Autoridade sobre os filhos

“Segundo a maneira como fui educado a pensar sobre criação de filhos, o trabalho de um pai ou mãe é fazer as crianças se comportarem bem. Veja, na cultura em que fui educado, se você se torna autoridade, professor ou pai, passa a entender que sua responsabilidade é fazer com que pessoas rotuladas como “filho/criança” ou “aluno” se comportem de determinada maneira.”

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 13.

Enxergar a Humanidade

“Meu filho mais velho olhou para mim e disse: “Você quer falar sobre isso?” Muito bem. Naquele momento eu o desumanizei na minha mente. Como? Porque pensei: “Que graça! Vejam só, um menino de nove anos tentando ajudar o pai”. Examine de perto meu pensamento. Veja como desqualifiquei seu oferecimento por causa da sua idade, porque o rotulei como criança. Felizmente, percebi na mesma hora o que estava acontecendo em minha cabeça. Talvez tenha tido mais clareza justamente por causa do trabalho que acabara de fazer com a gangue de rua e a polícia, algo que me mostrou o perigo de pensar nas pessoas em termos de rótulos ao invés de enxergar sua humanidade.

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 12.