredura digital de toda a extensão do Sudário, frente e verso, fotografias convencionais e digitais da frente da peça, além de fotos tradicionais da parte de trás. Eles também tiraram fotografias fluorescentes, colheram amostras por meio de fitas adesivas aplicadas na parte de trás da vestimenta, deram início à espectroscopia Raman e a medidas fluorescentes e de refletância, tomaram medidas precisas do Sudário e colocaram uma nova Vestimenta Holandesa, usando fios de seda para firmar cada buraco de queimadura na peça. A Vestimenta Holandesa era uma peça de linho rústico que tinha sido adquirida havia 50 anos pelo pai da dra. Mechthild Flury-Lemberg, e foi meticulosamente lavada para que fosse amaciada e desinfetada. Depois da restauração, medidas oficiais do Sudário foram novamente tiradas por Bruno Barberis e Gian Maria Zaccone, na posição de exposição (imagem frontal à esquerda e dorsal à direita). Houve um significativo aumento no comprimento comparação com as medidas oficiais feitas pelos mesmos cientistas e na largura em em antes da restauração. O comprimento da parte de baixo a mede 441,5 centímetros (14,4848 pés): a parte de cima, 434,5 centímetros (14,2552 pés), o lado esquerdo (altura) mediu 113,0 centímetros (37073 pés) e o lado direito mediu 113,7 centímetros (37303 pés). Isso é razoável, porque as medidas podem variar por causa da tensão da roupa e dos procedimentos de esticamento que foram utilizados. Um exame da parte de trás do Sudário foi conduzido para determinar s se uma imagem dupla do corpo estava presente. A imagem principal do corpo não apareceu, embora houvesse uma imagem compatível com o cabelo particularmente os dois cachos laterais emoldurando o rosto. As bandas de cor discutidas anteriormente também são notadas na parte de tris do Sudário. Porém, a presença de sangue – correspondente em sua maioria à parte da frente do Sudário-vazou para a parte de trás, embora algum sangue presente na frente do Sudário estivesse essencialmente ausente na parte de trás. Alguns pequenos segmentos do “3” reverso também estavam ausentes, Isso foi condizente com as observações dos estudos do STURP feitos em 1978, nos quais o sangue foi percebido na parte de trás do Sudário mas nenhuma imagem definida do corpo estava presente.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 218-233.

Descrição do Sudário – Médico Legista

“O Sudário de Turim (Sindone, italiano ou Linceul, em francês) é um lençol de linho longo e desigual que exibe uma desconcertante imagem, frente e costas, de um indivíduo crucificado, a qual se acredita ser a de Jesus (Figura 12-1)

Figura: 12-1

Sudário de Turim (a) Frente, (b) Verso. O sudário como se fosse visto por meio de um negativo fotográfico. (Cortesia Barrie Schwortz).”

Shroud.com

As imagens da frente e das costas estão presentes porque o individuo crucificado foi deitado na extremidade de um longo e desigual lençol de linho que foi estendido no chão. A extremidade oposta do Sudário, então, foi passada por cima de sua cabeça, cobrindo o rosto e a parte da frente do corpo, como mostrado na pintura de G. Clovio, que foi reproduzida por G. B. della Rovere e agora está exposta na Galeria Sabauda (Figura 12-2).

Figura: 12-2

(…)

Pregado a todo o verso do Sudário encontra-se um revestimento de linho conhecido como Vestimenta Holandesa, que foi meticulosamente cerzido pelas freiras Pobres Claras depois do incêndio de 1532, em Chambéry, para dar suporte ao Sudário danificado.

O corpo no Sudário está nu e o homem é barbado e tem cabelo longo, com uma imagem nas costas que lembra um rabo (Figura 12-4).

Figura 12-4

Sudário de Turim, parte traseira, mostrando a parte de trás da cabeça. A visão do Sudário como você s observaria. Existem mais de 100 marcas de açoitamento, a maioria em formato de haltere. O padrão sugere fato de os soldados terem mudado de posição da o açoitamento. Filetes de sangue da coroa de espinhos são vividamente percebidos. (Cortesia de Barrie Schwortz.)

Na visão frontal, a área da testa mostra uma marca em forma de um “3” reverso no centro, com outros pequenos rastros no lado direito e esquerdo da testa e no cabelo, todos representando o sangramento causado pela coroa de espinhos (Figura 12-5).

