Os dias Sagrados de Dezembro

“(…) há uma correspondência entre as leis Espiritual, Cósmica e Mundana, relativa a uma condição universal que se manifesta a 23, 24 ou 25 de dezembro de cada ano. É nesta época que ocorre uma mudança Cósmica chamada Nascimento do Deus Sol, a qual era sempre celebrada pelos antigos como o Parto da Rainha Celestial ou a Virgem Celestial da Esfera.

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Também na China, muito antes do período cristão, o povo reconhecia esta ocasião do solstício do inverno como sagrado, e no dia 24 ou 25 de dezembro as lojas eram fechadas, como também as cortes de Justiça e locais de atividades comerciais. Entre os antigos persas, as cerimônias mais esplêndidas eram em honra de Mitra, cujo nascimento ocorrera a 25 de dezembro, segundo a tradição.

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No antigo Egito, o dia 25 de dezembro foi celebrado por muitos séculos como o aniversário de vários deuses. Encontramos referências destes fatos em todas as histórias das religiões dos povos antigos, como, por exemplo, no livro intitulado “Religião dos Antigos Gregos”, escrito por Septehenes, que diz: “os antigos egípcios fixaram o início da gravidez de Ísis (A Rainha do Céu e a virgem mãe do Salvador Hórus) nos últimos dias de março e estabeleceram a comemoração do parto no final de dezembro.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 121.

O Nascimento de Jesus

“(…)Olhando em todas as direções, José viu que os céus e a terra e até mesmo as pessoas de lugares distantes estavam silenciosos e imóveis, e soube que a presença de Deus se fazia sentir sobre a Terra e que algum milagre estava para acontecer. Enquanto ele e a mulher esperavam na caverna, uma grande Luz surgiu da escuridão e os evitou e foi pairar sobre Maria. A Luz tornou-se menor e mais densa em sua alvura, até que envolveu Maria e depois foi se extinguindo. Enquanto José e a mulher observavam em silêncio, a Luz desapareceu, ouviu se a voz de um recém-nascido e um anjo apareceu dizendo: “Nesta hora, em humildade de espirito e pureza de mente, nasceu o Filho de Deus da Virgem do Templo, concebido pelo Espírito Santo através da palavra de Deus, e seu nome será Jesus pois este é o nome de Deus em que se infundem o fogo do espírito e o poder da palavra.

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Onde está o grande Rei cuja estrela anunciou nos céus o seu nascimento? A esta hora seus pais devem estar na estrada, pois já passou a hora do advento“. José respondeu: “Vou à Judéia com o Filho de Deus, não com o Rei, pois seu Reino não é deste mundo, mas sim dos corações humanos”.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 99.

A Mensagem Recebida por José

“José temia que os que desconheciam as leis de Deus interpretassem e julgassem mal, e sentia-se perplexo. Mas durante a noite veio-lhe a voz do Mestre, dizendo: “Não temas, pois aquele que Maria concebeu vem do Espírito Santo e ela dará à luz um menino que as Hostes Celestiais chamarão Jesus, porque o Espírito Santo, através da palavra de Deus, estará nele

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 98.

Palavra de Deus

“Maria chorou amargamente pela ignorância de José e por não confiar nela, e lamentou-se: “Sou pura e nenhum homem me tocou!” José encheu-se de espanto e rebateu as palavras dela, dizendo: “Mas então por que estás assim?” E ela respondeu com doçura: “Assim como Deus vive, não sei como isto aconteceu através da palavra! Enquanto eu dormia Ele veio a mim com pureza de espírito, livre de corpo mortal, e por Seu alento, que não era o alento da luxuria mas o alento da Palavra de Deus, concebi em realidade o que Deus antes concebera em pensamento; e assim como o pensamento precedeu a criação do mundo, comigo a mais sagrada das palavras precedeu a vida que se agita dentro de mim”.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 97.

Jesus, a Profecia!

