Ideia da hospitalidade

“A hospitalidade é a expressão suprema da razão universal que chegou a si mesma. A razão não consiste em um poder homogeneizador. Com a sua afabilidade, ela está em condição de reconhecer o outro em sua alteridade e dar-lhe boas-vindas.

A ideia da hospitalidade aponta, também, para além da razão, para algo universal. Para Nietzsche, ela é a expressão de uma “alma abundante”. Ela está em condições de abrir todas a singularidades em si.

O grau de civilização de uma sociedade se deixa medir justamente pela sua hospitalidade; sim, por sua afabilidade.”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 296-307.

Violência do Global e terrorismo

Assim falava Zaratustra

“Em Assim falava Zaratustra, Nietzsche escreve: “Vós todos que amais o trabalho selvagem e o rápido, o novo, o estranho – vós vos suportais muito mal, vossa operosidade e esforço é fuga e vontade de esquecer a vós mesmos. Se acreditásseis mais na vida, vos entregaríeis menos ao instante. Mas vós não tendes conteúdo suficiente em vós para a espera – e mesmo para a preguiça, não!”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 783.

Anexos: Sociedade do Esgotamento

Homem soberano de Nietzsche

“Ehrenberg enraíza a depressão naquela época na qual o homem soberano, cuja chegada foi anunciada por Nietzsche, se transformou realmente em massa. Segundo essa concepção, o depressivo é a pessoa esgotada por sua soberania, que portanto já não tem mais força em ser senhor de si mesmo. Está cansado de tanta exigência de ter iniciativas.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 773.

Anexos: Sociedade do Esgotamento

A Força do Propósito

“Diante de um homem que não se deixa desviar por sentimentos provocados pelas superfícies daquilo que vê, mas responde corajosamente à dinâmica de sua própria natureza – um homem que, como descreve Nietzsche, é “uma roda que gira por si mesma” – , as dificuldades se dissolvem e a estrada é imprevisível vai sendo formada a medida que ele caminha.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 330-331.