Estudos feitos por Adler indicaram que a cor vermelha vista na microscopia é compatível com alguém que foi vítima de um trauma grave, devido aos produtos provenientes da decomposição dos glóbulos vermelhos, a saber, bilirrubina. (…) Sob fotografia ultravioleta fluorescente, todos os ferimentos mostram em torno de si um anel de retração de soro de albumina que seria completamente desconhecido para um falsificador. É importante notar que nenhuma imagem está presente onde existe sangue, indicando que a formação da imagem ocorreu depois que ele manchou o local, que a presença do sangue impediu a formação de imagem nessas áreas. (…) Nenhuma imagem estava presente nas fibras que continham sangue. Se isso fosse feito por mãos humanas, o artista teria que pintar todas as manchas de sangue com os halos de albumina nos ferimentos e fluxos de sangue, incluindo o sangue das marcas de açoitamento, usando sangue humano, e então pintar a imagem do corpo em torno delas, em suas localizações exatas, e eliminar imagens onde existisse sangue. Um processo complicado, sem dúvida.

O cabelo na imagem frontal está na frente e cobre as orelhas. É por isso, obviamente, que Lavoie acha que o homem do Sudário estava de pé quando a imagem se fez. Todavia, a explicação mais óbvia é que a cabeça estava curvada para a frente, porque não há espaço discernível referente ao pescoço, em razão da suspensão dos ombros, com a cabeça presa entre eles e dobrada para a frente. (…) Outra possível explicação para essa posição do cabelo vem do fato de que ele ficou saturado com o sangue, e a subsequente secagem das fibras capilares fixou-o nos dois lados do rosto, que um spray para cabelo o mantém rígido. Existe uma suspensão do mesma forma peito, que também é consistente com o rigor mortis que ocorreu durante 1 crucificação (Figura 12-6). A parte de trás da cabeça também está saturada com sangue (Figura 12-4). As sobrancelhas parecem estar inchadas e há um indício de que os cílios estejam cortados. A área abaixo do olho direito parece inchada, assim como a ponte do nariz, com uma linha na extremidade distal da ponte que é consistente com um deslocamento do osso ou da cartilagem, mas não uma fratura. Isso é confirmado por ampliação de imagem computadorizada VP-8, que mostra uma depressão na junção do osso/cartilagem (veja a Figura 15-2).

Figura: 12-6

O Sudário de Turim, visão frontal, abaixo dos ombros. A visão do sudário como você iria observar. Note o padrão de bifurcação no pulso. O  ferimento do peito na parte superior direita (à esquerda do remendo triangular) na verdade está no lado direito do peito. (Cortesia de Barrie Schwortz.)

As mãos estão cruzadas na região umbilical, no nível do quadril, a esquerda em cima da direita (lembre-se: os braços parecem estar rígidos, e as mãos cruzadas e a posição dos pés sugerem que eles estavam atados (veja as Figuras 12-1 e 12-6). Uma imagem bifurcada de coloração avermelhada está presente na mão esquerda, entre o pulso e a mão propriamente dita, representando o ferimento produzido pelo prego, Faltam ambos os polegares.

O lado direito do corpo contém uma imagem grande e avermelhada na região correspondente ao sexto espaço intercostal, representando o ferimento provocado pela lança. Ela se estende ao longo da lateral até as costas e contém uma separação de soro (veja as Figuras 12-4 e 12-6).

As costas, nádegas, pernas, peito e abdômen mostram evidências de bem delineadas marcas de açoitamento, muitas das quais se assemelhando a imagens em forma de haltere (veja as Figuras 12-4 e 12-6). (…) O ombro direito está mais baixo que o esquerdo, e imagens da região da escápula esquerda (lâmina do ombro) e do ombro direito sugere escoriações, que alguns investigadores acreditam estar relacionadas ao ato de carregar a cruz.

Há indicação de uma grande escoriação ou contusão na região do joelho esquerdo. As panturrilhas mostram um arredondamento natural. Um pé parece estar virado em direção ao outro. A área do pé revela a sola direita e o calcanhar, o que é indicativo de que os joelhos foram dobrados. (…) Somente o calcanhar esquerdo e várias imagens correspondendo à cravação estão presentes. A ausência de um pé parece ter sido causada pela intrincada forma como a vestimenta foi dobrada sobre ele.

Existem duas impressões lineares escuras com interrupções nos dois lados do Sudário, com quatro pares duplos de remendos brancos triangulares, que são os locais dos buracos de queimadura que foram meticulosamente reparados pelas Freiras Pobres Claras sob ordem de Carlos III, o Duque de Savoy, dois anos depois do incêndio que aconteceu na sacristia da Santa Capela de Chambéry, no dia 3 de dezembro de 1532.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 218-227.

