“O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.
Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.
Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática, e, em razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartando-nos da simplicidade com que nos seria fácil uma vida melhor, e formamos em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando consequentemente a nós mesmos.”
Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 83.