“Este estado emocional e espiritual e a natureza do papel que Jesus desempenhou na vida de Gibran, explicam o tipo do livro. Não é um estudo histórico nem um trabalho de exegese filosófica ou teológica. É uma evocação poética e humana do Mestre, na qual Gibran pinta de Jesus a imagem que dele carrega no coração e que havia esboçado nos seus primeiros livros, mas agora modificada e enriquecida à luz de sua evolução e amadurecimento.
Gibran vê em Jesus o homem mais sublime que já visitou este planeta, um ser de sabedoria e força ilimitadas, um poeta supremo, uma figura única em seu poder, o irmão, o guia, o ideal de todos nós em nosso anseio pela grandeza e a perfeição.
Desta figura única, superior às maiores figuras da História, Gibran havia dado fragmentos e uma visão parcial nos seus escritos anteriores. Agora, sua ambição é consagrar lhe um livro inteiro, capaz de transmitir toda a sua beleza e elevação, e torná-la tão viva e fascinante quanto a que ele próprio vê e sente.”
GIBRAN, Gibran Khalil. Jesus, o Filho do Homem. Tradução: Mansour Challita. Associação Cultural Internacional Gibran, 1973, pág. 20.