Sudário de Turim – Médico Legista

“A prática de fornecer e regurgitar fatos sem substância cria empecilhos para os argumentos a favor da autenticidade, pois diluem a informação factual, e eles são tão amplamente disseminados que os não iniciados se tornam vítimas de “lavagem cerebral”. (…)  sindonologia (estudo do Sudário) (…)

(…)

Sempre houve aqueles que acreditam e os que não acreditam, mas a batalha entre eles nunca foi tão furiosa quanto no período depois do dia 13 de outubro de 1988, quando o Sudário foi testado com o carbono 14 por três renomados laboratórios e o teste indicou que a peça datava da Idade Media, entre os anos 1260 e 1390 d.C. Os resultados foram subsequentemente publicados por Damon et al. em 1989, no Jornal Nature (vol. 337:611-615, 1989).

(…) os estudos mais sofisticados realizados por experts de renome de várias disciplinas da ciência, usando equipamentos de última geração e métodos modernos, não conseguiram explicar os mecanismos pelos quais a imagem foi criada (in statu nascenti), e todas as tentativas de reproduzi-la resultaram em fracassos retumbantes.

(…)

Os últimos dois dias da exposição foram reservados para a Segunda Conferencia Científica Internacional de Sindonologia, da qual eu tive o privilégio de participar. (…) Cientistas interessados no assunto vieram de todas as partes do mundo, representando as áreas da patologia, biologia, eletrônica, física termonuclear, palinologia, criminologia, anatomia, cirurgia, computação, arqueologia têxtil, história da arte, radiologia, química e física nuclear. Eles estavam lá para apresentar suas descobertas, trocar novas ideias e discutir recentes progressos.

A semana que se seguiu à conferência foi reservada para 120 horas de estudos científicos do Sudário realizados pelo Projeto de Pesquisa do Sudário de Turim (STURP) e outras entidades. As atividades incluíram espectroscopia no visível, ultravioleta e de infravermelho; microscopia leve, ultravioleta, fluorescente e de fase; termografia infravermelha; radiografia; microscopia eletrônica; análise computadorizada; análise de imagem fotográfica com filmes especiais; análise microquítimica etc.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 212-217.

O Pericárdio e o Coração

“O pericárdio é um saco em forma de cone feito de uma fina membrana fibrosa, porém muito forte, que contém o coração e as raízes dos grandes vasos sanguíneos, incluindo a aorta (a maior artéria, que leva o sangue do coração para todas as partes do corpo), a veia cava (que carrega o sangue do corpo de volta para o coração) e a artéria e a veia pulmonares (que transportam sangue de e para os pulmões). O saco pericárdico está firmemente ancorado na cavidade torácica, com seu “pescoço” junto dos grandes vasos localizados no topo do coração. A base está presa firmemente à parte central do diafragma (fino músculo em forma de cúpula que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal); as laterais do saco estão presas a cada pleura (as membranas que circundam cada pulmão); e a frente do saco está ligada à parede torácica. (…) Em um indivíduo normal, o coração é relativamente móvel dentro do saco, mas em diversos casos patológicos essa mobilidade pode ficar seriamente comprometida.

Cada pulmão é também circundado por uma bolsa membranosa chamada pleura. O espaço potencial entre a pleura e o pulmão é chamado espaço pleural.

(…)

A mais plausível é a chamada Hipótese 11. Ela indica que a lança penetrou no átrio direito do coração (câmara superior direita), que teria se enchido de sangue porque, imediatamente antes da falência cardíaca, o coração se contraiu e ejetou o sangue na circulação pela última vez. Em resposta, o átrio direito se encheu passivamente de sangue por causa da pressão elevada da circulação. Uma maciça efusão pleural (fluido em volta dos pulmões) que vinha se acumulando lentamente nas horas seguintes ao açoitamento (a efusão pleural é normalmente detectada algumas horas depois de receber golpes no peito) já se fazia presente. O repentino golpe da lança arremessada por um dos soldados penetrou o pericárdio e o átrio direito. O rápido e violento movimento feito para retirar a lança, então, liberou o sangue, que aderiu à lâmina, e um pouco da efusão pleural da cavidade pleural, resultando no fenômeno de “sangue e água”.

(…)

Todas as hipóteses que supõem que Jesus estava vivo quando a lança O atingiu parecem estar baseadas na ideia de que não sai sangue de um corpo sem vida. Isso não é verdade. O sangue pode fluir dos ferimentos de um morto, especialmente se a morte ocorrer de forma violenta.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 175-179.

