“Depois da flagelação, a condição de Jesus era relativamente grave. Ele estava prestes a sofrer um choque traumático em razão dos ferimentos causados pelas chibatadas-particularmente na caixa torácica e nos pulmões-e pelos maus-tratos anteriores, na residência de Caifás. Além disso, um quadro de hipovolemia (baixo volume de sangue) se desenvolvia por causa da baixa efusão pleural, da hematidrose, das pequenas hemorragias resultantes da flagelação, do vômito e da transpiração.
É importante notar que o brutal espancamento na caixa torácica poderia ter afetado os pulmões e ocasionado a concentração de fluido no local. O fluido, misturado ao sangue, deve ter aumentado algumas horas depois dos golpes no peito, dificultando a respiração e causando dor extrema. O termo pulmão molhado traumático refere-se a acúmulo de sangue, líquido e muco depois de um violento trauma no tórax.”
ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 39-40.