Influência Entre os Essênios

“A seara cristã já estava com a terra pronta para a semeadura e garantida a germinação através do “adubo” essênio. Ali pregava-se a ideia superior do amor a Deus e ao próximo; pesquisava-se a imortalidade da alma e estudava-se a reencarnação; censurava-se a guerra, o furto, a exploração, a avareza, o ódio e a vingança. Cultuava-se a bondade, o perdão, a renúncia e o sacrifício da própria vida; faziam-se votos de retidão e de serviço ao próximo, protegiam-se as crianças, amparavam-se os velhos e os enfermos, ensinava-se o respeito alheio e o culto exclusivo dos bens do Espirito Superior.

Torna-se, portanto, evidente, que esse grupo de homens, cultuando isoladamente todas as virtudes superiores do Espírito, era uma espécie de “embaixada” espiritual que descera à Terra para receber o Messias, o qual, então, daria forma objetiva e didática aos mesmos princípios que os Essênios cultuavam e os cimentaria com a substância do seu próprio sangue.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 297-298.

 

As Curas

“Sob a pedagogia dos Essênios, amigos da família, Jesus desenvolveu as forças ocultas sob rigorosa disciplina e aprendizado terapêutico, a ponto de curar pela simples presença aqueles que dinamizavam um intenso estado de fé em sua alma. Mas ele não violentou ou contrariou as leis do mundo físico ou do mundo espiritual. Seguia deter minados métodos e regras na distribuição, concentração e doação dos seus fluidos curadores. O Mestre, embora um Sábio e um Justo, submetia-se fielmente ao mecanismo natural da vida humana criada por Deus e exercia o seu ministério sem discrepar dos princípios de controle e organização dos mundos planetários. Não há dúvida de que a capacidade espiritual de Jesus poderia dispensar qualquer técnica ou gestos apropriados para efetuar suas curas. Mas a verdade é que ele mesmo mobilizava, dirigia e aplicava os fluidos terapêuticos conforme as leis que os regiam.

(…)

Sadio de organismo, sem qualquer deformidade “psicofísica”, com um duplo etérico portador do mais puro ectoplasma, em combinação com o mesmo elemento extraído da contextura do próprio orbe, Jesus era uma antena viva diamantífera, de onde fluíam energias vitais que, operando modificações surpreendentes nos enfermos, eram tidas por milagres. A sua palavra criadora era penetrante e hipnótica. Insuflava a vitalidade, o ânimo, a alegria e a esperança nos que o ouviam. O seu falar se impregnava de tal força, que os paralíticos se moviam, os cegos enxergavam e os leprosos se limpavam das chagas corrosivas. Era um fabuloso potencial de energias criadoras que lhes dava a saúde e restabelecia-lhes o dinamismo orgânico.

Aliás, o conhecimento moderno da própria ciência académica demonstra que o ser humano pode despertar e acumular forças vitais em si mesmo, quando confia e submete-se incondicionalmente a uma vontade insuperável, que o convence de curá-lo de todos os seus males. (…) incendidos por uma fé que lhes ativa todo o cosmo orgânico-vital logram curas surpreendentes, que são fruto de sua própria mobilização energética.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 246-247.

 

Princípios Místicos

“(…) as doutrinas secretas e os mistérios que Jesus veio à terra revelar e transmitir constituíam um dom transcendental de Deus, passado aos Apóstolos escolhidos, que deveriam considerar-se guardiães destas coisas, e não simples recipientes de uma bênção. Eles deviam, como guardiães dessas verdades e mistérios, divulgá-los e aplicá-los, dispensando-se de conservá-los dentro de si como uma possessão pessoal legitima.

Vemos nesta ideia um dos primeiros princípios místicos, mantidos como lei e como prática fundamentais pelos devotos seguidores de várias irmandades e organizações místicas de hoje. A rara sabedoria divina, que chega ao místico sincero através de revelações ou pelo estudo de antigos manuscritos constantes dos arquivos da sua irmandade, não deve ser tida, pelos que a ela têm acesso, como um poder intelectual ou como dons que sobrelevam seu valor pessoal, para servi-lo egoistamente no domínio da vida. (…) ele se transformará num instrumento, como um servo que trabalha nas vinhas da Humanidade, de Deus e da Consciência universal divina.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 74-75.

