Consciência Crística e Sua Justiça

“Todos os fenômenos, tanto na terra quanto no céu, são manifestações inconcebivelmente numerosas de um único Númeno ou Substancia divina. Essa Essência subjacente, que conecta todas as coisas numa unidade cósmica, é a verdade, a Realidade, Deus refletido na criação como a Inteligência Crística. A Verdade da criação, sua essencial divindade ou bondade – até então oculta pelo disfarce macabro de maya – é revelada por aqueles que, como Jesus, manifestam a Consciência Crística e Sua justiça.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 506.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Minhas Palavras Não Hão de Passar

“Assim como a Inteligência Crística é o Princípio Eterno que governa todas as manifestações da criação, os preceitos da vida espiritual expostos pelo Cristo em Jesus são também intemporais, estendendo-se desde as gerações bíblicas até o futuro oculto: “O céu e a terra passarão“, ele declarou, “mas minhas palavras não hão de passar“.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 505.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Intelectualidade e Sabedoria

“A intelectualidade é um atributo do poder da razão, e a sabedoria é uma qualidade libertadora da alma. Quando a razão é purificada por meio de um tranquilo discernimento, ela se transforma em sabedoria.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 488.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Eu e o Pai Somos Um

“Em outra passagem, Jesus disse: “Eu e o Pai somos um“. Ele percebia que a Consciência Crística presente em sua consciência estava perfeitamente unificada com a Consciência Cósmica. Assim como o reflexo da lua em um lago e a própria lua no céu são essencialmente a mesma imagem, também a Consciência Cósmica refletida em toda vibração cósmica como a Consciência Crística é idêntica à Consciência Cósmica que existe além do reino vibratório.

(…)

Como uma pequena onda que é reabsorvida no mar, a consciência então se expande na incomensurável Vibração Cósmica do Espírito Santo. Ao ser batizada nessa sagrada Vibração do Espírito, a alma expandida experimenta a Inteligência Crística imanente. Somente então, abençoada por esse reflexo da presença de Deus, a consciência entra na infinitude que se encontra além de toda vibração: o reino de Deus-Pai, a Consciência Cósmica.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 26-264.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Realização Superconsciente

“As palavras possuem eficácia dinâmica quando estão carregadas com a realização superconsciente. Tentar vender um objeto, uma ideia ou uma crença em que o promotor de vendas não acredita plenamente significa apenas pronunciar palavras que, por mais inteligentes que sejam, carecerão do brilho e do selo vibratório da convicção.

(…)

Ele não pregava como os escribas, com palavras vazias. Quando falava, suas palavras estavam repletas do Verbo, a Energia Cósmica, de Deus. Sua doutrina estava impregnada da convicção da experiência, oriunda de sua estatura crística e da Consciência Cósmica, vibrando com a autoridade da sabedoria divina.

Não é suficiente memorizar as palavras das escrituras ou receber um grau de Doutor em Teologia. É preciso digerir a verdade e então pregar com o poder e a convicção da alma.

A percepção direta da verdade proporciona experiência intuitiva, bem como visão e entendimento verdadeiros. Tal sabedoria confere poder; é a energia que aciona a Fábrica Cósmica, gerando o controle sobre todas as coisas. Esse poder proclama a autoridade absoluta da verdade infalível. Jesus não falava com fanatismo ou de modo mecânico como os escribas, mas com a autoridade de sua própria experiência de Deus e com o conhecimento de todos os mistérios divinos.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 432-433.

Capítulo 23: Pescadores de Homens.

O Espírito Dá à Luz a Criação

“(…) cada uma é individualmente dotada por Deus com os poderes e as características que melhor servirão à sua missão divina e sustentarão o realismo ilusório do drama cósmico ao tornarem reais, em sentido relativo, as experiências por que passam ao representarem o seu papel como alma encarnada.”

(…)

A fim de manifestar a criação, o Espírito dá origem a uma vibração de dualidade, dividindo Seu Ser Unico no Criador inativo transcendente e na Sua Força Criadora ativa: o Deus-Pai e a Mãe-Natureza Cósmica. O Espírito e a Natureza, o sujeito e o objeto, o positivo e o negativo, a atração e a repulsão – é a dualidade que torna possível o surgimento do múltiplo a partir do Uno. Em Sua ativa Vibração Criadora que materializa a criação (Espírito Santo ou Maha-Prakriti), o Próprio Deus está subjetivamente presente em um reflexo imutável e inabalável, o Espírito Universal na criação: Kutastha Chaitanya, a Consciência Crística ou Consciência de Krishna. Essa Inteligência orientadora imanente – a consciência subjetiva ou alma do universo – possibilita a estruturação da Força Vibratória onipotente em miríades de manifestações objetivas; assim, no ventre da Mãe Natureza, o Espírito dá à luz a criação.

(…)

(…) em verdade, é o Espírito que Se tornou a criação, que todas as coisas são apenas uma gloriosa diversificação de Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 314-316.

