“Dona Elisa, embora vendo e ouvindo, não mais logrou articular uma frase. “Buscou inutilmente mover os braços, ante a dor aguda que passou a registrar no peito, todavia, não teve forças para tanto.
Áulus deu-se pressa em administrar-lhe passes calmantes, contudo, não obteve grande resultado.
(…)
Teve a noção de que lhe cabia fazer a viagem do túmulo… Como se um relâmpago lhe rasgasse a noite mental, num desses raros minutos que valem séculos para a alma, reviu apressadamente o passado. Todas as cenas da infância, da mocidade e da madureza reapareceram de inesperado no templo da memória, como que a convidá-la a escrupuloso exame de consciência.”
Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 21.