Trabalho à Serviço do Bem

“– (…) A interdependência mora na base de todos os fenômenos da vida. O forte é tutor do fraco. O sábio responsabilizar-se-á pelo ignorante. A criancinha na Terra não prescinde do concurso dos pais.

(…)

– É preciso considerar que nem todos possuem idêntica idade espiritual e que a Humanidade Terrestre, em sua feição de conjunto, ainda se encontra tão longe da angelitude quanto a agressiva animalidade ainda está distante da razão perfeitamente humana. É muito cedo para que o homem se arrogue o direito de apelar para a Verdade Total… Por agora, é imprescindível trabalhe intensivamente, com devoção ardente e profunda ao bem, para atingir mais amplo discernimento das realidades fragmentárias ou provisórias que o cercam na vida física (…)”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 29.

O Amor e o Serviço na Redenção

“Todos lutamos por ressarcir compromissos do pretérito, compreendendo que não há dor sem justificação; e se sabemos que só o amor puro e o serviço incessante são capazes de garantir-nos a redenção, uns à frente dos outros, como desprezar o companheiro que sofre, em nome de princípios a cujo funcionamento estamos submetidos por nossa vez?”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 29.

Dificuldade nos Princípios Superiores

É muito fácil inventar teorias que nos exonerem do dever de servir, e muito difícil aplicar os princípios superiores que esposamos, utilizando-nos, para isso, de nossa cabeça e de nossas próprias mãos. Se a recuperação do mundo e de nós mesmos estivesse circunscrita a lindas palavras, o Cristo, que nos constitui o padrão de todos os dias, não precisaria ter vindo ao encontro dos necessitados da Terra. Bastaria que enviasse proclamações angélicas à Humanidade, sem padecer-lhe, de perto, a incompreensão e os problemas. Felizmente, porém, os espiritualistas conscientes e sensatos estão aprendendo que o nosso escopo é reviver o Evangelho em suas bases simples e puras e que o Senhor não nos concede o tesouro da fé apenas para que possamos crer e falar, mas também para que estejamos habilitados a estender o bem, começando de nós mesmos.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 29.

Trabalho-Ação, Trabalho-Serviço

“Cativo, embora, às injunções do plano de obscura matéria em que transitoriamente respira, pode, porém, desde a Terra, fruir a ventura do serviço voluntário aos semelhantes todo aquele que descerre o espelho da própria alma aos reflexos da Esfera divina.

O trabalho-ação transforma o ambiente.

O trabalho serviço transforma o homem.

As tarefas remuneradas conquistam o agradecimento de quem lhes recebe o concurso, mas permanecem adstritas ao mundo, nas linhas da troca vulgar.

A prestação de concurso espontâneo, sem qualquer base de recompensa, desdobra a influência da Bondade celestial que a todos nos ampara sem pagamento.

A maneira que se nos alonga a ascensão, entendemos com mais clareza a necessidade de trabalhar por amor de servir.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 32.

Prazer ao Servir

“Nas contingências naturais do desenvolvimento terrestre, o Espírito encarnado é compelido a esforço incessante, para o sustento do corpo físico. Recolhe, de graça, a água pura, os princípios solares e os recursos nutrientes da atmosfera; entretanto, é preciso suar e sofrer em busca da proteína e do carboidrato que lhe assegurem a euforia orgânica.

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 32.

Instrução – Amor e Sabedoria

Já se disse que duas asas conduzirão o espírito humano à presença de Deus.

Uma chama-se amor; a outra, sabedoria.

Pelo amor, que, acima de tudo, é serviço aos semelhantes, a criatura se ilumina e aformoseia por dentro, emitindo, em favor dos outros, o reflexo de suas próprias virtudes; e pela sabedoria, que começa na aquisição do conhecimento, recolhe a influência dos vanguardeiros do progresso, que lhe comunicam os reflexos da própria grandeza, impelindo-a para o Alto. (…)”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 19.