A Causa da Morte de Jesus

“Determinar a causa da morte de Jesus é algo relativamente complexo e requer reconstituição forense de cada fase da do Getsêmani ao Calvário, como se fosse um Caminho da Cruz forense. A reconstituição teria que incluir a hematidrose; o espancamento na casa de Caifás, o sumo sacerdote; o açoitamento; a coroação com os espinhos; a viagem ao Calvário; a fixação na cruz; e a suspensão na cruz. A soma de todas essas informações deve ser avaliada para que se possa determinar a natureza a extensão do sofrimento de Jesus e, assim, chegar à causa de Sua morte.

(…)

O choque, por definição, é um complexo de anormalidades fisiológicas causadas por uma variedade de processos de enfermidades ferimentos. É causado pela perfusão inadequada do órgão (circulação através dos órgãos) e má oxigenação dos tecidos. A perfusão adequada depende do funcionamento correto do coração, dos pulmões e vasos sanguíneos. Certos fatores iniciais causam a redução do volume de sangue em circulação, que por sua vez causa a diminuição do retorno venoso ao coração. Isso diminui a quantidade de sangue bombeada pelo coração, reduzindo o fluxo para os tecidos.

(…)

O choque hipovolêmico (choque de baixo volume) é marcado por  uma significativa queda no volume de sangue, decorrente de hemorragia ou perda de fluidos corporais, causando uma queda na pressão sanguínea, constrição dos vasos sanguíneos periféricos e um aumento na taxa cardíaca como forma de compensação.

É estimado que a redução de aproximadamente um quinto do volume de sangue pode causar choque hipovolêmico. Quando Jesus disse “Eu tenho sede” (João 19:28-30), não há dúvida de que isso foi uma grosseira subestimação. Ele estava privado de líquidos desde Sua última refeição, a Santa Ceia, e sofreu perda de líquidos por causa do suor excessivo, do trauma no peito (efusão pleural), da hemorragia decorrente do açoitamento, da cravação dos pés e mãos, hematidrose, etc. (…) um escriba árabe, el Sujuti, que em 1247 descreveu um jovem turco que estava sendo crucificado em Damasco: “Sua principal agonia era sede. Uma testemunha me contou que ele olhava constantemente para os lados e implorava que lhe dessem água.” McGee, um geólogo americano que estudou largamente os efeitos da sede em indivíduos sofrendo de privação extrema de água em áreas desertas, distinguiu cinco estágios pelos quais o indivíduo passa antes de chegar à morte (…) no primeiro estágio, existe uma secura na boca e na garganta, acompanhada de um forte desejo pelo líquido. Essa é a experiência comum da sede normal, e a condição pode ser aliviada, como a prática indica, com um pouco de água ou por meio do próprio fluxo de saliva, de certa forma. No segundo estágio, a saliva e o muco na boca começam a secar, e a garganta se torna pegajosa e “apertada”. Há uma sensação de secura nas membranas mucosas. O ar inspirado parece quente e a língua gruda nos dentes e no céu da boca. Um “no” aparece na garganta e o individuo começa a engolir em seco continuamente para tentar desfazer essa sensação. De acordo com McGee, durante os três últimos estágios “as pálpebras endurecem em cima dos globos oculares, produzindo olhar fixo, a ponta da língua se torna rígida e amortecida e a pobre vítima tem visões de piscinas límpidas e riachos cintilantes”.

O choque traumático (choque por ferimento) é resultado de um machucado extremamente sério. Esse choque é classificado como choque hipovolêmico quando uma significativa hemorragia acontece como consequência de um ferimento físico. Porém, é mais prudente discutir o choque traumático separadamente, já que ele também pode ocorrer como consequência da dor, sem hemorragia expressiva A presença da dor sem um evento traumático estimula certos mecanismos nervosos no cérebro, fazendo que haja queda na pressão sanguínea redução do fluxo de sangue nos tecidos. Jesus perdeu muito sangue e fluidos, além de ter sofrido dores excruciantes.

Para que se possa chegar à mais provável causa da morte de Jesus, essencial que se examinem, na sequência, todos os eventos, do Getsêmani ao Calvário. A extrema agonia mental exibida no Jardim do Getsêmani teria causado alguma perda no volume de fluido circulante (hipovolemia), tanto por causa do suor como por causa da hemaditrose e teria provocado acentuada fraqueza. O bárbaro açoitamento com flagram composto de tiras de couro contendo pesos de metal o pedaços de osso nas pontas teria causado penetração na pele e trauma nos nervos, músculos e pele, fraturas nas costelas ou deslocamentos das costelas e da cartilagem, lacerações, infiltração de sangue através dos espaços intercostais e da musculatura das costas e do tórax, escoriações, ruptura alveolar (espaços de ar nos pulmões) e, mais provavelmente, colapso de um pulmão (pneumotórax), reduzindo vitima a uma condição exaurida e deplorável.