“Enquanto fiava, surgiu diante dela a figura de um grande Mestre que disse: “Não temas! Trago uma mensagem jubilosa, Maria, Virgem Santa e Pomba Sagrada de Helios, pois é chegado o dia de se cumprir a profecia dos Magos! Recebeste as bênçãos de Deus e de teus Irmãos e agora conceberás pela palavra de Deus“. Ao ouvir isto, Maria contestou, dizendo: “Conceberei pela palavra de Deus? E ainda assim tudo se passará em mim como nas demais mulheres?” A voz da figura respondeu: “Não conceberás como supões, mas gestarás da maneira como imaginas. Pois, assim como os lábios do homem podem te beijar, do mesmo modo como as mãos do Sumo Sacerdote te abençoaram, a semente do homem será tua herança; mas a palavra de Deus será soprada sobre ti e seu poder te tornará sagrada e tornará bendita a semente para que seja de Deus. Portanto, a Sagrada vida que nascerá de ti será chamada Filho de Deus, e receberá o nome de Jesus, pois será Deus no Homem e se tornará Deus entre os homens”. Então Maria respondeu: “Faça-se de acordo com a palavra de Deus!

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 96.

A Compreensão do Nascimento da Virgem

“Por conseguinte, o Rosacruz de compreensão evoluída, ou o místico de alta espiritualidade, aceita pronta e compreensivamente o nascimento de Jesus de uma virgem e nisto não vê qualquer violação da lei espiritual ou natural, nem qualquer exceção aos princípios verdadeiramente científicos.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 84.

O Poder Mental e o Poder da Palavra

“Outro ponto importante a considerar é que a razão da aceitação geral dos místicos quanto à Divina Concepção encontra-se na crença comum entre os místicos e filósofos orientais de que o poder do pensamento, ou o poder de uma palavra mental ou audível é capaz de impregnar a matéria e levar a matéria sem vida à consciência. (…) Os místicos de todos os tempos afirmaram, e através dos chamados milagres comprovaram para si mesmos, que certos princípios latentes e poderosos podem ser invocados pelo homem e são aplicados por Deus no processo criativo do universo. A própria criação do mundo é considerada por todos os místicos do Oriente como a primeira grande demonstração da potência do Logos, ou o poder da Palavra enviada ao espaço onde não existia vida, resultando na sua imediata impregnação e na manifestação da matéria viva. (…)”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 82-83.

Maias e Astecas

“Muito antes da chegada de Colombo, os habitantes do antigo México cultuavam um salvador e redentor do mundo que chamavam de Quetzalcoatl , nascido de uma virgem imaculada (…). De acordo com a história, já muito antiga, um mensageiro do céu havia anunciado a sua mãe que ela conceberia um filho por Concepção Divina e que ele seria o salvador do mundo.

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Os maias de Yucatan também tinham um deus nascido de mãe virgem, o qual correspondia a Quetzalcoatl e se chamava Zama, considerado como o “único filho do Deus Supremo”.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p.79-80.

Outros Mensageiros Divinos

“O próprio Platão, nascido em Atenas em 429 a.C. era um Divino Filho de Deus nascido de uma virgem pura chamada Perictione, segundo acreditava o povo em geral. Está escrito em antigos registros que o pai de Platão, conhecido pelo nome de Aris, havia sido advertido por um sonho espiritual a manter pura e sagrada a pessoa de sua esposa, até que ocorresse a Divina Concepção e o  nascimento da criança esperada, cuja concepção seria por meios Divinos.

(…) em 41 a.C. a mãe de Apolônio fora informada por um deus, em sonho, que daria à luz um grande mensageiro de Deus, que seria conhecido pelo nome de Apolônio.

(…) Pitágoras., nascido em 570 a.C., aproximadamente, era honrado como Divino não só enquanto estava vivo mas também após sua morte. De acordo com o que dizem os escritos sagrados a seu respeito, sua mãe o concebera através de um espectro, ou o Espírito Santo, que lhe aparecera. Seu pai, ou pai adotivo, também fora informado por uma visão de que sua mulher iria ter um filho divinamente concebido e de que este filho se tornaria um benfeitor da humanidade.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 78.

Concepção Imaculada

“(…) Huang-Ti, o Imperador Amarelo (2697-2597 a.C.), foi o terceiro dos Três Augustos. Sua mãe, concubina do príncipe da província de Chao-tien, o concebeu depois de ter contemplado, certa noite, uma tremeluzente luz dourada que se achava em torno da constelação da ursa maior.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 308.