“Enquanto o Espírito superior, na sua descida, algema-se à carne pela redução de sua energia perispiritual, então ele se liberta quando retorna aos seus páramos de luz, num processo oposto, que é a aceleração energética. (!) No primeiro caso é o aprisionamento opressivo na forma, e, no segundo, a libertação para reassumir a sua condição natural superior. (…) Ascensionando, ele abandonou a matéria em fuga energética natural acelerada; mas a descida reduziu-lhe a função normal de sua delicada contextura perispiritual e a própria memória sideral se obscureceu, para poder se ajustar aos limites acanhados do cérebro humano.
Como a Técnica Sideral não consegue elevar a frequência vibratória dos planos inferiores até ao nível energético de um do tipo de um Jesus, ela precisa processar-lhe, gradualmente, a redução perispiritual de plano superior para plano inferior, até ajustá-lo ao casulo carnal. Essa operação sideral redutora implica na incorporação sucessiva de energias cada vez mais inferiores e letárgicas na vestimenta resplandecente da entidade em descenso. Embora seja um exemplo incorreto, lembramos que o mergulhador, além de vestir o escafandro pesado e opressivo, ainda fica circunscrito à natureza da fauna e à densidade dificultosa no meio líquido onde opera.”
RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 51.