” (…) um simples torrão de argila. Ele não estava enaltecendo a devoção pessoal que Maria lhe dedicava, mas aprovando sua perspicácia ao adorar o grande Deus do universo, cuja presença ele sentia conscientemente em sua Consciência Crística. Ele destacou com imparcialidade a sabedoria de Maria, que ofereceu adoração à mais venerável de todas as manifestações sagradas: a Consciência Crística presente no templo do corpo de Jesus – o reflexo vivo do Único Doador de toda a vida, de toda a consciência e de toda a virtude, inclusive dos impulsos caritativos de ajudar os pobres. (…) Jesus lembrou-lhes que eles teriam uma oportunidade perpétua de zelar pelos pobres, mas não teriam prontamente outra chance de demonstrar devoção a uma manifestação visível da presença de Deus numa forma corporal, pois essa é uma ocorrência rara na Terra.
As palavras de Jesus enfatizam que os devotos deveriam graduar sabiamente a importância de seus deveres espirituais e ações virtuosas, mantendo Deus como o primeiro e supremo objeto de adoração.
Existe uma única questão a ser resolvida na vida humana – estabelecer unidade com Deus -, mas essa simplicidade absoluta perde-se de vista em meio ao nevoeiro criado por milhões de outras questões! Negando a Deus um amor monoteísta, o homem tenta mascarar sua infidelidade com o respeito escrupuloso ao culto exterior da caridade.”
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 162-163.
Capítulo 64 : A entrada triunfal em Jerusalém.