Capítulo 16: Alegrar-se com a voz do Esposo.

Consciência Crística

“É um erro metafísico referir-se à pessoa histórica de Jesus como o único salvador. A Inteligência Crística é o redentor universal. Como reflexo único do Espírito Absoluto (o Pai) onipresente no mundo da relatividade, o Cristo Infinito é o único mediador ou elo entre Deus e a matéria, por meio do qual todos os indivíduos constituídos de matéria – independentemente das diferentes castas ou credos – precisam passar a fim de alcançar Deus. Todas as almas podem libertar sua consciência confinada à matéria e imergir na vastidão da Onipresença, sintonizando-se com a Consciência Crística.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 299.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Filho Unigênito

“Os escritos de muitos cristãos gnósticos dos dois primeiros séculos, incluindo Basílides, Teódoto, Valentino e Ptolomeu, expressam de maneira similar uma com preensão do “Filho unigênito” como um princípio cósmico na criação – o divino Nous (palavra grega para inteligência, mente ou pensamento) – e não a pessoa de Jesus. Cle mente de Alexandria, um dos célebres “Pais da Igreja”, cita, como referência a partir dos escritos de Teódoto, que “o Filho unigênito é Nous” (Excerpta ex Theodoto 6:3). Em Gnosis: A Selection of Gnostic Texts (Oxford, Inglaterra: Clarendon Press, 1972), o estudioso alemão Werner Foerster cita Irineu: “Basílides apresenta Nous originan do-se, no princípio, do Pai sem origem”. Valentino, professor muito respeitado pela congregação cristã de Roma em torno de 140 d.C., tinha pontos de vista semelhantes, de acordo com Foerster, acreditando que, “no prólogo do Evangelho de João, o Uni gênito’ toma o lugar de Nous”.

No Concílio de Niceia (325 d.C.), entretanto, e no posterior Concílio de Constan tinopla (381 d.C.), a Igreja proclamou como doutrina oficial que o próprio Jesus era, nas palavras do Credo Niceno, “o Filho unigênito de Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos; Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não feito; homoousios (“consubstancial’) com o Pai”. “Depois do Concílio de Constantinopla”, escreve Timothy D. Barnes em Athanasius and Constantius: Theology and Politics in the Constantinian Empire (Harward University Press, 1993), “o imperador sacramentou suas decisões em leis e sujeitou a penalidades legais os cristãos que não aceitassem o Credo de Niceia e seu lema homoousios. Conforme reconhecido já há muito tempo, esses acontecimentos marcaram uma transição entre duas épocas distintas na história da Igreja Cristã e do Império Romano.” A partir de então, explica Richard E. Rubens tein em When Jesus Became God: The Struggle to Define Christianity During the Last Days of Rome (Nova York: Harcourt, 1999), o ensinamento oficial da Igreja passou a ser que a não aceitação de Jesus como Deus significava a rejeição do próprio Deus. Ao longo dos séculos, esse ponto de vista trouxe enormes – e frequentemente trágicas – implicações no relacionamento dos cristãos com os judeus (e, mais tarde, com os muçulmanos que consideravam Jesus como um profeta divino, mas não como parte da própria Divindade) e também com os povos não cristãos de terras posteriormente conquistadas e colonizadas pelas nações europeias. (Nota da Editora)”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 297-298.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

O Vento Assopra Onde Quer

“Assim como a fonte do vento permanece oculta embora o vento se faça perceber pelo som, também a substância do Espírito está invisível, oculta além do alcance dos sentidos humanos; e as almas encarnadas que nascem do Espírito são o fenômeno visível. O vento invisível se dá a conhecer pelo som; o Espírito invisível se declara na presença de almas inteligentes.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 274.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Primeiro Milagre Em Público – O Vinho

“Jesus realizou seu primeiro milagre público não para sancionar a embriaguez pelo uso social do vinho, mas para demonstrar a seus discípulos que por trás de toda a diversidade da matéria está a única Substância Absoluta.

Para Jesus, o vinho não era vinho – era uma vibração específica de energia elétrica, manipulável pelo conhecimento de leis suprafísicas definidas. Toda a criação de Deus opera de acordo com a lei. Acontecimentos e processos por leis “naturais” já descobertas não são mais considerados milagrosos; mas quando a lei de causa e efeito opera de modo sutil demais para que o hmem possa discernir como algo acontece, ele então o denomina um milagre.

Jesus sabia que sustentando e controlando toda a matéria atômica está o poder único da Inteligência e Vontade Divinas, que unifica e equilibra a matéria – a qual pode ter sua origem retraçada à consciência caso seja dissolvida em seus elementos constituintes. Jesus compreendia a relação metafísica entre matéria e pensamento, e demonstrou que um tipo de matéria podia ser transformado em outro tipo – não apenas por meio de processos químicos, mas pelo poder da Mente Universal.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 242-243.

Capítulo 11: Água em vinho: “Jesus principiou assim os seus sinais (…)”