Em um curto espaço de tempo teria ocorrido uma inflamação no saco de coração, denominada pericardite, a qual se manifesta por meio de dores agudas e cortantes no peito. Surtos de vômito, tremores, ataques e desmaios ocorreriam em intervalos variados durante os acontecimentos. A vítima teria gritado em agonia a cada chibatada, sempre implorando misericórdia. Períodos de extremo suor também teriam acontecido intermitentemente. A vítima teria sido reduzida a um exausto e deformado pedaço de carne ansiando desesperadamente por água. Ela iria respirar rápida e superficialmente, já que a respiração normal causaria dor insuportável, em razão da pressão dos pulmões lacerados contra as costelas fraturadas. Ele teria tido calafrios, suor abundante, convulsões frequentes e um desejo incontrolável por água. Sua pele se teria tornado fria e pegajosa e Sua tez estaria acinzentada. A diminuição da pressão sanguínea teria causado tontura e Sua frequência cardíaca se tornaria fraca, porém acelerada. Nesse ponto, teria havido uma perda significativa de sangue e fluidos, além da extrema dor, implicando o princípio do choque traumático e hipovolêmico.

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A irritação do nervo trigêmeo e do nervo occipital maior do couro cabeludo, provocada pela coroa de espinhos feita com o espinheiro de-cristo sírio (Ziziphus spina-christi)- especialmente depois que Ele foi atingido várias vezes pelos soldados com pedaços de pau -, teria causado dores lancinantes no couro cabeludo e na face. Essas dores cessariam intermitentemente, apenas para começar de novo, mais devastadoras, cada vez que Ele era atingido com um cetro, ou cada vez que caía no caminho para o Calvário, e toda vez que era empurrado pelos soldados. A respiração ou mesmo os movimentos da caminhada Lhe teriam provocado dor. Isso se teria somado ao estado de choque traumático induzido pelo açoitamento. A estrada íngreme e vertiginosa para o Gólgota, o sol ardente, o ato de carregar a barra horizontal da cruz nos ombros por um curto período, as frequentes quedas e golpes que sofreu também teriam contribuído para o choque traumático hipovolêmico. A efusão pleural (líquido ao redor dos pulmões) te aumentado gradualmente depois do brutal açoitamento e começado a comprometer a respiração. A hemorragia nas costelas fraturadas lacerações nos pulmões teriam contribuído para a hipovolemia.

Ao mesmo tempo, a tensão na parede do tórax (respinai superficialmente, para evitar movimentos das costelas que causarian muita dor cada vez que os pulmões se inflassem) teria resultado en crescente choque traumático. Os enormes pregos de aço, quadrados, enfiados nas duas mãos teriam danificado os ramos sensoriais do ne mediano, produzindo dores horríveis, conhecidas na medicina cre calgia. Os pregos nos pés também teriam promovido as excruci dores da cautalgia.

Tudo isso teria causado um choque traumático adicional e hipovolemia. As horas na cruz, com o peso do corpo sustentado apenas pelos pregos nas mãos e pés, teriam causado episódios de dor agonizante toda vez que o crucarius se mexesse. Esses acontecimentos e as aterrorizantes dores no peito por causa dos açoites teriam piorado estado do choque traumático e hipovolêmico, bem como a crescente efusão pleural, o edema pulmonar, o excessivo suor induzido pelo trauma e pelo calor do sol. O Crucarius teria que arquear Seu corpo todo, pressionando a cabeça com a coroa de espinhos contra a estaca (veja a Figura 6-26) numa tentativa de endireitar as pernas e aliviar um pouco as cãibras nas panturrilhas e nos braços. A pressão de Sua cabeça contra a estaca teria reativado os tormentos da neuralgia de trigêmeo.

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Os eventos patofisiológicos que levaram à morte de Jesus ocorreram como resultado desses acontecimentos e dos choques traumático e hipovolêmico.

Durante a crucificação, o corpo tenta compensar os primeiros sintomas de choque usando processos químicos e nervosos par constringir os vasos sanguíneos e aumentar a frequência cardíaca causando, dessa forma, um aumento da pressão sanguínea e da produção cardíaca, na tentativa de manter a perfusão adequada e a oxigenação dos órgãos vitais.

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Se eu tivesse que estabelecer a causa da morte de Jesus, em minha função oficial de médico-legista, o atestado de óbito conteria a seguinte descrição:

Causa da Morte: parada cardíaca e respiratória, em razão de choque traumático e hipovolêmico, resultante da crucificação.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 163-171.